Pois é. A baleia foi a casa. Como sempre, deu para muita coisa e não deu para nada.
Para já tenho que agradecer à minha mãezinha, que se deu ao trabalho de cozinhar durante três dias para podermos reunir os amigos em comezaina de matança de saudade. E depois tenho que agradecer a toda a gente que se deu ao trabalho de se deslocar para ver a gorda e, assim, dar a grande alegria a esta desterrada de se sentir em casa outra vez.
Gostei muito de rever toda a gente e, principalmente, de ver como a nova geração está cada vez mais crescida (e aumentada). Foi bom conhecer a MI e a Maria e ver o quanto cresceu o resto da miúdagem . O kiko já tem muitos amigos e espero que possa encontrar-se muitas vezes com o ZP e com o Lourenço que, por enquanto, só têm meninas para brincar...
Dizem que , com o tempo, nos transformamos nos nossos pais. Para a nossa geração essa transformação demorou, mas já chegou. Quando nos vejo todos reunidos só me lembro das farras que os nossos pais faziam e que juntavam muitos de nós, ainda de fraldas. Claro que os "velhos" nos continuam a considerar uma cambada de irresponsáveis, uns miúdos, que não sabemos o que fazemos e etc. Faz parte do generation gap ", haja paciência. Finalmente, passámos a geração sanduiche - entalados entre a criançada e os velhos - passamos a ter responsabilidade de um lado e do outro.
Que haja muito copo e muita farra para compensar o peso dos dias!
No Domingo, para não ficar com pena de deixar uma Lisboa ensolarada e ainda com o coração quente de tantos gestos amigos no Sábado, tive de chegar ao extremo de comprar a CARAS para ler no avião. Quando cheguei a Paris, já ia muito aliviada de ter saído dessa terra, cheia de gente meio pirosa que nem conheço de lado nenhum.
Esta de comprar revistas "socialite " quando não me apetece ir embora é um velho truque que me foi ensinado por um colega de profissão. Quando se começam a passar as páginas e a dizer "quem é este??" e "que cena mais estúpida", "que cena mais pirosa" - é tempo de sair do país. Claro que eu não aconselho este truque a nenhum de vós, porque teriam que sair todos de Portugal, e em passo acelerado.
Agora esperam-me mais três ou quatro meses sem por os pés em casa, mas, desta vez (e apenas desta) é por uma boa causa.