Nesta nostalgia meio contemplativa, olho o jardim e penso que não vale a pena interferir com a explosão de verde que já passou a fase da domesticação- de qualquer forma, o inverno não vem longe, e tudo o que hoje vive no jardim, em breve estará retorcido, queimado da geada matinal de outuno, congelado pelas primeiras neves.
Porquê pôr mão humana naquele verde? vou deixá-lo gozar os últimos dias de frescura e as breves aparições do sol.
E, já agora, vou dedicar-me a fazer o mesmo: gozar os últimos dias de bom tempo e disposição agradável, antes que chegue o prolongado e sacrificador gelo do Norte.