Histórias de uma portuga em movimento.
30
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 00:24link do post | comentar
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Estas foram as nossas escolhas para começar uma nova vida na segunda metade deste ano. Como podem ver, estes vossos amigos não limpam o rabo a papel de lixa...Já que é para pedir, então que se peça como deve de ser. Vamos lá ver o que aí vem. Sexta-feira postarei a foto do sítio que sair na rifa,pode ser uma destas, ou pode não ter nada a ver com isto...

23
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 08:47link do post | comentar
Pois é. Já fiz três postas sobre assuntos diferentes e nenhuma delas saiu. Estou farta desta merda, cheia de raiva por não poder ir passar a Páscoa com a minha família e amigos, e cheia de raiva porque estou entalada numa situação, na qual eu não me meti, e a qual eu tenho que resolver e suportar. Isto tudo com as mais sinceras cuspidelas nos olhos dos meus "amigos" aqui na Ucrânia, que, no final do quarto inverno juntos, resolveram flipar e se estão a comportar como verdadeiros filhos da puta. Os únicos que não me desiludem são os nacionais. Pode ser mais difícil lidar com eles no dia-a-dia, mas "what you see is what you get" pelo menos não se fingem amigos quando precisam e não fazem manguitos quando as coisas ficam difíceis. Assim é que se vê. Ah pois é.
Quanto ao resto - estou muito contente. Mesmo. Porque os meus verdadeiros amigos, têm-se preocupado, têm telefonado e dado sinais de vida. Obrigado pessoal, agora preciso mesmo. A sério. Muito obrigado. Espero que esta posta saia agora, pois serve para vos desejar a todos uma boa Páscoa. Mãezinha e paizinho, é com muita pena que não estamos aí. Mas já sabem como é....
Vamos beber um copo à vossa saúde. Na zadorovie!!!!!
Boa Páscoa!!!!!!

21
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 01:27link do post | comentar
O título desta posta é o refrão de um roque-ande-rolle da URSS (anos 70) e quer dizer "seis meses de mau tempo". É impressionante como se pode criar uma alegre canção de roque-ligeiro com um tema tão merdoso como a porcaria do clima que estes desgraçados têm o azar de ter. Denota grande sentido de humor e, acima de tudo, um conformismo extremo com a luta que travam, à séculos imemoriais, com as condições naturais adversas de grande parte do território. Ainda não percebi o que raio atraiu estes tipos para se fixarem nestas planícies que gelam durante metade do ano....
As comodidades da vida moderna ultrapassam o briol que se faz sentir (agora até está razoável - média de 4 graus negativos durante o dia) mas este fim-de-semana, o destino resolveu dar-nos a oportunidade de ter dois dias a viver no século XIX, mas sem os instrumentos e ferramentas da época...Durante sábado e domingo, estivémos isolados em casa, sem electricidade (os portões da casa são eléctricos...)sem aquecimento, sem telefone, etc...Ora o mais desagradável disto tudo foi o frio que passámos (mesmo com a lareira) e o facto de todos os instrumentos de cozinha serem eléctricos, não ajudou. Tive que passar os dois dias a cozinhar no fondue, a única coisa que tínhamos que funcionava com chama. Isto não é a primeira vez que acontece, nem será a última. Mas nunca tínhamos passado tanto tempo nestas condições. Se estivéssemos em África, teríamos gerador próprio, mas aqui (supostamente Europa) não existem esses luxos. O que aconteceu foi que a rede eléctrica da cidade começou a funcionar a partir de uma central diferente daquela que habitualmente nos fornecia a energia. Como estamos a viver num bairro de casas privadas não temos direito a serviços da comuna. Como tal, temos nós próprios que identificar o problema, chamar uma equipa de electricistas e fazer uma ligação própria à central. Claro que isto tudo é uma grande ilegalidade, mas é assim que funciona. O pior foi arranjar uma equipa, com uma grua, ao domingo. Mas tudo se resolveu e já conseguimos cozinhar o jantar de ontem na nossa moderníssima placa eléctrica.
Só espero é que, entretanto, a casa não incendie à conta da ligação selvagem que nos fizeram - porque era domingo e foi só para desenrrascar - agora ainda vamos ter que gastar mais tempo e dinheiro para fazer uma ligação correcta e segura. Que país tão diferente do nosso, mas ao mesmo tempo, tão igual!

17
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 03:03link do post | comentar

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Sonho Barroco
Celeste Maia - óleo sobre tela

" Primeiro pensei que não me lembrava de como me apaixonei. Quando foi que senti que era capaz de tudo, que era maravilhosa, que me ria constantemente, que vivia dentro de uma bola de cristal que me diferenciava de todos, que não precisava de dormir nem de comer, que me alimentava de sons, de música, de luz ? "

publicado por parislasvegas, às 02:50link do post | comentar
Com tanta amargura, nos últimos dias, até me tenho esquecido do quanto eu gosto de seres humanos em geral, e alguns em particular.
Aqui está uma senhora que eu admiro muito. Quando tenho a sorte de me apanhar na sua companhia, calo-me muito bem caladinha, abro os olhinhos e ouvidos e aprendo. Quando fôr grande, quero ser assim:


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Celeste Maia


"Nasceu no norte de Moçambique, mais precisamente em Nametil, em 1941. No ano de 1965, Celeste Maia deixou a capital moçambicana, na altura Lourenço Marques, em direcção a Lisboa. Desde então deu praticamente a volta ao mundo. Nos últimos 10 anos instalou-se em Madrid, mas S. Paulo, Washington, Praga e Roma foram cidades que contribuíram decididamente para as histórias dos seus quadros. Em 1994 teve oportunidade de descobrir a China, que se lhe apresentou como uma "revelação monumental" e, posteriormente, em 1998-1999, visitou a Índia, outro ambiente que a seduziu. Aliás, o Oriente abriu-lhe o ciclo dos espelhos, de que gosta sobretudo pelo mistério da origem das imagens que eles projectam, "dos segredos que quase nos contam, da passagem entre um lado e o outro e do caminho que se abre lá por trás, onde nunca estamos", sublinha.
Se regressarmos à sua juventude, descobrimos que Celeste Maia tinha um jeito assumido para desenhar, fazer escultura e gravura. Este fascínio começou em Moçambique. Contudo, foi em Lisboa que a pintora conviveu e aprendeu muito com o mestre Malangantana. Foi pela sua mão que começou a "pintar seriamente". No entanto, a pintora admite que os seus trabalhos foram sobretudo influenciados pela escola americana, onde estudou e viveu alguns anos. A noção de espaço, cores quentes, como o vermelho carnoso, tons sensuais, perfeitos, o cheiro da terra, a liberdade reúnem-se hoje no seu inconsciente e transportam-na sempre para África. Mas a pintura de Celeste Maia reencontra-se com outros espaços e vive de outros cheiros, normalmente rebuscados nos países e nas cidades que ao longo da vida encheram a sua memória de pormenores, figuras e objectos igualmente interessantes. Por exemplo, de S. Paulo, Celeste não resistiu ao tropicalismo. Os quadros dessa época foram invadidos por sumos, frutas e corpos lindos. "Foi nessa altura que também pintei os nus", esclarece. Os Estados Unidos ofereceram-lhe a técnica e a China despertou-a para os amarelos brilhantes, os vermelhos fortes e os azuis estonteantes. Se observarmos atentamente o seu percurso artístico nesta retrospectiva, constituída por 125 obras, reparamos que na maioria das telas os tons suaves, mesmo esbatidos, são predominantes. Depois da austeridade e do cinzento de Praga, ficou deslumbrada com a magia da luz de Roma. Um encanto que não mais deixou de pintar. Ainda hoje, pinta a luz e as sombras."

15
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 08:44link do post | comentar
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Anan Thathamma - Frustration - óleo sobre tela

publicado por parislasvegas, às 01:20link do post | comentar
Ultimamente tenho andado com demasiadas coisas na cabeça, e bastante enervada com toda a situação que tenho vivido, muito embora, o pouco anonimato deste blogue, não me permita maiores explicações a este respeito. Como me vejo impossibilitada de desabafar por escrito os meus estados d'alma (o pouco anonimato foi uma opção minha, tenho mais é que me aguentar à bronca), passarei a postar imagens.

14
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 02:16link do post | comentar

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Ora aí está um tema que todas as gajas gostam, mas nem todas têm coragem de admitir. Eu gosto de trapos. Não dou a mínima das importâncias a marcas, não tenho estilistas preferidos ou marcas que goste mais ou menos. Se a peça é gira e se eu tiver dinheiro para a comprar, marcha. Se custar menos do que cinco euros, ainda melhor.
Isto é uma atitude, já me apercebi, que algumas mulheres acham totalmente disparatada. Algumas "amigas" já chegaram a dizer-me que sou uma pessoa agressiva, simplesmente porque me estou borrifando para o que os outros pensam e não tenho vergonha de aparecer com coisas que uso só porque gosto. Lá na cabeça destas minhas "amigas" eu deveria andar vestida só de marcas dos pés à cabeça para provar ao mundo que sei-lá-o-quê. No thanks, tenho mais onde gastar o dinheirinho que, por acaso, até me custa a ganhar.
O mais engraçado é que estas mulheres até nem trabalham. Os maridos lá lhes fornecem quantias astronómicas para que as senhoras se vistam bem (não basta ter uma mulher bonita, é preciso artilhá-la para fazer vista...). E elas ainda acham que é um direito que têm, exigir Manolos ou malinhas Gucci para que os chefes e colegas dos maridos vejam que eles estão muito bem na vida.

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Eu adoro investigar mercados de peças exóticas para poder ter lencinhos de seda coloridos que raramente se vêem na Europa, ou túnicas e calcinhas de seda ou linhos puros a preços estupidamente baratos. Adoro ir a Amsterdão comprar sapatos laranja-eléctrico. Ou às lojas que vendem roupas estranhas, algumas até exclusivas e assinadas por estilistas reconhecidos internacionalmente, mas 70% abaixo do preço" normal". Para mim, comprar uma peça de roupa (até a t-shirt mais ranhosa) é sempre rápido (ou gostas ou não gostas) e tem que ter algo especial e diferente da carneirada habitual.
Agora que me tenho que relacionar mais com "gajas", estou a apanhar um choque cultural do caraças- é que as amigas que eu tinha em Portugal quase não faziam comentários de trapos. Ou se faziam era do estilo: "porra, onde é que foste arranjar essa merda desses sapatos azul cueca?". E isso tudo bem.
Agora ando a ouvir comentários do tipo: " porque é que trazes um relógio soviético se vens toda fina?".

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Tchaika

Fico chocada com a falta de sentido de humor das pessoas. A maneira como nos vestimos serve para mais do que a mera futilidade de querer mostrar ao mundo quanto dinheiro se tem na carteira (para algumas pessoas é mais o dinheiro que se deixa de gastar na alimentação da família, mas pronto...). A forma como me visto é, para mim, mais uma maneira de passar mensagens às pessoas, de as provocar, de as fazer pensar um pouco. Ter um relógio soviético, super-kitch, quando se está vestida para uma recepção pode ser aqui interpretado como uma piroseira. Para mim é um espelho da minha condição actual, vivendo entre luxos que os nativos não têm, transporto a minha "tchaika" símbolo da mulher operária para os salões dos embaixadores. Os outros não acham piada. Eu quero é que se lixem.
Verdade seja dita, ninguém tem que tirar lições de moda de uma mulher (eu) que foi vestida de imperador ming do flash gordon para o próprio casamento, mas, pelo menos, fica a ideia base que o impacto da nossa imagem nos outros deve traduzir a nossa personalidade. Não o volume do cheque que nos cai no banco ao fim do mês.

11
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 02:41link do post | comentar

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Era uma vez um elefante que tinha muitos problemas na vida. Tantos problemas este elefante enfrentava e tão gozado era pelo resto dos elefantes da selva (por ser azarado comó caraças...) que não conseguia encontrar nenhuma elefanta que quisesse casar com ele. O desgraçado do elefante, lá acabou por conseguir ir resolvendo os azares da vida dele, e lá acabou por conseguir uma dar a volta a uma formiguinha espevitada, pela qual se tinha, entretanto, apaixonado. Mas para mais azar do elefante azarado, a formiga parecia não querer nada com o gajo, e dizia: "onde já se viu, um elefante a casar com uma formiga. O Leão nunca permitirá uma coisa dessas. E digo mais: a tua família elefantíada vai acabar por arranjar maneira de alguém me pisar acidentalmente. Queres ficar viúvo? É isso que tu queres?"
O elefante, preocupava-se muito com estas coisas e estava tão apaixonado que só queria era papar a formiga e já não pensava em mais nada.
Por isso, organizou um golpe de estado na selva, fez a folha ao Leão, impôs a sua ditadura aos outros elefantes. Casou com a formiga e viveram infelizes para todo o sempre, porque na noite de núpcias chegou à conclusão que não dava pra ter sexo sem ficar viúvo...

publicado por parislasvegas, às 01:08link do post | comentar
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