Histórias de uma portuga em movimento.
28
Abr 06
publicado por parislasvegas, às 11:23link do post | comentar | ver comentários (7)

Nada me interessa.

Estou-me positivamente cagando, não quero saber, não quero ver, não quero sequer cheirar.

Bardamerda.

 

 

sinto-me:

26
Abr 06
publicado por parislasvegas, às 18:37link do post | comentar | ver comentários (9)

"Tragédia a não repetir" - Desenho de Misha Fedorin, 10 anos

Um dos muitos concorrentes do concurso de desenhos lançado pela Direcção Central das Escolas Primárias de Kiev em 1986 intitulado: "o desastre nuclear de Chernobyl"...

 


25
Abr 06
publicado por parislasvegas, às 16:33link do post | comentar | ver comentários (4)

 

Só há Liberdade a sério quando houver....


24
Abr 06
publicado por parislasvegas, às 11:29link do post | comentar | ver comentários (4)

Como se não bastassem os compromissos profissionais aos fins-de-semana e feriados, a Shar Pei resolveu estragar-nos o Domingo (definitivamente) com uma nova fuga em grande estilo.

Das primeiras vezes, ainda conseguimos identificar por onde e como a cadela conseguiu fugir, agora confesso a minha total impotência e incredulidade. O cão ganhou-me. Sem dúvida que deve ser muito mais esperta do que eu (pelo menos na arte de cavar buracos e dissimular pontos de fuga) porque eu não vejo maneira lógica e possível para a  tipa ter saído do jardim. Ainda por cima, pirou-se mesmo debaixo do nariz do dono. Apanhou o Xano distraído durante dois segundos e foi quanto bastou.

Vá lá, vá lá conseguiu não ficar debaixo de um carro desta vez.

Acabou por regressar a casa, com aquele fochinho idiótico de quem andou a rebolar-se na lama, toda molhada, toda preta e de rabinho a abanar. Palavra d'honra que só me apeteceu matar a porra do cão.

Mesmo depois do regresso do Shar Pei,   não consegui controlar os nervos todos que tinha acumulado durante a ausência do cão, e o jantar (que por acaso até me tinha saído muito benzinho) decidiu não me ficar no estômago. Foi bastante desagradável passar o serão a ir ao gregório, principalmente quando nem havia razões etílicas para tal...Trintona que se preze gosta de vomitar por uma boa-causa. Ou quando se está bêbeda, ou quando se está grávida. Assim não...

Tenho andado preocupada com a degradação da qualidade de vida dos meus cães. Ficaram sem companhia  e passamos dias a dormir. A bulldog não se importa muito porque, de qualquer das formas, dormir já era a sua actividade favorita, mas a Shar Pei anda difícil de controlar. Cada vez que sai de casa tenta sempre fugir, não há volta a dar-lhe.

Tenho sido meio parva e não quis comprar a coleira choque-eléctrico. Claro que ontem mudei de ideias. Vamos ver se isso dá resultado.

Entretanto já tenho dois cães crescidos. Ando a notar diferenças no comportamento das cadelas que me garantem que tenho cães adultos: acabaram-se de vez os xixis (YUPIII!!!!!), a Shar Pei, apesar de louca, anda mais calma e a bulldog aprendeu a falar. Aliás, a gorda é o cão que interage com os humanos, a interprete entre a língua de cão e a nossa. É ela que nos pede para ir à rua, que nos avisa quando a água se acabou, que dá o alarme quando passaram cinco minutos da hora habitual da refeição. Para além disto tudo, ainda nos tenta dizer mais uma série de coisas, mas ainda não aprendemos o vocabulário todo...

Mas como boa bulldog que é, não pára de chatear, mesmo quando vê que a malta não está a perceber patavina do que ela está prá'li a latir. Ontem, depois da fuga da Shar Pei, ficou uma boa meia hora entre rosnadelas e gemidos a tentar dizer-me qualquer coisa. Talvez se estivesse a queixar que a outra foi passear sem ela, talvez me estivesse a contar como é que ela tinha fugido e onde teria ido. Outra particularidade é que, desde que começou a falar, a gorda pensa que é uma boa alternativa à televisão: isto é, temos que parar de olhar prá coisa quadrada no meio da sala e passar a olhar para sua excelência, que entretanto não deixa ouvir patavina porque se põe a palrar, meios latidos, latidos com força, rosnadelas e, quando vê que não lhe ligamos puto, gemidos e choros de cão.

A outra, bem, a outra é um cão. Está cada vez mais esperta - noto que tem uma linguagem corporal para a bulldog e outra, muito diferente, para mim. Como ouve a gorda a palrar e vê que os humanos respondem, já começou a emitir sons vários que só servem para aborrecer os bípedes lá de casa, porque a desgraçada ainda não percebeu que só se deve ser sonoro quando se quer qualquer coisa. Mas dadas as suas capacidades de evasão, nunca mais digo que a cadela é meio-tonta.

 

 


19
Abr 06
publicado por parislasvegas, às 10:03link do post | comentar | ver comentários (18)

História passada há exactamente 500 anos, este livro do Richard Zimler , conta-nos a história do Massacre de Lisboa, iniciado em 19 de Abril de 1506. Incitada por frades Dominicanos, a população católica de Lisboa entra em motim descontrolado e assassina 4000 judeus em poucos dias. Enquanto isso, a casa real deixa temporariamente Lisboa, para deixar a poeira assentar e passar o cheiro a judeu queimado. O único castigo conhecido aplicado foi aos 4 frades dominicanos que incitaram a populaça, mas por "desobediência à Coroa" e não por terem provocado a morte de 4 mil cidadãos.

Verdadeira vergonha para o nosso país, não penso que esta data possa passar em branco. Acho que já é tempo de descomplexar a nossa história e começar a assumir que fomos tão bárbaros quanto os outros na nossa sinistra inquisição e perseguições religiosas.

No entanto, é preciso também relembrar a data como algo que passou e não mais se irá repetir. É preciso mostrar o quanto evoluímos e como nos tornámos num país Europeu, civilizado e moderno. No mundo de hoje, onde a guerra em nome de um deus-qualquer ainda faz as delícias dos humanos, é preciso sublinhar que esses foram tempos de barbárie , que não se justificam no século XXI.

Não há lógica num Estado dominado por uma crença religiosa, não há racionalidade numa sociedade que funciona à base de medo e dominância do divino. O povo judeu tem vivido milénios de perseguições e tentativas de genocídio. Seria de calcular que tivessem aprendido alguma coisa. Infelizmente, os últimos 50 anos de história do Médio Oriente mostram que não.

Por isso acho que esta data deveria ser relembrada. Relembrada com a tristeza e impotência de quem vê o mundo a andar para trás e se apercebe que aquelas 4 mil almas desgraçadas morreram em vão. 

Passados 500 anos, o ódio continua o seu reino.

 


18
Abr 06
publicado por parislasvegas, às 11:54link do post | comentar | ver comentários (9)

 Habituada a sentir-me totalmente perdida, já considero perfeitamente normal estar longe de tudo e todos que conheço.

O apoio familiar que se tem e dá nestas circunstâncias são umas dolorosas "consultas" à distância em que, telefonicamente, são debitadas as mágoas e azares, alegrias e gracinhas da vida. Digamos que é uma merda, estar tão longe, com a ilusão de que se está perto. Mas a verdade é que para mim (no fundo para nós, visto que o Xano tem vivido a vida inteira assim) esta parte desagradável da vida tem-se tornado um hábito. Também, que remédio. Não se pode passar a vida a chorar a falta de raízes.

Daí que, quando conheço gente que se dá verdadeiramente mal com as distâncias e desenraízamentos, nunca sei se os hei-de considerar uns mariquinhas, ou  pessoas de força inegável e grande resistência psicológica, porque, apesar de lhes ser extremamente difícil, seguem em frente e continuam o seu caminho.

Tenho visto esta atitude em todas as nacionalidades e todas as culturas. Pessoas de todos os sexos e todas as proveniências culturais.

Há um ano atrás, a Cristina, uma amiga da Sierra Leoa, queixava-se-me da solidão de viver em Pequim,sem a sua "aldeia" para educar a filha. Para ela, educar a menina sem a presença das tias e das avós era o pior exemplo de maternidade. Acredito que aquela mulher está convencida de que a filha nunca vai ser uma pessoa "normal" por lhe faltarem as raízes.

Este fim de semana foi uma amiga iraniana que se queixou do mesmo. Isto sem falar das minhas amigas portuguesas que vivem cá, em constante choro por estarem desmamadas de família e amigos.

Não digo que não custe. Nas horas em que me dão os ataques de desmame (sim, porque uma mulher não é de ferro e também os tenho) lembro-me sempre da planta que adoptei como símbolo para minha vida: a orquídea.

As orquídeas sobrevivem a tudo - mesmo no clima do ártico existem espécies desta planta. Porquê?? Porque têm raízes aéreas. Com esta inovação genética, estas plantas não precisam de terra para sobreviver. Agarram-se a qualquer coisa, uma árvore, uma pedra, uma casca de coco - e seguem com a sua vidinha, não importa muito onde.

Apaixonei-me por estas plantas na Ucrânia, onde quase tudo morria dentro de casa, devido à oscilação térmica durante o ano e (desconfio....) devido aos bafos radioactivos de Chernobyl. As minhas orquídeas eram a única coisa que sobrevivia contra tudo e todos. Acabei por querer saber mais, visitar quintas de produção de orquídeas domésticas na Tailândia e ainda ando a estudar espécies e os cuidados que se devem ter com elas. Ao mesmo tempo que são resistentes a quase tudo, são altamente delicadas. Uma variação de temperatura na altura errada do ano, pode acabar com elas de um dia para o outro. Ou seja, outro ponto em comum comigo mesma...

Eu gosto de pensar que as pessoas-orquídea se dão melhor com esta vida do que as restantes. Que temos mais resistências e preserverança para ultrapassar dificuldades. Se isto é verdade ou não, ainda não sei bem. Mas lá que poupamos os outros às choradeiras do desmame, poupamos. E isso já é um gesto de simpatia da nossa parte.

 

 

 


publicado por parislasvegas, às 09:09link do post | comentar | ver comentários (2)

Aproveitámos estes dias de Páscoa para santificarmos o ninho e não fazer absolutamente nada. Já tinha saudades de ficar assim, maridinho e cães no rame-rame. Com grandes planos de ir a Portugal (com preços proibitivos, porra que não se pode com esse país que anda caro como o raio), de passear na Bretanha, na Normandia no raio-que-nos-parta, afinal acabámos em casa. Antes de tudo, porque acho que os cães já têm tempo suficiente de canil, obrigado, para estar a fazê-las passar por mais quatro dias de isolamento numa jaula. Quer dizer, está bem que são animais e tal, mas eu não gostaria de passar o meu tempo fechada em casa, para me fecharem depois num hotel. Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti. Mesmo quando os outros são cães...

Tínhamos decidido que queríamos começar a visitar os sítios "badalados" da cidade. Já que não fazemos mais nada, pelo menos ver essa Paris "fashion" que toda a gente jura a pés juntos que existe, mas que ninguém conhece ou frequenta.

Quando se têm amigos, não interessa o sítio onde se vai beber um copo. Pode ser a tasca mais rasconça (quanto mais melhor) que o importante é a companhia e a boa conversa. No nosso caso, amigos são bem escasso nesta cidade, de modo que lá nos decidimos a ir jantar ao Mandala Ray, um restaurante/bar para os lados do 8eme, propriedade desse grande empresário da noite que é o John Malkovitch (ele ainda tem o LUX????).

Como seria de esperar, o Mandala é lindo de morrer, com uma decoração fantástica (a cena do hippie/chic africalhado de que tanta gente gosta agora..) e com uma comida de chorar por mais. Todos os detalhes foram cuidados e o nível da cozinha justifica os preços marados que se praticam no sítio. Claro que o people é constituído exclusivamente por aspirantes a top-models, piranhas à caça de marido rico, russos mafiosos com muita pasta e arábes do petróleo com ainda mais pasta...

Mandala Ray, restaurante/bar. Paris

Not a happy crowd. O que vale é que nós nunca nos aborrecemos sozinhos, e é sempre agradável gozar com a cara dos outros nestas situações...

Acabámos a noite num sítio bastante mais simpático, a beber um copo com um amigo de longa data do Alex, que regressou há pouco tempo do Gabão.

Conclusão: os sítios "fashion" de Paris são só para inglês ver, ou para a Madona ou o Brad Pitt se divertirem quando vêem às suas casinhas de Paris passar uma temporada. Não têm gente normal, muito menos têm franceses. Os parisienses só frequentam estes sítios quando têm que levar a mulher/namorada a jantar à séria (i.e, quando fazem merda da grossa e precisam de pedir desculpa com um cheque chorudo...)

 

 


12
Abr 06
publicado por parislasvegas, às 10:30link do post | comentar | ver comentários (7)

Hoje vou à  inauguração da exposição da ILUSTRARTE aqui em Paris, com o apoio da CMB e do ICA . Alucinei quando vi o convite em cima da minha mesa. Nunca esperei ver o Barreiro em Paris. Grande terra a nossa, sim senhor.

Também no outro dia descobri que vivo a dois quilómetros de uma cidadezinha geminada com a Baixa da Banheira, que todos os anos organiza uma exposição de artistas banheirenses. Isto é que é a União Europeia dos cidadãos!!!


04
Abr 06
publicado por parislasvegas, às 15:41link do post | comentar | ver comentários (21)

Desculpem lá, mas ando mesmo.

Hoje, enquanto passava à frente do liceu mais fino de Paris, deparo-me com um cenário apenas possível nesta terra:

milhares de jovens, cuja mesada é o triplo do meu ordenado, enfiados em sapatinhos de 400 euros e casaquinhos de mil e muitos a protestar contra a precaridade do CPE.

Assistindo a isto tudo, com um ar de ironia, estavam uma meia-dúzia de tropas de choque. Imagino que a vontade de arrear nos meninos-bem seja difícil de controlar.Pelo menos para mim foi...

Ando facha e reaccionária sim senhor.

Na minha opinião tudo o que aqueles pipis ali estavam a fazer era chocar os paizinhos e brincar às manifestações. Eles que experimentem ir trabalhar e ganhar o ordenado mínimo e depois venham manifestar-se. Os gajos que tenham juízinho nas suas cabeças coroadas de IPods-edição-especial-chanel e ganhem alguma vergonha na cara.

Isto irrita-me porque vi ao vivo e a cores a gestação da nova geração "esquerda caviar" em França - coitadinhos dos pobres que giros que eles são, bora lá fazer uma manifestação de apoio a quem não tem emprego, coitadinhos dos não-escolarizados que nem sequer têm dinheiro para andar de griffes.

Enoja-me pá. Enoja-me a sério e faz-me ter vontade de desatar a distribuir estalo.

Quem não tem pedigree pra protestar fica em casa. Não é o que os gajos fazem nas coisas lá deles??não são só pra ricos??então? Manif. é pra descendente de proletário e mais nada!

Continuamos nesta e qualquer dia temos a "escumalha" do Jet7 a incendiar os Twingos da classe média. Ordem nesta bandalheira pá!


publicado por parislasvegas, às 09:31link do post | comentar | ver comentários (3)

E andamos outra vez nisto. Nem o governo cai, nem o pai almoça, nem a malta vai trabalhar, enfim, um belo de um impasse à maneira latina. Pelas andanças que tenho tido por esse mundo fora, ando cada vez mais convencida de que a política é uma ciência esotérica e que são necessários verdadeiros poderes sobrenaturais para perceber o que se anda a passar. É que racionalmente não vamos lá.

Não há comentário racionalizado ao que se anda a passar em França, tanto o Governo como o povo que anda nas ruas não estão a tomar atitudes racionais. O raio do contrato não me parece economicamente essencial para coisa nenhuma, poderia muito bem já ter sido retirado. E, de qualquer dos modos, o contrato não é a "Bête noire" que os sindicalistas referem, e com algumas modificações poderia passar sem mossas de maior.

O braço de ferro a que estamos a assistir na sociedade francesa está intimamente interligado com a crise generalizada que afecta todo o velho continente. Construímos um modelo social (nós não. eles todos) que é, infelizmente, demasiado pesado para se sustentar. Nem os nórdicos, cujos governantes vão a pé para o trabalho para não gastar dinheiro em carros e gasolina, estão a conseguir mantê-lo.

Já muito se tem falado, nos blogues de todos nós, da decadência do modelo social europeu do pós-guerra e das eventuais soluções para a situação. O modelo europeu está a morrer, e nós não sabemos bem como salvar o barco.

No caso francês, os trabalhadores fazem 35 horas semanais de trabalho. Estas 35 horas repercutem-se em vários sectores da sociedade: eles consomem mais, não apenas porque têm mais dinheiro disponível (o ordenado mínimo são 1.200 euros) mas também porque têm mais tempo. Muitos dias de folga são desencontrados e as horas a mais são compensadas com tempo livre. As lojas estão sempre cheias (quaisquer que sejam os preços que praticam) e os restaurantes a abarrotar.

Mesmo com as convulsões sociais dos últimos meses, se compararmos com Portugal, chegamos à conclusão inevitável que eles vivem incomparavelmente melhor do que nós.

E no entanto protestam. Protestam, porque num verdadeiro sistema democrático o povo não pode comer e calar. Porque nada do que é decidido pelos eleitos pode ser aplicado sem discussão pública. Todos os cidadãos têm consciência do que é ser cidadão, do que é ter direitos e deveres na condução dos destinos da República. O povo francês apercebe-se da morte do seu sistema e tenta agarrar-se ao que tem.

Aparentemente, nós somos os parentes pobres da Europa que, não apenas vivemos mal, mas ainda nos calamos quando nos põem a viver pior. Andamos às migalhas e ficamos satisfeitos só por manter o nosso posto de trabalho. Mas também não discutimos nada, não debatemos, reparem bem: nós nem sequer votamos.

Um país não é feito de governantes, é feito de pessoas. Mesmo depois do 25 de Abril, essa é uma lição que os portugueses ainda não aprenderam. Ou talvez, simplesmente, não estejam para se chatear.

 

 


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