Histórias de uma portuga em movimento.
17
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 03:03link do post | comentar

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Sonho Barroco
Celeste Maia - óleo sobre tela

" Primeiro pensei que não me lembrava de como me apaixonei. Quando foi que senti que era capaz de tudo, que era maravilhosa, que me ria constantemente, que vivia dentro de uma bola de cristal que me diferenciava de todos, que não precisava de dormir nem de comer, que me alimentava de sons, de música, de luz ? "

publicado por parislasvegas, às 02:50link do post | comentar
Com tanta amargura, nos últimos dias, até me tenho esquecido do quanto eu gosto de seres humanos em geral, e alguns em particular.
Aqui está uma senhora que eu admiro muito. Quando tenho a sorte de me apanhar na sua companhia, calo-me muito bem caladinha, abro os olhinhos e ouvidos e aprendo. Quando fôr grande, quero ser assim:


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Celeste Maia


"Nasceu no norte de Moçambique, mais precisamente em Nametil, em 1941. No ano de 1965, Celeste Maia deixou a capital moçambicana, na altura Lourenço Marques, em direcção a Lisboa. Desde então deu praticamente a volta ao mundo. Nos últimos 10 anos instalou-se em Madrid, mas S. Paulo, Washington, Praga e Roma foram cidades que contribuíram decididamente para as histórias dos seus quadros. Em 1994 teve oportunidade de descobrir a China, que se lhe apresentou como uma "revelação monumental" e, posteriormente, em 1998-1999, visitou a Índia, outro ambiente que a seduziu. Aliás, o Oriente abriu-lhe o ciclo dos espelhos, de que gosta sobretudo pelo mistério da origem das imagens que eles projectam, "dos segredos que quase nos contam, da passagem entre um lado e o outro e do caminho que se abre lá por trás, onde nunca estamos", sublinha.
Se regressarmos à sua juventude, descobrimos que Celeste Maia tinha um jeito assumido para desenhar, fazer escultura e gravura. Este fascínio começou em Moçambique. Contudo, foi em Lisboa que a pintora conviveu e aprendeu muito com o mestre Malangantana. Foi pela sua mão que começou a "pintar seriamente". No entanto, a pintora admite que os seus trabalhos foram sobretudo influenciados pela escola americana, onde estudou e viveu alguns anos. A noção de espaço, cores quentes, como o vermelho carnoso, tons sensuais, perfeitos, o cheiro da terra, a liberdade reúnem-se hoje no seu inconsciente e transportam-na sempre para África. Mas a pintura de Celeste Maia reencontra-se com outros espaços e vive de outros cheiros, normalmente rebuscados nos países e nas cidades que ao longo da vida encheram a sua memória de pormenores, figuras e objectos igualmente interessantes. Por exemplo, de S. Paulo, Celeste não resistiu ao tropicalismo. Os quadros dessa época foram invadidos por sumos, frutas e corpos lindos. "Foi nessa altura que também pintei os nus", esclarece. Os Estados Unidos ofereceram-lhe a técnica e a China despertou-a para os amarelos brilhantes, os vermelhos fortes e os azuis estonteantes. Se observarmos atentamente o seu percurso artístico nesta retrospectiva, constituída por 125 obras, reparamos que na maioria das telas os tons suaves, mesmo esbatidos, são predominantes. Depois da austeridade e do cinzento de Praga, ficou deslumbrada com a magia da luz de Roma. Um encanto que não mais deixou de pintar. Ainda hoje, pinta a luz e as sombras."

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