Histórias de uma portuga em movimento.
19
Set 06
publicado por parislasvegas, às 15:26link do post | comentar

Li hoje (atrasada mas li) uma reportagem no Nouvel Observateur da semana passada sobre o tema da infidelidade conjugal. Em resumo, os senhores jornalistas, armados de muitos pergaminhos de muitos psicólogos vivos e mortos, argumentam que:

1. Raras espécies de mamíferos são monogâmicos;

2. NENHUM primata optou pela monogamia;

3. O casamento é uma instituição social motivada por razões económicas (divisão do trabalho);

4. TODOS, sem excepção, SOMOS POLIGÂMICOS, incluindo as mulheres que se fizeram de santas este tempo todo, devido à repressão social.

5. A revolução sexual veio libertar a mulher e caiu o mito que a infidelidade é um exclusivo masculino. Os homens são agora todos uns cornudos em potência.

6.( E aqui é que está o busilis da questão). APESAR DE SABER ISSO TUDO CONTINUAMOS À PROCURA DO AMOR ETERNO E A INSISTIR NA MONOGAMIA. PORQUÊ????

Bom, segundo os senhores jornalistas, armados de pergaminhos de psicólogos vivos e mortos, A CULPA É DAS MÃES. De todas as mães.

O primeiro amor que todos conhecemos é  o amor de mãe, incondicional, fusional, um amor que nos permite a indentificação de nós próprios e que nos permite também, a longo prazo, gostar de nós e dos outros. Ao mesmo tempo, passamos o resto da vida a perseguir esse amor nos nossos companheiros (as) - a procura inecessante de alguém que goste de nós incondicionalmente como as nossas mãezinhas.

Bom, desculpem lá, meus amigos, mas eu ando um bocadinho farta desta merda de pôr as culpas de tudo em cima das mães. Quer dizer, é um papel filha-da-puta de ingrato, não acham??? As mães cuidam, velam, ralham, educam e tentam preparar os filhos/as para o mundo o melhor que podem/sabem. Acho que já era altura mas é de agradecer e não de inventar novos traumas provocados pela figura materna no ser humano.

Isto tudo me faz reflectir que, afinal, o mundo gira à volta da vagina. Pode parecer mentira, mas ando a chegar à conclusão que é verdade. Outra verdade que me parece inegável é que metade da humanidade (a que não a tem) morre de medo da outra (a que a tem).

Também acho que já somos suficientemente crescidos para resolver esta merda a bem...

 

 

 

 


Se o mundo girasse à volta da vagina em vez de luz do Sol tínhamos cheiro a bacalhau?????
D. a 19 de Setembro de 2006 às 23:32

Pois por mim acho que tens razão isto ando tudo à volta da zenaita das gajas.
Isso da monogamia é para os ganços que têm o pescoço comprido e aquela ar de panilas....
Cá por mim, só vivo em monogamia por medo.
É que se a minha mulher descobrice que eu dava umas por fora era uma chatisse...Como eu gosto da gaja e já não tenho idade para andar a esconder merdinhas e a inventar historias... olha fico-me por comer em casa.
Mas não é uma coisa natural.
E para as gajas tambem não deve ser...
O que acontece é que as mulheres enganam mais facilmente os maridos. Os homens nessas merdas somos mais lorpas e não desconfiamos.
Gaja que é gaja desconfia sempre e investiga spre mesmo sendo por rotina....
Por isso é que eu tou condenado, enquanto me mantiver com esta bacana, a ver de longe, comentar o aspecto e não provar...
Pobre de mim.
Riki a 20 de Setembro de 2006 às 01:27

eu sei que "descobriece" leva 2 esses mas a mim apetece-me escrever com um "c", ha algum problema?
não há?
então não me lixem camada de edites estrelas ciberneticas sempre prontinhas a vir ca cas putas das regas!!!
Riki a 20 de Setembro de 2006 às 01:29

Caro Riki, por uma vez estamos completamente de acordo. Claro que a monogamia não é natural para ninguém, macho ou fêmea, mas existem outras razões que não as sexuais para manter um casal fiel - do tipo amor, respeito, consideração e, sim senhor, medo.
Medo de perder o outro - que é uma das facetas visíveis do amor.
Esta reportagem impressionou-me, não pelas constatações à la Monsieur de La Palisse (poligamia natural, casamento por razões económicas e etc) mas pela explicação psicanalítica de que as mães é que têm a culpa pela nossa busca inecessante da "outra metade". Coitadas das mães que servem de "pau pra toda a obra" nos sofás dos Freuds modernos. A verdade é que nenhum de nós, machos ou fêmeas suporta a ideia de morrer sozinho. Essa é que é essa!
parislasvegas a 20 de Setembro de 2006 às 10:26

Tiro duas conclusões:
- A poligama dá demasiado trabalho.
- Quem não tem cão caça com gato e quem não tem mãe, culpa a dos outros...
D. a 20 de Setembro de 2006 às 12:46

mais sobre mim
Setembro 2006
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2

3
4
5
6
7
8
9

10
13
14
16

17
23

24
25
26
27
28
30


arquivos
2014:

 J F M A M J J A S O N D


2013:

 J F M A M J J A S O N D


2012:

 J F M A M J J A S O N D


2011:

 J F M A M J J A S O N D


2010:

 J F M A M J J A S O N D


2009:

 J F M A M J J A S O N D


2008:

 J F M A M J J A S O N D


2007:

 J F M A M J J A S O N D


2006:

 J F M A M J J A S O N D


2005:

 J F M A M J J A S O N D


2004:

 J F M A M J J A S O N D


pesquisar neste blog
 
blogs SAPO