Histórias de uma portuga em movimento.
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Nov 07
publicado por parislasvegas, às 16:05link do post | comentar

Já não me lembrava do que era passear na Av. Montaigne a fazer window shopping na Dior , passar aos Champs Elysés e passear no meio do frenesim.

 

Os turistas japoneses atacam a Louis Vuitton em massa, os parisienses passam indiferentes a tudo, ao telemóvel.

 

Os últimos dias têm sido stressantes : as greves. Meus Deus as greves! mas para que querem mais direitos os trabalhadores?? nós por cá cagamo-nos nisso, queremos é o metro a funcionar para que a populaça não traga o carro e nos arruíne a disposição e os lugares de estacionamento para os smarts .

 

A Av. Foch e os seus jardins suspensos nos terraços, os apartamentos de milhões de euros, com os mercedes A estacionados em infracção. Não percebemos nada de pensões, as nossas reformas são as heranças de muitas gerações passadas a ter yorkshires e criadas de dentro.

 

Hoje o elevador dos senhores estava a ser reparado, toda a gente fazia cara feia a usar a escada de serviço. Diz-me a vizinha do lado: hoje fazemos comme les Bonnes - como as criadas, só por ter que passar a porta das traseiras e seguir no mesmo corredor que a conduta do lixo.

 

Já me esquecia que esta Paris também existia, a Paris de contrastes. Não tão gritantes como noutras partes do mundo, mas de qualquer forma, de contrastes e de conflitos. Isto para um português é angustiante, ver um operário a queixar-se que "só" ganha 1800 euros, que não consegue viver com isso e que a mulher foi obrigada a trabalhar part-time para poderem pagar um apartamento melhor do que a espelunca de renda controlada onde viviam. Para um português é impensável, mas é verdade que aqui é difícil viver com um ordenado médio infinitamente superior ao nosso. Esta cidade está mesmo feita para os ricos. Paris é uma amante cara e não perdoa. Gosta de diamantes e não faz a coisa por menos.

 

Paris é uma puta cara, daquelas que faz um homem desgraçar a vida, largar a mulher e deixar os filhos na miséria e morrer com dívidas. Mas que saudades que eu tinha dela!

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Pois, decididamente tens toda a razão.
Comparada com a Ilha o nível de vida em Paris, é muito mais caro?
Em relação à puta que é capaz de desgraçar a vida a um gajo, as piores são as que não cobram à unidade... as primeiras voltas são à borla mas depois é como as operadores dos telemóveis: contratos de fidelização eternos... Safa!!!
Beijos
Riki a 22 de Novembro de 2007 às 14:03

Paris é muito mais caro do que qualquer outra coisa que eu conheça. Talvez Nova Iorque seja ligeiramente mais puxado, e Moscovo já foi mais caro do que Paris. A Ilha é mais cara do que PT, mas mesmo assim ainda está longe de ser Paris. Cada vez que me lembro quanto pagava de conta de electricidade fico toda contente de ter saído daqui...
parislasvegas a 22 de Novembro de 2007 às 17:03

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