Não me posso queixar, porque as coisas até andam benzinho. Vamos lá ver: apesar de ainda estar no meio do turbilhão (pela minha experiência as coisas demoram cercam de 6 meses a um ano a assentar) as crianças vão adaptando-se mais ou menos, o casamento vai resistindo, vou-me reaproximando de família e amigos, o trabalho já corre sem precalços. Então, nada a assinalar, mesmo no meio de confusões várias.
Caso não fosse suficiente o ambiente geral de incerteza que se vive em Portugal, com a crise financeira a prenunciar uma crise maior que será, acima de tudo, social, tenho também incertezas várias quanto à minha posição profissional. A verdade é que se eu estivesse a passar por uma situação destas há cerca de 10 anos, já me teria rebelado, já teria dito umas verdades a uma série de pessoas e já teria falado com Deus e os Anjos para sair de onde estou.
Agora não.
Não apenas a maturidade que tenho já não me permite essas figuras, como até estou mas é muito contente de não ter perdido o emprego e de poder estar a trabalhar numa coisa que gosto.
Tomei a decisão há uns meses e mantenho: vou trabalhar o melhor que sei e posso e depois logo se vê. Sei que não estamos na melhor altura para promoções, por isso, contrariamente ao meu tradicional mau feitio, aceitarei o que virá sem ondas.
Se for, fantástico, se não for, mais tempo para a minha família e menos dinheiro. Tudo tem um preço.
Decidamente, estou mesmo crescidinha...