Histórias de uma portuga em movimento.
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Mai 09
publicado por parislasvegas, às 15:08link do post | comentar

Percebo e partilho toda a indignação que tenho lido nos jornais e nos blogues portugueses em relação ao caso da Alexandra. Mas é preciso entrar em nacionalismos estúpidos? é preciso dizer  que os russos são todos uns brutos, alcoólicos e as russas todas umas prostitutas embebidas em vodka? Não haverá más mães em Portugal? 

 

Gostaram do que viram quando viram os ingleses a denegrir Portugal e os portugueses por causa do caso da Maddie? Então?? Mas que merda vem a ser esta??

 

As pessoas deviam concentrar-se no pouco que (infelizmente) se pode fazer por esta menina e absterem-se de alarvidades, os russos são como todos nós: há-os bons e maus, porcos e limpos, bêbados e sóbrios, trabalhadores e preguiçosos. A grande maioria deles são como a grande maioria dos portugueses: preocupados em trabalhar para dar de comer aos filhos. Because the russians love their children too. Vamos lá a deixar-nos de xenofobias que isso nem parece nosso.


O que eu realmente acho é que pelo menos o nosso Estado e a nossa Justiça não gostam nada das nossas crianças... Vários exemplos: Casa Pia, o caso da Joana, o caso daquela miúda que vivia com o militar e a mulher, este caso da menina russa, os processos de adopção, os meios que têm e a forma como funcionam as Comissões de Protecção de Menores, só para falar das crianças que estão dependentes das decisões judiciais e do apoio do Estado.
Quanto às crianças que vivem com os pais e que necessitam do Serviço Nacional de Saúde e do Ministério da Educação... que são a maioria, nem vamos falar nisso, né? Não há pediatras nos centros de saúde, os serviços de Pediatria dos hospitais são o que são, os infantários do Estado a abrirem às 9 e a fecharem às 3 da tarde e nas férias escolares. E a guerra do Ministério da Educação com os professores, quem é que prejudica? E as provas de aferição, que os miúdos dizem que foram fáceis? Baixando o nível de dificuldade os resultados serão com toda a certeza melhores e depois no mercado de trabalho? Blá, blá, blá, podia estar aqui mais um ano a falar disto. E ouvir os políticos a falar destas questões? Ninguém fala, né? Não há c... para tal. É díficil resolver problemas estruturais, falam antes de coisas mais mediáticas...
D. a 28 de Maio de 2009 às 18:06

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