Histórias de uma portuga em movimento.
10
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 08:00link do post | comentar
Queridos amiguinhos e estimados leitores:
Espero que a posta anterior inicie, neste blogue, uma nova rúbrica de estórias surreais que, talvez forneçam alguma matéria para meditação, ou, que sirvam o seu propósito de soporífero para bovinos.
Aproveito a ocasião para esclarecer dois pontos:
1. A menina que inspirou esta estória não sou eu;
2. Não, não ando a drogas;

publicado por parislasvegas, às 06:21link do post | comentar

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Há muito, muito tempo, numa terra longínqua e gelada, vivia numa modesta casinha uma menina muito trabalhadora. Tanto esta menina se ocupava de tudo o que havia que fazer em sua casa, que o Rei ouviu falar em tanta azáfama e pensou: "Humm, o meu grão-mestre precisa de ajuda. Se esta menina é mesmo como dizem pode ser que nos seja útil". E assim fez. Chamou a menina, mudou-a para o Palácio e o grão-mestre instruiu-a nas suas novas tarefas.
Todos os dias, assim que a madrugada raiava, a menina iniciava a cópia de todas as leis que todos os Reis do Reino tinham alguma vez ditado, em toda a história daquele pequeno Reino Frio. Com a sua letrinha cuidada e pequenina, a menina encarregava-se de copiar pacientemente, fechada na enorme biblioteca do grão-mestre, resmas e resmas de leis soltas e sem-sentido. Muito embora lhe pesasse muito a tarefa, a menina nunca se queixava e dormia no cantinho mais ranhoso do Palácio. Mas o que lhe doía mais era a solidão constante e as saudades da sua família camponesa.
O grão-mestre, raramente falava com ela. Muito embora ela o ajudasse muito, aquele pensava que o Rei a tinha posto na grande biblioteca para espiar o andamento dos trabalhos do Reino. A mulher do grão-mestre, uma linda Raposa-falante, tão pouco era muito simpática. Mas a menina achava normal - as Raposas-falantes não têm a mesma natureza que os humanos, e mais para mais a sua tendência carnívora para as criancinhas, fazia com que a menina até ficasse aliviada de não ter que se encontrar muito com a Raposa.
Um dia o grão-mestre adoeceu gravemente. A menina, apesar de não ser feliz no Palácio, chorava muito com pena dele e tentava ajudar a Raposa-falante em tudo o que podia. A situação piorava de dia para dia, o grão-mestre ficava cada vez mais doente, e a Raposa utilizava todos os seus truques raposais para ver se conseguia comer a menina. "Mais cedo ou mais tarde," -pensou a menina-" esta Raposa vai-me comer. E depois? quem copia as leis do Reino? Tenho que avisar o Rei!" Assim pensou, assim o fez.
Chegou ao dia da audiência, e a menina explicou ao Rei o que se passava na grande biblioteca do Reino. E o Rei virou-se para ela e perguntou "Não se arranja uma Sandes de Presunto?"

09
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 05:43link do post | comentar
O meu bisavô, ficou famoso na família por possuir um "livrinho de vinganças". Sagitário dos quatro costados, o Xico Jorge registava as ofensas, falhas de carácter e dinheiro devido pelos outros num caderninho disfarçado de livro de contabilidade. Alguns anos depois da sua morte, a família encontrou o livrinho e alucinou com o mau feitio do homem. Agora, aos 31 anos, finalmente, percebi a razão de ser do livro. Se ele não tivesse as coisas registadas, facilmente perdoaria ou esqueceria. E um bom Grou que se preze, nunca poderia engolir sapos sem tentar vingar-se...
Eu já não sou Grou. Tantas mulheres nasceram na família que perdemos o nome. Mas sou sagitário e, sem dúvida, bisneta do Xico Jorge. Por isso, hoje, dia 9 de Março de 2005, inauguro, oficialmente, o meu livrinho de vinganças.

publicado por parislasvegas, às 02:07link do post | comentar
Engraçado isto da globalização - as novas tendências de uma moda, podem rapidamente viajar do seu ponto de origem e ganhar divulgação à escala mundial. O que hoje se usa em Kiev, pode, num abrir de pestanas, passar a must em Paris. Podemos esperar, por essa Europa fora, que se comecem a seguir os exemplos eslavos, também em matéria de suicídios notáveis e notórios. Como em todos os períodos de pós-revolução, temos vindo a passar um tempo de incerteza e assistido a alguns suicídios de homens com peso no antigo regime. Até aqui nada de anormal. O que é completamente extraordinário é a técnica utilizada para o efeito.
Vejam lá se não concordam comigo: o ex-ministro dos transportes suicidou-se, logo quando a oposição ganhou as eleições, com 4 tiros. Não, não estou a brincar. A imprensa noticiou um suícidio com 4 tiros. Pelo que sei, não há nenhuma investigação em curso. Oficialmente, o homem escolheu acabar com a sua vida com uma multiplicidade de disparos de arma de fogo. Explicar como é que sobreviveu ao primeiro e ainda consegiu disparar mais três, é coisa que não interessa nada.
Seguindo a moda, o ex-ministro do interior (alegadamente responsável pelo rapto e assassinato do jornalista Gongadze) suicidou-se, na semana passada, com dois tiros no crâneo. Pois. Mais um que sabia o truque.

publicado por parislasvegas, às 01:26link do post | comentar
Há uns meses, mudámos de casa e estávamos altamente optimistas. Quatro quartos, um jardim, uma sauna, ginásio, jacuzzi - o que se pode pedir mais? O que os donos da casa se "esqueceram" de nos dizer foi que este pequeno paraíso BLOQUEIA totalmente no inverno. Ou seja, não mencionaram o pequeno detalhe de que as PORTAS da casa, simplesmente congelam e não há maneira de as abrir quando neva. Considerando que há quatro dias que não pára de nevar, estão a ver a beleza da situação.
Quando caiu o primeiro nevão, fomos estúpidos o suficiente para andar três quilómetros, até à estrada principal, para apanhar um taxi e ir trabalhar. Durante uma semana, foi o que tivemos de fazer, porque o portão da garagem é eléctrico e o motor congelou. Agora já conseguimos tirar a máquina e não corremos o risco de a pôr na garagem outra vez. O problema é que a porta por onde nós saímos, também congelou. Ontem para conseguirmos cumprir as nossas obrigações, tivémos que saltar o muro da casa. Qualquer dia ainda nos matamos a tentar chegar ao escritório....
A altura de neve está a tornar-se impraticável em todo o lado da cidade. As estradas estreitaram e agora só têm um sentido (embora passem carros nos dois), porque os limpa-neves, aparentemente, só passam uma vez e em sentido único. Quer isto dizer que eu fiquei sem maneira de me mover. Por minha exclusiva culpa, porque não gosto de guiar no gelo.
Nos primeiros dois anos ainda tentei guiar no inverno. As condições das estradas não são previsíveis, por isso não se pode contar apanhá-las sempre limpas e com sal, para o carro não derrapar. Bem sei que estou a falar chinês, estes pequenos detalhes não fazem parte do dia-a-dia em Lisboa. E foi assim que eu cá cheguei, fresquinha do clima de Portugal, e pensei "se toda a gente guia, porque não tentar?". O meu primeiro carro era muito velhinho ( só tinha 18 anos, o que tenho agora tem 40), duro de mudanças, duro de volante e extremamente temperamental. Tentei circular com ele pela neve, mas todos os dias apanhava um susto. Desisti.
Voltei a agarrar no carro (desta vez o do Xano) há dois invernos atrás. Toda a família estava cá a passar o Natal e eu tive MESMO que guiar, porque precisámos de dois carros e dois condutores. Imaginem a minha figura: fui levar as crianças a almoçar e, na volta para casa, decidi mostrar-lhes o palácio do presidente cá do sítio. Está a boa da Tina, metida num carro descomunal, com uma parte da frente que nunca mais acaba, baixinho, coladinho ao chão, e resolve ir dar a volta à rua presidencial. Nem eu sei como, fiz três peões de seguida - até que o carro parou sozinho. Por sorte, não bati em nada, nem matei ninguém. Nunca mais peguei no carro com gelo. O formato físico da máquina não ajuda muito, qualquer coisa e dá logo de cu e perde-se o controlo do carro. Mas o facto de ser baixinho é fixe- pelo menos não capota...O mais engraçado foi a reacção dos putos: "olha lá, isso não foi de propósito, pois não?"De maneira que vou apanhando boleias do Xano, tentando circular a pé (não tá fácil) e recorrendo ao taxi, quando não há outra forma de me locomover. Os transportes públicos aqui são muito fiáveis no verão, mas no inverno avariam muito e não corro o risco de ficar pelo caminho, metida num autocarro sem aquecimento. É pneumonia garantida!
Mas vai tendo a sua piada ver toda a gente na rua de pá na mão. Lembram-se duma certa "revolução laranja?". Bom, a câmara municipal apoiou os revoltosos, não apenas moralmente, mas com assistência médica, alimentação grátis e outras boas acções. Esses actos de altruísmo municipal, devem, provavelmente, ser responsáveis por este estado de coisas. Tanto dinheiro se gastou a alimentar a revolução, que agora não há cheta para limpar as ruas. Os serviços da comuna estão a falhar como o destino. De forma que toda a gente está, literalmente, a arregaçar as mangas e limpar a neve por si próprios.

publicado por parislasvegas, às 01:17link do post | comentar
...Fica. Aceitem-na como prova do meu mau feitio. E já agora, façam como eu, e riam-se um coche.

07
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 07:43link do post | comentar
A posta anterior foi pró caixote do lixo, porque não tenho pachorra pra ordinarices. Devo ter infrigido uma regra qualquer daquelas paneleirices cibernéticas e mandaram-me pró caralho (e em russo e tudo). Para além de não ter pachorra para estas merdas, dispenso o aumento de audiências pelo método da TVI que é criar "happenings" que não existem e baixar o nível, porque, quando é prá cueca, toda gente gosta de vir dar uma espreitadela. Aqui não, spaciba.

publicado por parislasvegas, às 02:36link do post | comentar

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Entre outras coisas, é difícil circular, para mim é impossível guiar (uns quantos despistes no primeiro Inverno, fizeram-me desistir da ideia. Não me apetece partir o carrinho todo, ou pior, matar alguém). Sair de casa é quase impossível, tenho uma altura de neve de meio metro no único caminho que estava transitável. O resto da entrada de casa e do jardim, acumulou mais de um metro de neve. Todos os dias temos que desenterrar o carro para conseguir ir trabalhar. O pior é que não há sinal de melhoras, há 3 dias que neva intensamente e não se vê fim à vista. Quando sair daqui, só quero ver neve quando fôr de férias!!!! Isto é bonito só para ver e para esquiar, viver assim nunca mais. ESTE É O MEU ÚLTIMO INVERNO! UIPIIII!


04
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 02:38link do post | comentar

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Pois ontem estive no jantar mais estranho da minha carreira, mas também um dos mais desafiantes.
A americana resolveu promover um encontro de "aliados" mas...todas gajas. Geralmente, em qualquer jantar protocolar, estou habituada a ser a única "senhora" com uma actividade profissional, as outras que costumam estar presentes são as esposas dos meus colegas. Ou se a refeição tem carácter profissional, costumo ser a única gaja à mesa. Não é que em Portugal sejamos poucas, comparando com o número total de colegas (já chegamos aos 30%, não é nada mau para o nosso sexo que só começou a ter autorização para desempenhar funções em 1974).
Este foi o único jantar profissional só de tipas. Diferente, sem dúvida. Chego a várias conclusões - quando falamos de política é a sério, não somos tão tanguistas como os homens, mas também não nos alongamos tanto. Nenhuma das presentes tinha aquele defeito desgraçado (ou deformação profissional) de gostar de se ouvir, e andar a regar para chegar ao sumo da questão.
Quando não podemos revelar as nossas posições, somos muito mais discretas e hábeis do que os nossos pares masculinos. Temos habilidade para mudar de assunto com uma pinta desgraçada. Para mim, foi muito mais difícil interpretar posições ocultas e agendas próprias do que quando estou rodeada de homens. Da forma como estamos a evoluir, tenho que me treinar nesta coisa de perceber intenções ocultas nas mulheres, coisa que os meus elevados níveis de testoterona sempre me impediram de fazer.
É engraçado como todos os países preferem enviar senhoras para aqui. Quer dizer, não tem graça nenhuma. Já todos repararam que os homens são uma opção muito frágil, principalmente quando é fácil para qualquer eslava "infiltrar-se" e obter informações enquanto experimenta as almofadas da cama do dito cujo. Estão a topar a cena? De maneira que ontem tínhamos a americana (claro), a tuga (pois-NATO), a turca (NATO), a holandesa (estão a fazer a presidência UE aqui, porque não temos Lux), a israelita (óbvio) , a letona (novos aliados) e a norueguesa (velhos aliados). E a luta centrou-se na obtenção de informações: a israelita foi muito espremida, mas não se descuidou e todos os UE foram espremidos pelo resto, mas também não nos descuidámos. Toda a gente tentou espremer a americana, mas sem sorte nenhuma. Enfim, foi uma batalha inglória, e acabámos a noite a beber conhaques e falar de banalidades. Todas nós devíamos estar a pensar - porra, as gajas que tradicionalmente são conhecidas por serem desbocadas, e afinal parece que neste ofício só temos portas...

03
Mar 05
publicado por parislasvegas, às 00:49link do post | comentar
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Desde miúda que a coisa que eu gosto mais de fazer é ver coisas novas, estar fora de "casa". Isso tem-se tornado um hábito tão grande na minha vida que já perdi a noção onde está a tal "casa". Para efeitos de simplificação psicológica, gosto de pensar que a minha casa é o sítio onde está a minha família de base. Isto quer dizer que agora tenho várias casas, espalhadas por esse mundo fora, o que é muito bom, mas torna-se confuso para coisas práticas. O melhor exemplo disso foi a organizção do nosso casamento. Decidimos fazê-lo em Pequim, porque achámos que a Tailândia pós-tsunami não era propriamente sítio para festas, e porque metade dos convidados já vivia em Pequim. Assim, não precisámos de mexer os irmãos e cunhados do Xano, só precisámos de transferir o resto da família para a China. Isto implicou uma coordenação entre Lisboa, Milão, Roma e Kiev que me ia deixando doida, ainda antes de pôr o rabo em Pequim. A festanga foi das valentes, mas o que me deu mais gozo ainda, foi ter oportunidade de ver as reacções de europeus que nunca tinham estado na Ásia (penso que só a minha mãe e a minha prima, que viveu muitos anos na Ásia, faziam ideia do que iam encontrar). Também me deu muito gozo, conseguirmos reservar um hotel que é quase mítico em Pequim, o único hotel durante os anos mais duros do comunismo e um símbolo da morte da revolução cultural. O JianGuo corre o risco de ser demolido, por isso, ainda tivemos o privilégio de lá passar quase duas semanas. Foi a nossa "casa" durante grande parte do mês passado e, por mim, já lá estava outra vez.
Eu sei que as minhas queixas cibernéticas me podem fazer parecer uma tipa pessimista e que não gosta de nada que seja diferente de Portugal. Nada está mais longe da verdade. A experiência de viver num país da ex-URSS está a ser super-útil, quer em termos pessoais, quer em termos profissionais. Mas infelizmente, útil não é sinónimo de gratificante.
Quando se chega a uma cidade nova e se sabe que se tem um bilhete de avião marcado para daí a uns quinze dias, aproveita-se o mais que se pode e encontra-se sempre aspectos positivos em tudo. Em Pequim acontece-nos isso cada vez que lá vamos. Os nossos amigos que vivem lá há 10, 15 anos queixam-se imenso e nós estamos sempre a animar as hostes e a sublinhar os pontos positivos. Tantas vezes fizémos isto que o pessoal já diz que gostava que nós fossemos viver para lá. Ou nos calávamos com a porra da conversa que aquilo é tudo bom, ou conseguíamos animar o pessoal para enfrentar o dia-a-dia. Isso tem acontecido cá também. Muitas vezes somos nós que "aturamos" os nossos amigos e os tentamos animar quando eles têm problemas de adaptação.
Mas quando se chega a uma cidade nova com um bilhete de regresso para daí a 3 ou 4 anos, as coisas são ligeiramente diferentes. Os primeiros 6 meses, para mim, são um "high" desgraçado. Adoro tudo o que vejo, tento aprender tudo, instalar-me, encontrar casa, comprar móveis, etc. O resto do primeiro ano é dedicado a fazer contactos pra ver se arranjo conhecidos, eventualmente que tenham potencial para se tornarem amigos. Durante estes anos aqui, tenho tentado não pensar demasiado quando falta a carne, por exemplo. Ou quando não tenho água. Ou quando não tenho luz. Mesmo quando não tenho aquecimento no Inverno. Mas a verdade é que 3 anos disto acabam por fazer mossa. Tenho visto, pelas reacções dos outros tugas que aqui vivem, que nós até temos levado isto na boinha...Há pessoas que ao fim de três meses já estão a ficar malucas. Também não se pode ser assim. Há que resistir. Se não conseguires resistir, ignora o problema.
Estas semanas, desde o regresso de Pequim, foram especialmente díficeis.
Ficámos quase quinze dias sem água em casa. Já temos água prós banhos, mas continuamos sem água potável. Estou habituada, porque durante os dois primeiros anos não tínhamos água bebível em casa. Para cozinhar, beber e lavar os dentes, tínhamos que carregar com garrafões. Por isso, agora, é igual ao litro...
Também ainda não temos telefone, mas isso até é um descanso. Continuamos com metros de neve por todos os lados em casa, há sítios no jardim onde não se pode circular, mas pelo menos já conseguimos abrir a porta da garagem pra sair com o carro. Ao mesmo tempo, a minha situação profissional deteriorou-se significativamente. É o que acontece quando se tenta implementar um projecto novo sem ovos para fazer omeletes. Não compreendo porque é que os donos da galinha agora acham que a culpa é minha, se, afinal, os gajos é que tinham os ovos na mão, e não mos deram...
Quando tudo corre mal, sempre tento ver onde é que eu errei para poder corrigir a situação. Desta vez, por mais voltas que dê à cabeça, não consigo ver erros da minha ou da nossa parte. Tenho que chegar à conclusão que a asneira foi de nos termos voluntariado a fazer um trabalho que mais ninguém queria (e agora percebo porquê). Tenho vindo a aperceber-me que, por muitas dificuldades que passe aqui, isto já é a minha casa. Mesmo com tudo de pantanas, nesta nossa vida sem raízes, o facto de ter a noção que me falta menos de um ano para sair daqui, também me está a avariar o sistema. Vou ter saudades, isso é certo. Se conseguir sair daqui inteira, vou ter saudades - concerteza...

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