Histórias de uma portuga em movimento.
30
Nov 04
publicado por parislasvegas, às 11:03link do post | comentar
Então o governo aí cai e vocês não me dizem nada?
Ai, ai....
Realmente, quem tem uma mãe tem tudo! Obrigado mãezinha.
Tava a guardar o Champanhe para Domingo (31 anitos no lombo...), mas a garrafica vai já hoje.

publicado por parislasvegas, às 08:57link do post | comentar
Já há muitos anos que ando desiludida com o nosso cantinho à beira-mar plantado. Tanto esforço, tanta revolução e tanto PREC, para nada. Tanta educação ao povo, quase gratuita-ainda por cima- e não dá em nada. É escusado. É certo que a qualidade do sistema de ensino em Portugal é medíocre, para não dizer estupidamente má, mas mesmo assim, pá, os portugas bem que podiam fazer o esforço de aprender a ler, escrever e contar.
Há 10 anos que trabalho com toda a espécie de correspondência,oficial e particular - acho que só a malta que trabalha nos correios é que vê tanta carta por dia, mas esses têm a vantagem de as ver fechadas. Eu não tenho outro remédio que não seja lê-las....Balha-me Deus, como dizia o outro.É com cada pontapé na gramática que até a mim me dói. Impressionante a quantidade de gente que me escreve porque querem contactos de "cranianos" (palavra!). Daqui de longe,reparo que o analfabetismo funcional atinge todos os sectores da nossa sociedade. E mais do que eu pensava.
Eu própria me assumo como analfabeta funcional, quando chega a altura de preencher a declaração do IRS. E até acho normal que 80% da população portuguesa tenha que recorrer a contabilistas para o efeito.Os impressos estão feitos de maneira a garantir que o cidadão médio não se safe e lá tenha que pagar ao contabilista (deve ter sido a associação profissional dos contabilistas portugueses que inventou os impressos).
Mas muito grave é não conseguir escrever correctamente uma comunicação empresarial, ou não entender as carta de resposta que chegam à própria empresa. Isso é que eu já não acho puto normal. Impressiona-me só de pensar nos milhões de euros que a economia portuguesa perde todos os anos, só porque os nossos cidadãos não sabem ler nem escrever correctamente.
Faz-me lembrar uma série cómica da BBC, onde uma Israelita ,toda boazuda, vai meter conversa com o típico inglês bronco, mas fala-lhe em hebraico. O tipo, leva as mãos à cabeça e diz "Oh, my god! I forgot how to understand English!". Assim vamos no nosso país, onde quase toda a gente se está a esquecer de como se entende português. Ainda se ao menos começassem a ler e escrever em castelhano correcto, ainda teríamos alguma safa. Mas assim, andou o desgraçado do Camões a arriscar a vida para salvar Os Lusíadas para quê? Ninguém percebe o que lá está escrito...

Bejos aqui da "Crania",onde a situatsia já anda mais tranquila - pelo menos à superfície.

publicado por parislasvegas, às 03:43link do post | comentar
O que será que será
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças, anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Estão falando alto pelos botecos
E gritam nos mercados que com certeza
Está na natureza
Será que será
O que não tem certeza nem nunca terá
O que não tem conserto nem nunca terá
O que não tem tamanho

O que será que será
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Está no dia-a-dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos, será que será
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido

O que será que será
Que todos os avisos não vão evitar
Porque todos os risos vão desafiar
Porque todos os sinos irão repicar
Porque todos os hinos irão consagrar
E todos os meninos vão desembestar
E todos os destinos irão se encontrar
E mesmo o padre eterno que nunca foi lá
Olhando aquele inferno vai abençoar
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo


Chico Buarque de Holanda


É assim que eu traduzo o ambiente hoje. Sussurros, boatos, uma onda gigantesca de incerteza, algo de escondido e ao mesmo tempo declarado. O que será?

29
Nov 04
publicado por parislasvegas, às 07:06link do post | comentar
....Aparecem gajas boas!

Só para desconversar e descontraír um coche.

publicado por parislasvegas, às 06:15link do post | comentar
Aprende a nadar companheiro,
Aprende a nadar companheiro,
Que a maré se vai levantar
Que a maré se vai levantar
A liberdade está a passar por aqui
A liberdade está a passar por aqui
Maré Alta!

- Sergio Godinho

Ainda não me decidi se hei-de comprar umas braçadeiras, ou um capacete anti-choque....

publicado por parislasvegas, às 03:11link do post | comentar
Até que enfim que esta nossa amiga se decidiu pela abertura de um estaminé cibernético.
Espero que tenhamos discussões produtivas que sirvam para mandar abaixo os pré-conceitos àcerca da maternidade. Há bastantes coisas que eu não percebo - provavelmente porque nunca fui mãe - que estúpida ideia é essa (pelo menos em Portugal) que uma mulher que tem parto assistido com epidural "não é mãe a sério?". Ou que estúpida ideia é essa que se uma mulher se encontra impossibilitada de amamentar "já não tem a mesma relação com a criança"?
Desculpem lá, mas isto sempre foi um tema que mexe comigo grandemente. Os estúpidos pré-conceitos portugas àcerca da maternidade e da femilidade em geral, que são criados e publicitados por homens que nunca deram de mamar nem passaram por um parto. E confirmados por Senhoras tias, muito católicas que ajudam, com a linda educação que dão aos seus filhos e filhas, a perpetuar a escravidão mental em relação a conceitos que são puramente medievais.
Uf! pronto, já disse. Agora sinto-me mais levezinha....

28
Nov 04
publicado por parislasvegas, às 03:15link do post | comentar
Ontem o Parlamento aprovou a anulação dos resultados da segunda volta das eleições e votou uma moção de desconfiança na Comissão Central de Eleições. Como isto é um regime Presidencial (como os Estados Unidos), o parecer do Parlamento é puramente consultivo e não tem efeitos práticos.
Amanhã espera-se a decisão do Supremo tribunal sobre estas questões, e essa sim, vai ser vinculativa.
O Yushencko deu o dia de Domingo como dia de descanso aos manifestantes, porque vai precisar de toda a gente que puder reunir amanhã, em frente ao edifício do Tribunal. Dizem que se amanhã a decisão não fôr a que esperam, embarcarão noutras formas de luta, sem dizer quais.
Os manifestantes é que borrifaram para os apelos do gajo e continuam na rua, em força.
Enquanto isto, na parte russófila do país, as assembleias regionais votaram pela autonomia sob a protecção da Federação da Rússia. Que eu saiba, os russos ainda não responderam a isto, e o resto dos ucranianos (tanto os laranjas como os azuis) apelam a que tenham juízo, porque a intenção é manter o país unido.
O panorama do lado russófilo não é muito animador - os canais nacionais de televisão foram cortados nessas regiões. As pessoas não têm acesso a informação porque até a imprensa escrita livre foi banida. A única coisa que essas pessoas vêm e ouvem nas suas casas são os canais autorizados. Um deles, transmite quase continuamente uma espécie de "telejornal". O estúdio está decorado com materiais de campanha de Yanukovich. "Jornalistas" entrevistam vários cidadãos que relatam o grande bem feito a estas regiões pelos governos pós-independência. Dizem que o projecto de Yushchenko é acabar com as pensões de velhice e invalidez, instalar o capitalismo selvagem no país e proibir o uso da língua russa. Os mineiros vão perder o emprego, os pensionistas vão ficar na miséria e toda a cultura russa vai ser eliminada.
Pois não admira que essas pessoas tenham entrado em pânico e se queiram agora separar do resto do país.
Outra coisa que eu ainda não tinha explicado aqui: durante a campanha eleitoral, houve um controlo e censura muito grande em todos os media. Estas pessoas do Leste da Ucrânia não conhecem o Yushchenko, algumas nem sabem como é a cara do homem. Primeiro, porque os canais televisivos estavam proibidos de cobrir a campanha da oposição. Se dessem alguma notícia sobre isto, deveriam ocultar o som real da peça (ou seja, nunca se ouviam os discursos ou comentários dos políticos) e fazer comentários negativos. Segundo, porque todos os comícios da oposição, nessas regiões, foram proibidos "por razões de segurança pública". A única oportunidade que deram à oposição foi a participação num debate com os dois candidatos à presidência, e já foi muito bom.
Não concordo com as parvoíces que tenho visto nos canais estrangeiros, mesmo os respeitáveis, como a Euronews. É só asneira atrás de asneira. A euronews dizia ontem, que esta "separação" é muito normal, porque as fronteiras modernas da Ucrânia só foram decididas na era "Kuchma" (ver cronologia aqui em baixo). Isso é uma grande mentira. As fronteiras modernas da Ucrânia, foram definidas depois da Segunda-Guerra Mundial, com uma parte russófila (nomeadamente a Crimeia) acrescentada por ordem de Brezhnev (que, por acaso, era ucraniano) para compensar os ucranianos do sangue derramado na frente de combate contra os alemães e, também, de todo o terror que sofreram nas mãos de Staline (calculam-se três milhões de exterminados durante a "grande fome").
Toda a gente se esquece que a Ucrânia, enquanto país independente só existe a partir de 1991, mas que tem toda uma história, enquanto República Socialista Soviética da Ucrânia com as mesmas fronteiras que tem agora. Por isso, aquela gente que se quer separar, não me parece que seja por não se sentirem ucranianos. Estamos a falar em terceiras gerações, não em pessoas artificialmente trasladadas de nacionalidade há 13 anos atrás. Os pedidos de separatismo, são uma reacção de pânico, vinda de pessoas que pensam que vão perder tudo se não "pedirem" a ajuda da Mãe Rússia.
O que nunca se conta àcerca da Ucrânia é que, mesmo os russófilos, nunca foram muito bem tratados pelos russos, antes pelo contrário. A República Socialista Soviética da Ucrânia foi instaurada depois de 4 anos de guerra civil caótica, os ucranianos sofreram duas "grandes fomes", uma depois da formação da RSSU e outra depois da Segunda-Guerra Mundial. Os judeus ucranianos foram eliminados, primeiro pelos alemães e depois pelos Soviéticos, os Tártaros da Crimeia foram expulsos em massa para as Repúblicas da Ásia Central. Os ucranianos foram a nacionalidade mais utilizada como "carne para canhão" desde a IIª Guerra Mundial até à Guerra do Afeganistão nos anos 80. E acabou tudo com a "cereja no topo do bolo" - o desastre de Chernobyl - quando Moscovo só avisou as pessoas uma semana depois....
Por isso, quando foi o referendo para a independência, os ucranianos de expressão russa não tiveram dúvidas e votaram em massa a favor da criação de um Estado independente.
Quem lê este blog, pode ter a ideia que eu estou, com toda a força, a favor do movimento laranja. Não estou. Apenas relato aquilo que se passou e se passa nesta terra. Os políticos do movimento laranja agradam-me tanto como os do lado azul. Como observadora estrangeira não me esqueço que os laranjas já estiveram no poder (o Yushchenko já foi primeiro-ministro) e, nessa altura, nada fizeram para melhorar a vida dos cidadãos.
Estou a tomar partido sim, descaradamente, tomo o partido dos desgraçados que, de um lado e outro "das barricadas" só querem construir um país melhor para se viver. Os cidadãos aqui têm dado uma lição de civismo ao resto do mundo. Quando se vêm imagens de apoiantes do dois lados a conversar pacificamente na rua e a trocarem impressões sobre o estado do país, aí é que dá vergonha de ser europeu, tranquilamente instalado nas liberdades democráticas. Um exemplo invulgar na europa do século XXI, onde os cidadãos que têm as liberdades garantidas preferem ir para a praia a exercer o seu direito de voto.

27
Nov 04
publicado por parislasvegas, às 03:55link do post | comentar
Hoje já quase não se fala nas negociações de ontem, ou das vontades da oposição (renúncia à violência por parte do governo e repetição da segunda volta das eleições). Hoje já só se fala na separação do país.
Durante esta manhã, milhares de pessoas reuniram-se em Donetsk (grande cidade mineira do Leste da Ucrânia) com um mar de bandeiras russas e ucranianas. Os deputados regionais subiram ao palanque e votaram em público uma proposta de Autonomia da região. A ideia agora é separar o país em dois, uma parte com "ligações especiais" à Rússia e outra parte mais "europeia".
Logo no início desta crise, utilizei a expressão "revolução do mexilhão". As pessoas, que ainda não saíram das ruas, só querem viver num país normal onde possam votar e saber que esse voto conta, e que não vai ser eliminado por esquemas. Querem um país onde se possa ver o noticiário sem ter que tentar ler as entrelinhas por causa da censura. Um sítio onde as pessoas normais, que lutam todos os dias para comer e pagar os estudos dos seus filhos, não sejam constantemente humilhados na rua pelas manadas de oligarcas tranquilamente instalados nos seus rolls royce, ou passeando as suas loiras vestidas de Versace. Esses estão na rua porque são os entalados. Mas esses são os que acabam sempre lixados.
Esta viragem de assunto, esta súbita focagem no problema da divisão do país, tem, na minha opinião, o apoio total de Putin. Penso que esta é a forma mais forte e assustadora que encontraram para chantagear Yushchenko e os seus milhares espalhados pelo país. De outra forma, não haveria nada a negociar a não ser a repetição das eleições e a passagem do poder para os "laranjas".
Acenando com o fantasma de uma separação, o Governo ucraniano não apenas assusta os seus próprios cidadãos ( toda a gente tem família espalhada pelos dois lados) como também põe a comunidade internacional de cabelos em pé. Só o Putin é que deve estar perdido de riso. Uma separação significa problemas profundos, não apenas políticos, mas também prácticos, de nível básico. Como por exemplo: como vai ser feito o abastecimento de gás natural à "parte europeia" da Ucrânia? Isto num país que depende do aquecimento central para sobreviver, é complicado. O que é que se faz aos pipelines que atravessam este país de um lado ao outro? Quem é que vai pagar as consequências de uma separação. A UE? A Rússia? Não. Claro que vão ser os desgraçados que estão há seis dias ao frio só porque querem democracia.

publicado por parislasvegas, às 03:13link do post | comentar
Something totally different - deixando de lado as sentenças políticas, que não me cabem a mim, vou mas é contar-vos o que o pessoal tem feito nos últimos dias.
O grupo esteve separado no início da confusão por várias razões. Primeiro toda a gente, com excepção aqui do Xano e da Tina, vive no centro, ou seja estiveram mergulhados na multidão. Houve dias em que não se conseguia circular por lado nenhum, todas as estradas estavam cortadas. Com a continuação das manifestações pacíficas e como não houve escaramuças, as estradas começaram a ficar mais "circuláveis" e as pessoas perderam o medo de se deslocarem.
Não temos tido muito tempo juntos, todos estão com excesso de trabalho nestes tempos tão conturbados, mas a partir de 5ª feira começamos a juntar os latinos e os ucranianos que compõem o grupo.
A malta anda toda excitada, como é normal. Comparam-se revoluções e golpes de estado, fala-se de política a toda a hora. Eu tenho andado grudada no telefone estes dias todos, a chatear os amigos ucranianos para ver se percebo o que raio se anda a passar. Temos visto televisão até às 3.00 da manhã todos os dias. Não sei nada do julgamento da casa pia, não sei nada da Quinta das celebridades, não sei nada de Portugal e ando feliz assim. Faz de conta que isto é o 25 de Abril, tão a ver? Mas se leram a posta anterior já perceberam bem que não é. Mas paciência, a malta precisava mesmo de qualquer coisa para animar as hostes um bocadinho.
O Miguel, espanhol dos quatro costados, com tempo de Macedónia e Kosovo no lombo, tem-me divertido bastante. Anda a fazer a sua vidinha de todos os dias como se nada se passasse. Parece que não é nada com ele. Ontem chegou cá a casa lixado, porque queria ir à sua hora de natação das sextas-feiras e, imagine-se, a piscina municipal estava fechada! o ultraje! Só porque há uma revolução na rua. Então e o povo que quer exercer o seu direito à prática desportiva?
As minhas amigas ucranianas andam na rua o dia todo. Levam cobertores aos manifestantes, comida e palavras de agradecimento.
Esta revolução já acabou com o stock de vodka cá em casa. Enfim, vai-se fazendo o que se pode...

26
Nov 04
publicado por parislasvegas, às 03:30link do post | comentar
Alguns factos sobre a Ucrânia, que podem ajudar melhor a enquadrar a confusão:

1991Referendo sobre a Independência - mais de 90% dos Ucranianos escolheram separar-se da Rússia e formar um país independente. Leonid Kravchuk, ex-Presidente do Soviet Supremo da Ucrânia, torna-se Presidente da nova nação.

1994Leonid Kuchma demite-se do cargo de Primeiro-Ministro para ser nomeado Presidente. (Kuchma também era membro do Soviet Supremo)

1996É adoptada uma nova Constituição e uma nova moeda (Grivna).

1999Leonid Kuchma é eleito para um segundo mandato como Presidente da Ucrânia

2000Georgy Gongadze, jornalista de origem georgiana, altamente crítico da Presidência e do Governo, é raptado e assassinado em circunstâncias não esclarecidas até hoje.

2001São descobertas cassetes audio, contendo gravações supostamente de uma conversa de Kuchma com os seus assessores decorrida no ano anterior. Nessa conversa, o Presidente dava autorização à venda de um sistema de radares para o Iraque e pedia que "tratassem" de Gongadze.

O Primeiro-Ministro Viktor Yushchenko (agora líder da oposição) é demitido na sequência de um voto de não-confiança por parte do Parlamento.

2002Eleições legislativas. Viktor Yushchenko não consegue maioria Parlamentar. Vários partidos da oposição denunciam fraude eleitoral. Milhares de pessoas saem à rua na capital pedindo a demissão do Presidente Kuchma.
Kuchma, mais uma vez, demite o Primeiro-Ministro e nomeia Viktor Yanukovich para o cargo.

2003
Presidente Kuchma tenta passar projecto de revisão constitucional no Parlamento. Poderes do Presidente, passariam a estar concentrados no Primeiro-Ministro. Oposição acusa Kuchma de querer "empurrar" Yanukovich para a Presidência para que ele próprio possa assumir o cargo de Primeiro-Ministro.

Revisão Constitucional é chumbada no Parlamento

Tribunal Constitucional emite um Acordão, segundo o qual Kuchma terá direito a candidatar-se a um terceiro mandato presidencial.

2004
Kuchma decide não avançar com candidatura. Declara o seu apoio ao Primeiro-Ministro e candidato à presidência Viktor Yanukovich.

1 de Nov. 24 candidatos concorrem à primeira volta das eleições presidenciais.
Segundo os resultados oficiais, Yushchenko ficou à frente nesta primeira volta. Nenhum dos candidatos atingiu a barreira dos 50% dos votos, pelo que foi anunciada uma segunda volta das eleições.

Três dos outros candidatos apelaram aos seus votantes para que apoiassem Yushchenko na segunda volta. Oleksadr Moroz, presidente do Partido Socialista (4.9% na primeira volta), Oleksandr Omelchenko, presidente da Câmara de Kiev e Anatoly Kinax, presidente do partido dos empresários e industriais da Ucrânia.

Partido Comunista da Ucrânia apela aos voto na opção "contra os todos os candidatos".

21 Nov. Segunda volta das eleições. Sondagens à boca das urnas indicam vitória de Yushchenko. Projecções oficiais indicam que Yushchenko ganhou na maioria das regiões da Ucrânia.

22 Nov. Primeiros resultados oficiais são divulgados. A vitória é quase certa para Viktor Yanukovich. Milhares de pessoas acorrem ao centro da cidade, protestando contra a alegada falsificação das eleições.

23 Nov. Kiev e Lviv, as duas maiores cidades da Ucrânia declaram desobediência civil durante a sessão das assembleias municipais. Outras cidades se seguem. Presidentes das câmaras recusam-se a reconhecer outro presidente que não Yushchenko. Governadores de Província são demitidos à revelia.

e o resto vocês já sabem mais ou menos, não é?
Mais:


Ucrânia
População:48 Milhões
Tipo de Governo: República
Capital: Kiev
Independência: 24 de Agosto de 1991
Indústria: carvão, energia eléctrica, metalurgia, maquinaria e equipamentos de transporte, químicos, comida (produção de açucar)
PIB:260.4 biliões de dólares
Desemprego:3.7% - taxa oficial.
População abaixo do nível de pobreza: 29%
Esperança de vida: homens 61 anos. Mulheres 72 anos
Línguas: Ucraniano, Russo, Romeno, Polaco e Húngaro
Grupos Étnicos: Ucranianos 77.8%, Russos 17.3%, Bielorussos 0.6%, Moldavos 0.5%, Tártaros da Crimeia 0.5%, Búlgaros 0.4%, Húngaros 0.3%, Romenos 0.3%, Polacos 0.3%, Judeus 0.2%, outros 1.8%
Religiões: Ordotoxos (patriarcado de Moscovo) - 26.5%; Ordotoxos (patriarcado de Kiev) 20%; Católicos Ucranianos (de rito ortodoxo) 13% - restantes: Igreja Ortodoxa Autocéfala; Protestantes e Judeus

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