Histórias de uma portuga em movimento.
15
Jan 07
publicado por parislasvegas, às 11:45link do post | comentar

Há anos que venho escrevendo sobre a necessidade de despenalização do aborto, tantos quanto tenho "voz" na internet. A minha posição não constitui novidade para a meia dúzia de amigos/leitores que me conhecem desde sempre, inflamada de indignação contra a prática medieval, católica fundamentalista e redutora das liberdades individuais que constitui a ilegalidade do aborto e a perseguição judicial das mulheres que se vêem forçadas a recorrer à sua prática.

Portugal é um Estado laico e republicano,  os nossos legisladores não podem impor ao geral da população valores religiosos. A consciência individual deverá reger as mulheres neste tema, uma vez que , cientificamente, não existem contra-indicações para a intervenção (dentro do prazo estipulado).

Tenho necessidade de dizer isto aqui e afirmar claramente a minha posição, agora que, grávida de 4 meses, compreendo plenamente a tragédia pessoal de quem se vê obrigado a recorrer a esta solução extrema. Devo também dizer que prefiro pagar impostos para matar criancinhas (é assim que os católicos põem a coisa....) do que pagar a diária da prisão às mães tresloucadas que matam os filhos com as suas próprias mãos, ou a estadia de mães adolescentes em casas de acolhimento, ou os subsídios aos desgraçados que nascem sem ter onde cair mortos e que dependem da sociedade o resto da vida. Se isto é uma visão fria, desprovida de humanidade??pode ser que seja, mas é a minha.

De qualquer das formas, desenganemo-nos, não é por causa da legalização do aborto que deixarão de existir abortos clandestinos ( das desgraçadas e pobres que não querem contar ao marido, ou aos pais ou etc - porque as ricas vão continuar a ir a Madrid ou a Londres), ou crianças mal tratadas ou grávidas adolescentes. Quero apenas crer que a legalização do aborto em Portugal vai contribuir, pelo menos um pouco, para a melhoria de alguns destes indicadores, reduzindo um pouco a miséria humana que grassa no meu país.

 

 

 


Não tenho nada contra sobre a sua ideia em relação ao aborto. Mas gostaria que desse uma vista de olhos a umas fotografias de abortos feitos. WWW.mttu.com/abort-pics/ .
Se for muito sensível é preferível não ver.
Mas pense se acha que alguém tem o direito de tirar a vida a outro ser Humano. Veja com os seus próprios olhos se é justo a morte para aqueles bébés que não tiveram direito a decidir se queriam viver ou morrer daquela forma. Alguém decidiu por eles não é verdade? Talvés muitos deles preferiam estar num lar de acolhimento, ou numa família que a ajudasse e a amasse. Isto é apenas um talvés, porque o que estas crianças preferem nunca iremos saber, pois calam-lhes a voz = direito à vida.
Qualquer animal, planta, ou ser vivo seja bom ou mau tem o direito à vida. Lutemos então pela Vida e não pela Morte. A Morte é certa para todos nós ; não queiramos acelarar a lei da Vida.

Comprimentos;

M.S.
nemfelizneminfeliz a 15 de Janeiro de 2007 às 17:34

Não deve ter lido a totalidade do meu post eu acho que tornei bem claro que estou GRÁVIDA de quatro meses - sei bem qual é o aspecto de um feto e, infelizmente, sei bem qual é o aspecto de um feto morto.Nunca fiz nenhum aborto voluntário e nunca o faria, mas isso sou eu. Obrigar uma mulher a viver uma gravidez indesejada é uma forma de escravatura e um desrespeito pelos direitos humanos. A comunidade científica já deixou claro que o feto só começa a ter actividade cerebral a partir das 11-12 semanas.Antes disso é um projecto de vida. Interromper ou não esse projecto é uma decisão dolorosa que tem que ser tomada em consciência e com responsabilidade. Mas é um direito das futuras mães e dos futuros pais.
Diz que muitos dos fetos mortos poderiam estar em lares de acolhimento. Pois é. E outros chegam aos 6 meses para ser violados pelos padrastos bébados ou maltratados pelas mães toxicodependentes.Nada é fácil nesta questão. Não existem soluções perfeitas.
parislasvegas a 15 de Janeiro de 2007 às 20:28

Em primeiro lugar senhor não sei quantos: aprenda a escrever na sua língua porque será mais fácil entender aquilo que está para aí a grunhir. Quanto às fotografias de que refere, afinal de contas qual seria o interesse de ver fotografias suas? eu nem o conheço.
blimunda a 18 de Janeiro de 2007 às 09:46

Adorei o comentário da Blimunda, ao comentário que o tal senhor fez sobre a despenalização. Esse senhor quer é fazer terrorismo psicológico sobre as pessoas, como se vivêssemos na idade média...Coitado! O senhor quer fazer terrorismo psicológico, sobre as mulheres que se vêm obrigadas a optar, por essa solução última! Que interesses, caro senhor, esta a tentar defender com a divulgação de imagens chocantes, que eu considero pornográficas? Ou daqueles que têm clínicas que vivem desta prática, ou arvora-se em arauto dos valores apregoados por igrejas que defendem o direito à vida? Qual vida?! Subscrevo por inteiro a visão da autora do Post que deu lugar a estes comentários.
maria a 18 de Janeiro de 2007 às 13:32

Voces estão é a dar muita conversa a um beato qualquer que o que sabe da vida foi o que o padre lhe ensinou a dar-lhe empurrões na sacristia.
Riki a 19 de Janeiro de 2007 às 12:35

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