Histórias de uma portuga em movimento.
28
Fev 14
publicado por parislasvegas, às 16:09link do post | comentar

 

 

 

Mais uma voltinha, mais uma viagem. A partir deste Verão vamos com a casa às costas para Bruxelas. Já fiz muitas mudanças: sozinha, com marido, com marido e dois cães, com marido e recém nascido, com marido, adolescente e criança pequena, mas nunca sozinha com duas crianças pequenas. Marido diz que tira férias para vir ajudar. Mãe também. Isto está bem encaminhado!

 

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publicado por parislasvegas, às 09:41link do post | comentar

Que saberei se a minha vida mudará (outra vez) completamente. A noite passada já ganhou o prémio de "sonhos mais idiotas" dos últimos tempos.

Stresses....

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27
Fev 14
publicado por parislasvegas, às 14:52link do post | comentar

 

Victor Zhuravlev

A Pátria Ucraniana

Óleo sobre tela, 1997

à venda aqui

 

A partição da Ucrânia, assunto que os meus amigos ucranianos acham "um exagero" que se discuta, já me pareceu mais improvável.

Hoje, homens armados ocuparam o Edifício do Parlamento da Crimeia içando bandeiras Russas, ao mesmo tempo que os parlamentares exigem um referendo para definir o estatuto daquela província autónoma relativamente à Ucrânia.

Enquanto isto acontece, a NATO pede à Rússia que não se mexa, enquanto a Rússia põe as tropas em prontidão na fronteira.

Para quem conhece mal os entecedentes desta salganhada, eu recomendaria a leitura deste artigo para que percebam as origens do embróglio geopolítico e que atentem bem no texto do Memorando de Budapeste (1994), texto que, aquando da desnuclearização da Ucrânia, consagra a garantia de manutenção da sua integridade territorial por parte da Rússia, Estados Unidos e Grã-Bretanha.

Para além destes factores que aconselham a uma rápida estabilização da situação (marcação de eleições verdadeiramente democráticas com urgência e a inclusão de todas as partes no processo de diálogo político) e o evitar de qualquer extremismo (acho que aqui já vamos tarde...) há que considerar também a existência de  quatro centrais nucleares no país e uma míriade de minorias étnico-linguísticas que podem complicar ainda mais a situação. Além disso existe outro problema gravíssimo, que quase passou despercebido no meio de tantos outros, que é o default do Estado Ucraniano. Seja de que cor for, o governo, legítimo ou não, pró-russo ou pró-UE terá que pagar ordenados, pensões e serviço da dívida. E não há. Simplesmente não há. O que quer dizer que para além de tudo, a Ucrânia terá que ser intervencionada financeiramente, com todas as consequências que poderão daí advir.

Se esta situação sair fora do controlo, desta vez a guerra não será fria. Na Ucrânia não se farão "guerras por correspondência" entre o bloco ocidental e a Rússia. A guerra será muito quente e muito próxima. E mais uma vez, para não variar da história habitual, quem sofrerá as maiores consequências será o povo ucraniano.

 

 

 

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publicado por parislasvegas, às 10:46link do post | comentar

 

 

Há coisa de 10 anos, este blogue começou, em Kiev, fruto da necessidade que eu senti de traduzir o meu choque cultural por escrito, para organizar ideias. O meu "traumatismo ucraniano" não veio do facto de o país ser estranho, ou mau. Nada disso. Veio do facto de estar pela primeira vez a viver fora do Sul da Europa, numa época que me apanhou em rota de colisão com uma cultura pós-soviética difícil de apreender à primeira. Tivesse eu ido para Madrid e o impacto teria sido reduzido. Acabei por viver três dos anos mais surreais da minha vida, adorando e detestando cada momento, num imbróglio de adaptação, aprendizagem da língua, início de um casamento e um trabalho horrível. Ah, e já me esquecia, pelo meio ainda vivi uma revolução. Por isso, não é estranho que, passados três anos de silêncio (o tempo do meu regresso a Portugal) eu tenha decidido, nesta época de tumultos maydanescos, reanimar este blogue. Talvez provocada por uma certa nostalgia dos tempos ucranianos em que este écran era a minha companhia. Reparem que eu digo que, nessa altura, vivi "dos três anos mais surreais da minha vida", isso digo, em toda a consciência, porque, sem sombra de dúvida, os três anos mais surreais da minha vida têm sido os últimos, passados em Lisboa, menina e moça, minha santa terrinha, onde o choque cultural e a necessidade de adaptação veio a ser maior do que alguma vez esperei. Do renascer deste blogue apenas digo que não sei o que dará. Só sei que será diferente. Eu estou diferente e este espaço traduzirá isso obrigatoriamente. Da Ucrânia não sei bem o que dizer, apenas que conheço os políticos demasiado bem para estar optimista, mas que não deixo de ter alguma esperança porque também conheço aquele povo. Contraditório? Talvez não vindo de uma portuguesa....

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26
Fev 14
publicado por parislasvegas, às 12:46link do post | comentar | ver comentários (1)

Será?

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04
Jan 11
publicado por parislasvegas, às 18:28link do post | comentar

E quem acha que eu me estava a armar em snob no post em que me mostro enojada pelo baixo nível intelectual e linguístico dos comentários online a jornais cá do burgo atente nisto, sff:

"fab a dit :

@Jean Marie:
"La propagande a un certain niveau relève du conte de fée, c'est vrai que l'Iran n'est pas loin du pays des mille et une nuits..."
Outre la Chine (aladdin), la Perse est effectivement au centre de beaucoup des contes "des milles et une nuit", je crois même que l'héritage perse de ce monument litéraire serait revendiqué, mais là, franchement, je m'avance peut-être un peu trop...

Cortes a dit :

@ fab

pour faire écho à Jean Marie, il est compréhensible que l'arrogance ombrageuse et agressive de ceux qui ne supportent plus la moindre remarque, ni l'émission du moindre avis sur des questions pourtant d'importances à nos yeux soit irritante, d'autant qu'on se demande parfois si elle n'est pas surtout exprimée pour relayer une certaine propagande.
Maintenant vous avez tout à fait raison de remarquer que nous, les occidedntaux en général, nous récoltons régulièrement ce genre de rebuffades en réaction à un lourd passif d'ingérences plus motivées par l'égoïsme économique que les bons sentiments et qu'a cause de cela, un peu partout dans le monde, les potentats locaux les moins démocrates jouent toujours sur du velours en réactivant la rancoeur plus ou moins latente des peuples envers l'Occident pour mieux faire passer leur propre tyranie.
Dans le cas précis de l'Iran, ce que vous dites me parait tout à fait exact.
Comme l'écrivait je ne sais plus qui, mais il avait raison...: "les péchés les plus inavouables et les plus graves ont des ombres qui portent très loin" !
Je pense néanmoins qu'on sous estime volontairement la capacité d'autocritique des occidentaux, qui est même parfois un peu exagérée, et que c'est aussi injuste que dangereux, le monde n'est pas en noir et blanc.

samyking a dit :

Mister cortes

Vous vous épenchez un peu trop souvent chez mister riouffol pour venir me faire la moral sur mes idées politiques.

Et puis vous avez raison que la france s'occupe de sa misére au lieu de la crée chez les autres .

Cortes a dit :

@ Samyking

Ah, vous avez remarqué aussi que nous n'étions pas du même bord ?

Mais où diable voyez vous une leçon de morale...?
j'exprime des opinions, comme vous, pas plus, pas moins....

fab a dit :

"Je pense néanmoins qu'on sous estime volontairement la capacité d'autocritique des occidentaux, qui est même parfois un peu exagérée, et que c'est aussi injuste que dangereux, le monde n'est pas en noir et blanc. "
Et j'essaie, personnellement, ici, d'en faire la preuve. J'ai juste beaucoup plus de doutes sur nos dirigeants, quel que soit leur bord mais surtout à la droite de la droite, sûrs d'être toujours "dans le bon camp"! ( Ca vaut bien-sûr aussi pour un certain pouvoir perse.)

fab a dit :

@samyking:
"Vous vous épenchez un peu trop souvent chez mister riouffol pour venir me faire la moral sur mes idées politiques."
Vous devez donc y etre aussi?

cortes a dit :

@fab

si certains ne connaissent pas monsieur Rioufol, ils doivent avoir l'impression que son blog est un peu comme ces "maisons" où les messieurs se croisaient, le plus discrètement possible, un peu gênés de s'y reconnaître mutuellement... :-D

samyking a dit :

Je ne poste pas chez ce néoconservateur de rouffiol pour la simple et bonne raison que je suis sur et certain que mes propos ne seront pas prit en compte.Mais il est interréssant de constater que mr cortes se contredit sans arrêt .Il souhaite pour lES uns ce qu'il ne veut pas pour les autres a savoir la souveraineté ,l'indépendance et l'insoumission aux états unis préférant la stigmatisation,l'ingérence,le mensonge.


Prenez le temps de Lire l'article de georges malbrunot sur le soutient de la population iranienne pour le programme nucléaire dirigé par le "dictateur"hamadinejad.

car comme disait rousseau :
Méfiez-vous de ces "cosmopolites" qui vont chercher loin de leur pays des devoirs qu'ils dédaignent accomplir chez eux.
Tel philosophe aime les Tartares pour être dispensé d'aimer ses voisins."

 

Reproduzo um thread de comentários a um artigo no Figaro.fr sobre o Irão (claro). Estão a ver o nível?? Ninguém se insulta gratuitamente, ninguém diz boçalidades. Era difícil ter isto cá?? Será que somos todos umas bestas e não temos gente a conseguir comentar notícias com este nível?? É realmente triste...

 

 


03
Jan 11
publicado por parislasvegas, às 17:58link do post | comentar

2010 foi um ano de sobressaltos e surpresas, muitas indecisões e grandes mudanças.

Para não me desabituar da coisa, lá fiz outra mudança internacional, andei com a casa às costas, atravessei o mediterrâneo e vim parar em pleno Atlântico, aqui entalada entre os finórios da Lapa e a popular Alcântara.

Perdi 150 metros quadrados úteis de espaço em casa, mais uma fatia considerável de orçamento e tive que modificar tudo na nossa gestão do dia-a-dia, desde a forma como comemos ao tempo que passo com os meus filhos. Vivo com muito menos, mas vivo muito feliz.

 

Comecei um trabalho novo, aprendi imensas coisas, estudei que nem uma perdida, esforcei-me e trabalhei muito para provar a mim própria que sou capaz. E sou.

 

No meio disto tudo o que ficou para trás foram os amigos e a família. Com tanta trabalheira e tantas coisas para acertar (ainda não acabei a casa e já lá vão seis meses) acabei por ter pouco tempo para estar com as pessoas de quem gosto.

 

Por isso a única coisa que quero para 2011 é isso. Mais tempo para me conseguir deliciar na companhia dos que amo, porque basta que tudo continue na mesma para estar bem. Venha a saúde e estou-me cagando para os anéis. Honestamente, já perdi tanto a esse nível nos últimos seis meses que mais uns por centos ou outros, bardamerda. O que eu quero é ver os meus filhos e os meus velhotes com saúde e tempo para os acompanhar.

 

Bom ano a todos!


29
Dez 10
publicado por parislasvegas, às 16:57link do post | comentar

Ou como às vezes é preciso uma opinião de fora para ver que isto não está assim tão mal:

 

a mensagem do Embaixador Britânico aos portugueses, em hora de saída (pela segunda vez) do nosso país:

 

"coisas que nunca devem mudar em Portugal"

 

Muito bom, obrigado ao Embaixador por nos fazer lembrar dos muitos (bons) valores que temos e que, por vezes, ficam ensombrados com tanta névoa miserável.

 

ps - o blog do Embaixador chama-se "um bife mal passado", genial não? Só mesmo um brit para ter este sentido de humor!

 

 


publicado por parislasvegas, às 16:18link do post | comentar

Com o estado mental e intelectual deste país. Ou, pelo menos, da maioria que tem acesso às novas tecnologias para se fazer "ouvir". Já aqui comentei muitas vezes que a internet tem a grande desvantagem de ser acessível democraticamente a quem não tem dois neurónios interligados. Mas também tem a vantagem de ser como os canais de televisão: quem não gosta, não precisa de gramar com a coisa.

O problema são os comentários parvos que infectam os nossos jornais on-line. Mas, oh well, é a democracia que é o pior de todos os sistemas com excepção de todos os outros.

Aparece uma notícia sobre Magistrados e os comentários são: os juízes são todos curruptos, uns inúteis, uns corporativos (já vi escrito várias vezes "cooperativos", é de matar a rir...) etc, etc. Aparece uma notícia sobre médicos e os comentários são: os médicos são todos uns inúteis, uns incompetentes, uns corporativos. Aparece uma notícia sobre diplomatas e os comentários são: os diplomatas são todos uns inúteis, uns incompetentes, uns corporativos, uns curruptos(talvez não por esta ordem).

Aparece uma notícia sobre a Casa dos Segredos da TVI e os comentários são: és a maior! adoro este gajo! este gajo não vale nada, a não-sei-quantas é que vai ganhar!

Resumindo: para a fogueira todo o português que tenha estudado mais do que a frequência obrigatória do Liceu e que, consequentemente, tenha uma profissão altamente especializada para a qual são necessárias qualificações específicas.

Bora lá ficar sem médicos, sem enfermeiros, sem professores (esses preguiçosos que não querem fazer nenhum). Até mesmo os canalizadores e mecânicos (que ganham rios de dinheiro e nunca aparecem a horas!!!) são para queimar.

Ficamos muito bem com a malta que anda aí a cagar postas de pescada sem saber do que fala. Até porque, toda a gente sabe, um idiota (mal) informado com acesso à net, vale mais do que qualquer jornalista encartado (esses manfios que estão todos feitos com o poder e com a direcção dos jornais).

Vamos lá ser governados, tratados e ensinados pelos Ivos e as Anas Isabeis, as Andreias e os Zés Marias que esses sim, são os verdadeiros heróis da sociedade portuguesa.

Isto é de dar a volta ao estômago de qualquer um. Quero acreditar que não estou sozinha no enjoo.

Eu lia os comentários às notícias porque, na minha ingenuidade, queria ver o que as pessoas "normais" pensavam do estado do país, mas acabei por chegar à conclusão de que não são as pessoas "normais" que comentam as notícias, mas sim um clube reservado de gente doida e muito pouco inteligente. E essa convicção é o meu único consolo.

Boas Entradas a todos!!!


02
Dez 10
publicado por parislasvegas, às 22:18link do post | comentar

A quem é alérgico.

 

Pela primeiríssima vez na vida não me faltam é ideias para escrever aqui. Mas falta-me, e muito, tempo. A sério, frustrante.


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