Uf...até que enfim passou...
De balanço global, não posso dizer que este ano me tenha corrido muito bem, especialmente se comparado com os dois anteriores. Mas é verdade que não tenho do que me queixar, a vida em geral corre-me bem e vou-me aguentando à bronca com o que não me sai como eu queria.
Das coisas boas:
1. A chegada da minha Hallabelli, para desaustinar ainda mais a casa (já tínhamos a Gorda...)
2. As viagens a Amesterdão: a primeira em Lua-de-mel alucinada e a segunda com uns amigos muito porreiros.
3. A viagem à Tailândia - primeiro por ter sido com a minha mãe, depois porque a Tailândia é um país espectacular cheio de pessoas fantásticas (acho que a maioria budista justifica o bom fundo de quase toda a gente) e comida fabulosa (vinguei-me nas lagostas e crustáceos em geral...)
4. Os quinze dias em Pequim - últimas férias conjuntas com o Xano e irrepetíveis enquanto nos mantivermos na Ucrânia (não podemos fazer mais férias juntos...)
5. Os quatro dias que passei em Portugal, com a família e amigos e mesmo a tempo de ver o ZP saído da barriguita da D. Mais os outros quatro dias, três meses mais tarde, com família e amigos
6.O Amin Maluf, o Código Da Vinci, o Equador e outros romances do género que me tiram a cabeça das merdas todas em que preciso de me concentrar e estudar diariamente.
7. Saber, científicamente, que SIM posso ter filhos, se me apetecer.
8. A chegada do nosso cavalinho selvagem mecânico. Tem 40 anitos, mas é lindinho....
9. ter começado este blog - apesar de, periodicamente, perder as imagens todas....
11. Ter mudado de casa e deixado de precisar de passear a gorda e a magra.
11. O Xano ter querido casar comigo!
Das coisas más:
1. O trabalho;
2. A agitação política cá do sítio;
3. Cá o sítio;
4. Só ter tido quinze dias com o meu Xano;
5. A chegada do carro ter-se atrasado 5 meses e, por isso, já não conseguirmos aproveitar o bicho (é difícil andar com um descapotável em temperaturas negativas);
6. As faltas de água, luz, as avarias da casa em geral, o facto de nunca haver ninguém disponível para reparar nada e etc...(mas isto é uma extensão do ponto 3).
7. Ter recebido um diagnóstico de infertilidade (também cai no ponto 3...)
8. A Sophia morreu;
9. O Carlos Paredes morreu;
10. Portugal andou sem rumo;
11. O atentado de Madrid;
12. O sequestro na escola Russa;
13. O Tsunami na Ásia, que destruíu uma parte do Sudueste Asiático que eu adoro e continua a provocar um sofrimento indizível àqueles desgraçados, que já pouco tinham e agora ficaram literalmente sem nada (sim, que isto dos turistas estrangeiros muito se fala - a verdade é que os meios de salvamento foram deslocados para as zonas que tinham "brancos" primeiro e só depois é que foram desenterrar os pobres dos locais - acho indecente!)
Agora é só esperar que este seja melhor - principalmente sem aquelas partes de mortes em massa em que 2004 foi fértil...
Eu para 2005 não tenho perspectivas - só esperanças. Infelizmente, na vida que escolhi, não podemos ter lá muitas perspectivas - não dá para fazer planos nenhuns. Como? por exemplo: tenho a maior das certezas que daqui a seis meses já cá não estou (legalmente será impossível manter-nos aqui - já ultrapassámos o prazo de validade). Mas ainda não sei para onde vou. Estão a ver a cena? Tenho que largar a minha casa, transportar tudo o que tenho, incluíndo os dois animais, largar os amigos que fiz e o trabalho, que é uma merda, mas que já conheço para ir recomeçar tudo de novo (como a galinha e o ovo) mas sem saber onde. Fixe não?
Daqui a uns dez dias deve sair a lista oficial de sítios, da qual posso escolher 3 ou 5, mas é igual ao litro (ou em russo: vció ravnó...) porque no fim, hão-de me pôr onde bem entenderem e eu só tenho mais é que encontrar casa, instalar-me outra vez, refazer a minha vida toda para os próximos 4 anos e depois....Opá! levantar a tenda e recomeçar outra vez....
Entretanto, acho que vou seguir o conselho de um dos meus colegas e vou tatuar no bícepe: 2001-2005, UCRÂNIA, AMOR DE MÃE
