Eu comecei a interessar-me pela coisa, ainda estava em Portugal. Fui informar-me do que era preciso e quanto custava tirar o curso, o preço estapafúrdio e a prespectiva de mergulhar sem experiência nas correntes lixadas do Atlântico tiraram-me daí o sentido. Agora, com a experiência e qualificação que tenho (não é muita, mas já é qualquer coisinha) não me importo nada de mergulhar em Portugal, antes pelo contrário. Embora só se veja verde em maior parte dos sítios (parece que só nos Açores se pode ver o azul profundo do Atlântico Norte) e quase nunca apareça lá muito peixe, adorava mergulhar para ver os cavalos marinhos (continente) ou as baleias (Açores) que só existem no nosso país.
Acabei por ir tirar o curso básico nas águas mais ou menos tropicais do Egipto (mais ou menos, porque são surpreendemente frias - 20º a 24º ...). Logo no primeiro mergulho levei logo com um cardume de alforrecas em cima e com uma tartaruga gigante. Perde-se o medo dos bichos com uma pinta desgraçada. Isto para não falar do facto de 20% da fauna do Egipto ser ou venenosa ou potencialmente perigosa e agressiva. É uma beleza....Aprende-se imediatamente a ser ecologista e respeitar a natureza- não toques em nada e de certeza que nada te toca....Logo que se aprende esta regra básica, consegue-se observar tudo de perto, sem constituir uma ameaça para os animais (tem que se saber mergulhar bem. Um gajo que se mexa sem parar atrai atenções indesejadas e pode ser atacado) e sem provocar comportamentos agressivos. Podem pensar vocês - pois, isto dos tubarões deve ser lixado. Não é. Todas as espécies de tubarão que vi até agora (nunca fui à África do Sul) são pouco ou nada agressivas. É mais provável seres mordido por uma garoupa do que por um tubarão. As garoupas são o Leão dos recifes de coral - até os tubarões se põem a milhas quando se apercebem que invadiram o território daquelas senhoras. Nunca mais me hei-de esquecer de uma que vi que devia ter cerca de 150 quilos