Histórias de uma portuga em movimento.
29
Dez 10
publicado por parislasvegas, às 16:57link do post | comentar

Ou como às vezes é preciso uma opinião de fora para ver que isto não está assim tão mal:

 

a mensagem do Embaixador Britânico aos portugueses, em hora de saída (pela segunda vez) do nosso país:

 

"coisas que nunca devem mudar em Portugal"

 

Muito bom, obrigado ao Embaixador por nos fazer lembrar dos muitos (bons) valores que temos e que, por vezes, ficam ensombrados com tanta névoa miserável.

 

ps - o blog do Embaixador chama-se "um bife mal passado", genial não? Só mesmo um brit para ter este sentido de humor!

 

 


12
Out 10
publicado por parislasvegas, às 15:14link do post | comentar | ver comentários (1)

Do chorrilho de asneiras que se disseram ontem no "prós e contras" da RTP1 (a sério - aquilo é uma jornalista??) o que mais me impressionou foram as declarações de um tal rapaz que lá andava no público e que era Secretário-Geral de uma coisa qualquer dos alunos da Universidade de Lisboa e tinha feito uma tese sobre a "geração à rasca". Eu nem fixei o nome da criatura porque não estava a prestar a devida atenção, confesso, mas fiquei siderada quando o rapaz em causa, barbado e com certeza mais perto dos 30 do que dos 20 afirmou com um ar de inocente que a nova geração não podia encontrar soluções para os problemas nacionais, porque nem os "adultos" tinham conseguido fazê-lo.

 

Assim mesmo: "adultos", o que quer dizer, que o rapaz, tese e tudo, doutorando, mestrando o raio que o parta, considera-se uma criança desprotegida. Que maior parte do povo português esteja infantilizado e espere que "os outros" encontrem uma solução "para isto" não me admira. São pessoas que cresceram em ditadura, são pessoas que não têm educação, pessoas que nunca foram ensinadas a ter iniciativa e nunca foram encorajadas a pensar. A culpa é sempre "da situação" e cabe sempre aos "lá de cima" a resolução de seja do que for, desde o mau tempo que se faz sentir à falta de produtividade. Mas que a nova geração seja igual, crescendo em democracia consolidada, tendo muito mais oportunidades de desenvolvimento do que a anterior, com os sacrifícios todos dos paizinhos e depois continuar à espera que "alguém" resolva a crise, quando já nem votam, nem têm consciência política nem envolvimento de cidadania, é obra!

 

Eu sou da geração rasca. Sou daqueles que andaram nas manifestações contra coisas várias. Reconheço que não teve efeito nenhum andar a mostrar o rabo à Ministra da Educação, reconheço que poderia ter ser feito de uma forma mais civilizada e mais simpática.

 

Sou da geração que andou sempre a refilar e hoje, gordos e alguns já carecas, nós as gajas de cintura mais quadrada e já a pintar o cabelo, hoje só queremos que os tostões sejam suficientes para pagar os ATLs aos miúdos e a gasolina para ir trabalhar.

 

A geração rasca que, metida em fraldas a tarde e a más horas (consequência de se tirarem cursos superiores e se querer fazer uma carreira de jeito para dar o melhor aos filhos), já quase quarentões e pais de miúdos pequenos,  nos vamos reformar aos 70 anos sem direito a pensões do Estado e aos 60 ainda vamos estar a pagar propinas às crianças. Não podemos educar os nossos filhos neste rame-rame.

 

Se não educarmos os miúdos para serem activos, para se desenrascarem, enfim, para pensarem e agirem pela própria cabeça, estamos tramados. Nós, eles e o país. Porque temos que ser nós a formar uma próxima geração de jeito, uma vez que estes, os que deveriam agora estar a entrar no mercado de trabalho (e não entram porque não há mercado) vão ficar infantilizados e dependentes para todo o sempre.

 

Não deve ser fácil ir tirar um curso superior para se ficar desempregado, não deve ser fácil viver na casa dos pais até aos 35 anos, querer independência e não ter recursos financeiros para isso, mas a vida não é só fado. A vida é, acima de tudo, acção. E, sobretudo quando estamos "à rasca" não se pode ficar à espera que "os adultos" resolvam "isto".


22
Jun 10
publicado por parislasvegas, às 09:34link do post | comentar

Nunca é tão visível a esquizofrenia dos Portugueses como quando toca ao futebol em competições internacionais.

Os nossos jogadores são uns asnos, o treinador uma besta, se perdemos é porque não fazemos nenhum, se ganhamos é porque os adversários foram uns moles.

 

É que mesmo quando ganhamos! Nunca vi um povo dizer tanto mal dos jogadores nacionais como os portugueses (se bem que os franceses estão lá bem perto). Não percebo o que é que o povo quer. Ainda não perdemos um único jogo, já marcámos 7 golos e continuam a torcer o nariz.

 

Mas, ao mesmo tempo, toda a gente enche o peito e diz:"o Brasil que se cuide". E se acontecer levarmos uma cabazada dos brasileiros (o que é bastante provável) a culpa vai ser daquelas bestas dos "navegadores".

Enquanto isso, Portugal enche-se de bandeiras nas janelas, o Luxemburgo vê-se grego com tanta festa, Luanda, Praia e Maputo vestem-se de verde e rubro cada vez que ganhamos.

 

Vão-se tratar pá.


09
Mai 10
publicado por parislasvegas, às 00:32link do post | comentar

Parece é que o grande eixo de comunicação europeia agora.

A sério.

Parece que sim, nada contra os palmelões e tal, mas porra, um TGV que nem chega a Lisboa??? Está tudo parvo?? Claro que está. Se é assim, então ficamos como estamos. A sério. Não se incomodem e, sobretudo, não gastem o nosso dinheiro numa porcaria tão inútil.  Nós, que pagamos impostos, agradecemos.


24
Mar 10
publicado por parislasvegas, às 08:32link do post | comentar | ver comentários (1)

Não me surpreenderam os dados do estudo sobre a saúde mental em Portugal.

 

Eu que não vivo no país, há muitos anos que reparo que as pessoas não podem estar a bater bem da cabeça. Como é que se pode ser um povo produtivo e bem-disposto quando a situação económica piora de ano a ano, quando se perdem cada vez mais empregos, quando os salários que se têm não chegam para sustentar a família, quando as pessoas andam afundadas em empréstimos e más relações com colegas, vizinhos e família?

 

É coisa que transparece no dia-a-dia, no nervosismo geral, na forma de brusca de tratamento social e na falta de paciência e tempo que a generalidade das pessoas têm seja para o que fôr.

 

Não é que os portugueses sejam uma cambada de desgraçados sem culpa do que está a acontecer, é verdade que os desgovernos generalizados e a irresponsabilidade dos privados contribui em larga medida para isso. Mesmo as famílias, muitas com prioridades trocadas, que nos anos 90 aproveitaram o boom económico para consumir e não para poupar, têm culpas no cartório.

 

Tudo isto é verdade mas, na minha opinião, agora que sabemos, preto no branco, que 23% dos portugueses sofrem duma doença mental, o essencial é atacar o problema.

 

Não sei como é que a estatística é feita, e sei que, em Portugal, como nos Estados Unidos, uma pessoa que esteja a passar por um desgosto ou quebra grave na sua vida é imediatamente diagnosticada como depressiva pelo médico de família. Alguns não são tratados porque se recusam, ou mesmo porque nem sequer têm acesso a tratamento. Outros levam logo com anti-depressivos e ansiolíticos e ficam a vegetar num limbo de paragem mental. Infelizmente, no nosso país o luto e o desgosto já não têm o mesmo respeito e espaço social que tinham antigamente. Hoje em dia, uma depressão circunstâncial e normal, transforma-se num problema de saúde sério.

 

Quando os tratamentos não são feitos à base de terapias, mas de químicos, é mais do que normal que as pessoas fiquem "presas" à medicação e que não  consigam recuperar.

 

Talvez a razão de tudo isto seja o falhanço da nossa rede social. Eu lembro-me que quando morriam pessoas da família, a minha avó se vestia de preto o tempo regulamentar. que ia chorar para a casa das vizinhas o tempo regulamentar, que só falava da pessoa morta o tempo regulamentar. Passado esse tempo acabava-se. Era assim, havia um espaço, uma rede social e um tempo para se desprender, para sofrer a perca, o divórcio, a tragédia. Hoje em dia há que estar normal no dia a seguir e engolir o prozac da ordem.

 

Os 23% de portugueses que sofrem (na sua maioria de ansiedade e depressão) podem dizer-nos que este método não está a resultar. E já agora, uma melhoria nas condições de vida também ajudava....

 


27
Fev 10
publicado por parislasvegas, às 08:48link do post | comentar

 ....pois eu ontem estava mal disposta. Não só fiquei puta da vida depois de ter feito a minha digressão habitual pelas notícias (deve ser do TPM), como fiquei ainda mais danada com a minha volta pelos blogues "para descontraír". Passo a explicar:

 

1.

 

Os portugueses têm muito a mania de que eles detêm o monopólio dos maus políticos e o recorde da corrupção, censura e demais atentados à democracia no mundo. Também têm a mania que ninguém nesse país faz nada de jeito e que os 10 milhões de compatriotas que residem no Continente e Ilhas são todos uma cambada de atrasados mentais. Eu já tentei explicar aqui muitas vezes que isto não é a realidade, é apenas uma espécie de doença mental colectiva, enraízada no nosso código genético e que precisa de tratamento JÁ. 

 

De maneira que um exercício que eu recomendo vivamente enquanto terapia para a "portugalidade" (vamos chamar  assim a "doença" só para efeitos práticos) é  aquilo que faço todos os dias, i.e - ler os jornais de todos os países que vos interessem ou dos quais saibam a língua. Porque ver as notícias internacionais não é a mesma coisa.

 

Os casos mesquinhos, os ódios de estimação os pequenos escadaletes dos políticos, tudo isso está lá, para toda a gente ver (menos nos russos que não têm praticamente imprensa livre, deve ser porque lhes falta um Crespo e uma Manuela....) assim como estão nos nossos jornais.

Qual é razão?? Bom, isso já não sei dizer, que isto aqui não é nenhum oráculo. Talvez os outros povos sejam MESMO iguais a nós. Não melhores, não piores, mas simplesmente iguais. Ou talvez os políticos tenham MUITA necessidade de distraír o povo com escandaletes numa altura de crise económica acentuada.Ou talvez se dê a realização do famoso  provérbio português "Em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão", sendo que essa casa é o Mundo.

 

E há dias em que o Mundo inteiro parece ter entrado em parvoíce total e em que todas as notícias são uma inteira perca de tempo, coisas encomendadas, fabricadas, enfim tudo histórias da carochinha para boi dormir. Sendo que o boi em geral é o povão, que enquando se escandaliza, não pensa (repito que não estou a falar de Portugal em particular, mas da cena internacional em geral).

 

 

2.

 

Seguidamente, como já referi, fui ver os blogues "para descontrair" e porque tinha algum tempo livre. Resolvi fazer uma pesquisa completamente selvagem e fui a uma série de blogues que me surpreenderam pela forma como estão bem escritos e com o bom-senso que os seus autores espelham nos textos que postam. Blogues portugueses, claro está.

 

Aquilo me escandalizou não foi, portanto, o conteúdo dos textos ou a má ortografia, tudo isso estava muito bem e deixou-me muito satisfeita, até que, feita idiota, resolvi ir dar uma espreitadela aos comentários. No primeiro blogue pensei: "coitado do autor que tem que levar com isto, deve ser do tema do post", tal não era o fel que me aparecia destilado no ecrán. Mas depois no segundo, terceiro, quarto e por aí fora, fiquei banzada.  

 

Estou em crêr que a crise está a fazer de nós pessoas extremamente desagradáveis. Toda a inveja pequenina que sempre existiu (como em todos os países do Sul da Europa) está a descambar em veneno irracional, porque toda a gente descarrega onde pode. E onde se poderá melhor do que ao abrigo do rótulo "anónimo" num blogue qualquer?? Pois é. Vai daí esquece-se toda e qualquer noção de educação e civismo, até porque "hei, ninguém me conhece". 

 

Da "navegação" de ontem fiquei a saber que o Governo tem culpa do mau tempo que se avizinha e também do futuro terremoto que erradicará Lisboa do Mapa. Claro que haver um levantamento de cidadãos que exijam explicações sobre medidas preventivas  tomadas já dá muito trabalho, então a malta vai comentar parvoíces para a net, como se isso ajudasse alguma coisa.

 

Também fiquei a saber que qualquer pessoa que escreva frases mais ou menos complicadas e um palavreado mais elaborado é logo "intelectualóide" ou um priviligiado a quem os paizinhos pagaram o colégio privado. 

 

Sem falar dos blogues de gajas, onde qualquer merdinha postada "gosto muito da base do XYZ", dá logo comentários do estilo: deves andar a nadar em dinheiro, o teu paizinho deve ser rico, vê-se mesmo que não tens filhos para alimentar, devias era andar a trabalhar como eu. E outros mimos do gênero. 

 

Em resumo, parece que o normal cidadão, que ao vivo e a cores será capaz de dizer "se faz favor" e "obrigado" a qualquer compatriota, (independentemente das tempestades encomendadas, da base que utilize ou da sua proficiência da língua) se transforma em Ogre cibernético assim que vê uma caixa de comentários aberta. Enfim, a malta tem que descarregar em qualquer lado,  mas se começamos assim, qualquer dia estamos a bater um nos outros e não é virtualmente....

 

 

 

 

ps- ainda bem que este blogue tem dois ou, vá lá, três leitores, e dos silenciosos. Obrigado!


05
Jan 10
publicado por parislasvegas, às 21:57link do post | comentar

 Eu bem disse que esta era a herança que eu iria passar ao meu filho. Aos dois anos e meio, balbuciando frases em três línguas, o raio do miúdo não adormece sem os Clã e o Sopro do Coração. Olha toma!


15
Set 09
publicado por parislasvegas, às 08:18link do post | comentar | ver comentários (1)

 

Sim, o amor é vão
É certo e sabido
Mas então (porque não) porque sopra ao ouvido
O sopro do coração
Se o amor é vão
Mera dor
Mero gozo
Sorvedouro caprichoso

No sopro do coração...

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do corpo num turbilhão
Sopra doido
E o que foi do corpo alado nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas, 
Raras
Raras
Raras

Corto em dois limão
Chego ao ouvido
Ao frescor
Ao barulho
Á acidez do mergulho

No sangue do coração
Pulsar em vão
É bem dele
É bem isso
E apesar disso eriça a pele

No sopro do coração...

 

Letra: Sérgio Godinho

 

O Português é a minha língua favorita: pelas óbvias razões - das seis línguas que falo e escrevo, é nesta que penso, sonho e faço amor. É a língua que falo em casa, em que me exprimo com o marido e filhos, é a minha língua de berço, a minha casa. 

O Diário de Notícias faz uma homenagem à Sophia de Mello Breyner, pelos cinco anos da sua morte. Num dos textos, o filho Xavier diz: "já ninguém lê poesia". Se é assim, eu sou ninguém.

A poesia em português é essencial ao meu equilíbrio psicológico, seja um poema cantado do Sérgio, ou um dos fenomenais poemas da Sophia (que ainda sabem melhor quando lidos à beira do Mediterrâneo). 

Esta língua são as raízes que eu vou transmitir ao meu filho. Espero que ele também escolha o português como sua casa.


10
Jun 09
publicado por parislasvegas, às 22:58link do post | comentar

 Há 8 anos atrás, o 10 de Junho era só um dia em que eu ia à praia sem os meus amigos militares, que estavam sempre lixados nos deveres de paradas e celebrações.

De há 8 anos a esta parte, o 10 de Junho transformou-se num dia de trabalho, mas também de orgulho, de gente a falar a minha língua com um sotaque estranho, de gente a comentar as qualidades que temos, mas que ninguém parece ver, pelo menos nesse rectângulo, à beira-mar plantado.

E agora, que para mim este dia já passou, mas para vós, ainda é dia, digo eu, talvez com engano, viva Portugal!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

p.s.- às vezes também me dá para isto....


27
Mai 09
publicado por parislasvegas, às 08:22link do post | comentar | ver comentários (6)

 Já passei por muitas fases desde que saí de Portugal: a fase em que acompanhava tudo o que se passava no país e que tinha saudades loucas de casa, a fase em que não queria saber de nada e não sentia falta nenhuma, a fase em que queria saber, mas ficava enojada com tanto disparate e a fase do optimismo estúpido em que tudo o que era português era bom.

 

Ou seja, dentro ou fora, continuo uma portuga típica, com sentimentos esquizofrénicos em relação ao meu país e aos meus conterrâneos.

 

A minha prima diz-me que o meu maior problema de cabeça é o relacionamento que tenho com Portugal, eu tento explicar-lhe que ela, enquanto italiana, nunca conseguirá perceber a maluquice da portugalidade. 

 

Agora ando numa fase de acompanhar tudo o que se passa, mas a esforçar-me por não fazer juízos de valor. No entanto, isto é demais para mim. Aliás, acho que é demasiado até para 10 milhões aguentarem em colectivo.

Só na última semana, os chorrilhos de asneiras nos telejornais, no parlamento, nos debates, na campanha eleitoral, a piroseira dos Globos d'Ouro e, last but not least, o caso da Alexandra, têm-me feito contorcer de dores na alma.

 

E depois, isto da internet é tudo muito bonito, especialmente porque é democrático e permite que qualquer imbecil opine em qualquer lado (eu incluída). É alucinante a quantidade de comentários nos sites dos jornais nacionais de grande tiragem que são boçais, ordinários, mal escritos ou simplesmente idiotas.

 

Este fenómeno não é português, é global, a estupidez humana não é exclusivo nosso, muito embora às vezes pareça que nos doutorámos em parvoíce, com tese em imbecilidade colectiva. Quanto um diz mata, há logo vinte comentários a seguir que dizem esfola e com erros de ortografia e gramática.

Palavra d'honra que às vezes, por muito que me esforce a ler determinados posts ou comentários não consigo perceber o que a pessoa quer dizer, tal não é a algarviada.

No fundo, quem não consegue falar ou escrever em condições também não consegue pensar, e isto não só um problema de educação nacional. Os meus bisavós eram iletrados e falavam bem, com clareza e lógica. 

 

Mas que porra, e eu que tinha prometido a mim mesma não me chatear mais com isto.

 


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