Histórias de uma portuga em movimento.
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Abr 07
publicado por parislasvegas, às 14:49link do post | comentar

Na edição desta semana do "The Economist " (vénia, vénia) Portugal volta a ser referido pelas mesmas razões de sempre - as más.  

 

Diz-nos o Economist o que nós (infelizmente) há muito já sabemos - que a nossa economia é uma vergonha, que nos deixámos cair para a ponta da cauda da Europa Ocidental (i.e. não somos a "cara" da Europa, mas sim o cú) e que somos o verdadeiro exemplo do que não fazer em caso de adesão ao Euro.

 

Também nos acusa de certos "crimes" que são meias-verdades . Objectivamente Portugal foi o primeiro país a ser ameaçado com sanções pela Comissão por não cumprir o Pacto de Estabilidade, mas isso foi apenas porque o peso político da Alemanha e da Itália as defenderam de ter essa desonra, pois derraparam muito antes de nós. 

 

A justificação apresentada pelo Economist  e que coincide com a análise que eu, simples leiga, faço desta desgraça, é que o nosso país (uma vez mais) fez tudo ao contrário. Enquanto em Bruxelas negociávamos a adesão ao Euro, em Lisboa ignorávamos alegremente a mudança que aí vinha. O que quer dizer que, ao contrário dos restantes europeus nos "preparámos" para a adesão ao euro depois da moeda ter sido posta em circulação - how weird is that hu ?

 

Claro que esta não foi a única burrice. O boom  dos anos 90, orgulhosamente reivindicado por um certo professor de economia, não passou de especulação. Não criou riqueza, não investiu no futuro, não reformou o tecido produtivo. No entanto, a responsabilidade tem que ser dividida, não apenas por todos os que nos governaram, mas também e muito por todos os "empresários" que pensaram mais em andar de Porche do que em criar empregos. E, infelizmente, esse animal reproduz-se com fartura nas nossas terras.

 

A conclusão do vetusto semanário não é diferente da de qualquer um de nós - estamos fodidos .  Chegámos às últimas e agora não temos outro remédio que agonizar enquanto este Governo nos corta a todos em tiras (incluindo a si próprio) a sangue frio. Como os senhores do Economist são estrangeiros, estão muito mais optimistas que todos nós e acham que o PM Sócrates está a portar-se bem e a fazer o que é preciso para nos retirar do buraco hard medecine - o que arde cura). Eu, tão tuga que raramente consigo ver para além do véu de lágrimas da Severa, tenho as minhas dúvidas.

 

Curiosamente nem por um momento os senhores estrangeiros abordaram esse assunto de importância vital para o futuro da nação - será o PM engenheiro de minas?ou de pontes? Devem andar distraídos daquilo que é verdadeiramente essencial...

 

 


Pois... É natural que o "The Economist " aprove as politicas neoliberais do Sócrates. A linha editorial desse jornal é profundamente conservadora... Até tenho alguma curiosidade do que diz o "The Economist " sobre o Zapateiro... É que sendo o Sócrates e o Zapatero, ambos socialistas a linha do português está muito mais colada às tendencias preconizadas pelo "The Economist " do que o seu homologo espanhol...
Claro que quando o Sócrates diz que vai instituir um código de trabalho baseado nos factores da flexibilidade dos despedimentos, os senhores conservadores tendem a aplaudir.
Vamos ver no que isto vai dar.
Riki a 18 de Abril de 2007 às 13:15

Só quero aplaudir o post sobre a analise que o THE ECONOMIST fez sobre Portugal e a pessoa que o publicou. É por estas verdades aqui ditas (empresários do porshe, negociatas sem se saber o que se está a fazer, alás logo quando a Inglaterra colocou o cu de fora e os Nordicos lhe seguiram aspisadas era logo para desconfiar.) que PORTUGAL é a merda que é. Não há valores, não há responsabilidade, não há honestidade. não há nada a não ser uma grande rebaldaria...No parlamento dos 230 mamões da nação só lá estavam 36 para a votação . Cadê os outros???? KE é ke é isto ó meu???!!!!!fvkmmm4
Miguel Lopes a 6 de Maio de 2007 às 11:28

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