Histórias de uma portuga em movimento.
29
Jul 05
publicado por parislasvegas, às 07:58link do post | comentar

Which Rock Chick Are You?
O que uma gaija faz para se distraír do ressacum....

publicado por parislasvegas, às 03:15link do post | comentar
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E por esta ordem

Quer dizer, no fundo:

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publicado por parislasvegas, às 02:51link do post | comentar
Ando tão irritada com Portugal, que se "aquilo" fosse uma pessoa, já teria deixado de lhe falar há que tempos!
É que assim como não se escolhem os nossos ascendentes, o sítio onde se nasce também nos sai aleatório.
Já aqui falei várias vezes da grande porra de ter saído "nacionalista" - é que gosto mesmo de Portugal a sério. Tanto, que acabei a ter uma profissão tramada só pelo gozo de poder contribuir um bocadinho para o bem do país (pensava eu, feita estúpida e ingénua...). Não vou repetir o discurso do amor pela pátria e etc etc. Principalmente quando a gaja não gosta de mim. Ou de nenhum de nós, ou,pelo menos, é isso que parece.
Nós não gostamos de nós. É a única explicação pá. Não tenho outra.
Desculpem lá o ataque de mau feitio cibernético, é que sempre que tenho de explicar a um estrangeiro como é que um país que só tem 10 milhões de habitantes, com um território tão pequeno, ainda consegue ter 20% da população a viver na pobreza e nunca mais se indireita, apesar de 20 anos na União Europeia, a receber sei-lá-quantos milhões de euros...Fico chateada, pá, pois claro que fico chateada.

publicado por parislasvegas, às 02:21link do post | comentar
Pois é. Ontem houve festarol lá em casa. Para comemorar as férias de Verão, para comemorar o andamento da xafarica, que está alucinante, mas que até vai correndo bem, para mostrar a barraca ao pessoal com quem trabalhamos e que ainda não a conhecia.
Pronto. Apeteceu-nos compensar o pessoal que cá está e se farta de trabalhar. Já que não há papel para horas extraordinárias, ao menos que haja vodka!
Escusado será dizer que hoje andamos todos meio zonzos e reina um ressacum generalizado entre colegas. Mas que se lixe.Afinal é Sexta-Feira!!!!!

28
Jul 05
publicado por parislasvegas, às 03:01link do post | comentar
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Agora que, finalmente, parou de chover e, pela primeira vez em sei-lá-quantos-meses se pode ver o SOL (já me tinha esquecido como era...), ando, feita parva, a tirar fotos à cidade para postar no photoblog.
Mas, curiosamente, o humor das pessoas não tem melhorado nada. Aqui na xafarica, anda tudo em baixo, toda a minha gente se queixa de dores de cabeça e de cansaço profundo. Grande parte destes sintomas deve ter origem no facto de trabalharmos que nem uns perdidos, muito para além das horas que os impostos de todos nós nos podem pagar. Mas (como se diz em Portugal) isso agora não interessa nada. A verdade, é que outra razão pela qual toda a gente anda num estado de letargia danada, se deve à Lua. Pelas últimas informações que recebi, nunca esta tinha estado tão perto aqui da nossa terra, nos últimos 20 anos. Ora, é normal que o pessoal ande todo avariado. Ou como se diz em bom português - aluado.
Como se não bastassem os aluamentos (os portugueses andam mais sensíveis do que o pessoal eslavo) o Sol também nos anda a afectar.
Isto de já não estar habituado a levar com a soleira do meio-dia na mona, acaba por nos transformar numa espécie estranha de vampiros. Andamos a suspirar pelo Sol durante todo o ano e, na semana em que ele aparece, é enxaqueca e constipações para dar e vender.
Porra, que nunca mais saio daqui....

26
Jul 05
publicado por parislasvegas, às 08:24link do post | comentar
Seguindo a moda, mas também porque já chateia tentar enquadrar o raio das fotos neste berlogue, todas as que forem da minha própria autoria passam a estar no Pestana Aberta, o meu berlogue visual. Por enquanto tenho fotos das minhas bestas e vou postar mais algumas da China. Na próxima semana vou estar em Pequim novamente, com novidades visuais do único café tuga naquela capital. Vai um pastel de nata??? Vá lá, toca a ver as minhas bestas...

publicado por parislasvegas, às 02:59link do post | comentar

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Esta foi a Shar Pei que eu encontrei na net, mais parecida com a nossa Belli. Agora com a moda dos "Shar Pei americanos", cheios de rugas por todo o lado, os verdadeiros chineses são pouco apreciados e pouco se vendem. O que é uma asneira total. Estes têm temperamento de Shao Lin. São especialistas em Kung Fu, só lhes faltam os gritinhos de "Aiiii - ha" para serem como o Bruce Lee.
As rugas (que estes também têm) só servem para que as dentadas dos outros cães não lhes penetrem em órgãos vitais. Os enrugados em excesso, servem para os donos americanos dizerem: "olha, tão lindo..." e comprarem um por dois mil dólares...

publicado por parislasvegas, às 01:35link do post | comentar

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Quem me lê, constantemente a escrever sobre a bulldog, deve pensar que eu só tenho um cão. Pois bem, porque é que é sempre a Angie a personagem as minhas histórias? Porque é um bulldog, e estes cães prestam-se a figuras tristes, entradas cómicas e outras coisas do género que dão sempre jeito pra animar a malta lá de casa e fazer postas engraçadas.
E também porque a cadela está a passar por uma fase de mudança de personalidade.
Até agora, andava sempre muito cuidadosa, e até um bocadinho cobardolas, com os outros cães, pessoas, até abelhas! e tudo o que, mesmo inanimado, fizesse algum tipo de ruído ou se mexesse. Era do estilo "entrata da leone, uscita da cogloni" (não sei se conhecem este provérbio italiano, muito antigo...).
Ia lá com ar de bulldog furioso e, depois de investigar, largava a fugir como se fosse um cachorrinho daqueles a pilhas. Ao início, achávamos que era mesmo da idade, afinal, a bicha de grande só tinha o tamanho, continuava a ser uma cachorra. Agora, com dois anos já feitos, desconfiávamos que a bicharoca era mesmo acagaçada e pronto, não havia nada a fazer.
Isto até a Angie ser operada a um defeito genético, que lhe fazia sair uma película estranha e gordurosa (diria mesmo nojenta) do olho esquerdo. Ora toda a gente sabe que os bulldogs são um defeito genético. Mas uns têm mais do que outros, e a Angie saiu com aquele olho horroroso. Depois de um susto, dietas, três dias internada (para ver se sobrevivia à anestesia) lá tivémos a alegria de ver o bicho a safar-se e a voltar à normalidade. Pera lá. Normalidade? Não. E aí é que está.
Agora, sem aquela porcaria no olho, a nossa bulldog já faz da porta de casa à cerca do exterior em menos de dois segundos, salta à espinha da Shar Pei regularmente, e já se mete com tudo, seja animado ou inanimado. Agora estamos tramados porque temos dois cães acelerados em casa: uma hiperactiva (a magra) e outra intermitentementeactiva, que os bulldogs também não aguentam muita agitação de seguida.
Caí na asneira de lhes oferecer um brinquedo novo, daquelas cordas (supostamente) resistentes para brincadeiras de tracção. Tudo bem, quando se tem só um cão e uma das pontas é puxada pelo humano. Agora quando se tem dois, e ainda por cima especializados em luta, a puxarem cada um por seu lado, a vida útil do objecto reduz-se em 80%....Já para não falar na excitação que foi no primeiro dia do brinquedo lá em casa. A Angie ia tendo um ataque de asma, combinado com uma síncope cardíaca, só porque quis acompanhar o ritmo da Shar Pei na brincadeira...
A Allabelli é que não anda a levar a bem o desafio da outra (até agora o domínio oriental estendia-se a cães britânicos...) e todos os dias assistimos a uma sessão de luta de cães, gratuíta. Para grande gáudio do Xano e para grande pânico meu. Já se esgotaram as reservas de Bepantene lá em casa, tanta que é a cicatriz de dentadas e arranhões, nesta nova tentativa de decidir quem é dona de quê lá em casa. Se eu soubesse que ia ser assim, teria comprado um casal Pitbull....
Mas pronto, continuam sempre a dormir muito juntinhas e a gostar de brincar uma com a outra. Embora andem numa nova fase de definir domínio do território - e aquelas outras coisas que os cães têm do tipo: quem passa primeiro nas portas, quem tem acesso à comida primeiro, quem cumprimenta primeiro os humanos, etc...ainda têm a noção de que quem manda lá em casa somos nós e que os humanos são os cabecilhas da matilha. Ao contrário do que eu pensei no início, não lhes faz confusão existir uma fêmea e um macho dominantes (afinal, se pensarmos bem, nas matilhas de lobos é assim que funciona). Obedecem mais às minhas ordens verbais (espectáculo - tanto em português como em russo!) e mais às expressões corporais do dono. Nos dias em que o Xano chega de mau humor, ninguém se aproxima e anda tudo de focinho a arrastar pelo chão (falo das cadelas, claro).
Agora está novamente aberta a luta pelo domínio canino da família...Vamos lá ver as cenas dos próximos capítulos. Eu não tenho preferências, nem torço por nenhuma delas. Só quero é que não se magoem muito à séria nesta brincadeira, porque já estou farta de pagar contas de veterinário....

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20
Jul 05
publicado por parislasvegas, às 07:29link do post | comentar
Agora que se vão acabando estes anos de xafarica ucraniana, ando a reparar em inúmeras coisas (estúpidas até) que me passaram completamente ao lado. Tenho tido bastante sorte, porque com um trabalho que está carregado de prazos, stresses e hostilidade, até tenho uma equipa bastante bem-disposta e impecável. E alguns até são portugueses!
É verdade que tenho que confessar que não gosto lá muito de trabalhar com compatriotas e passo a explicar porquê:
1- a culpa nunca é nossa, seja a que nível da hierarquia fôr, ninguém assume responsabilidades;
2- existe uma utilização excessiva de frases do estilo: "Ina pá!Esqueci-me!"
3-Temos sempre um filho, mãe, marido, sogra, cão etc..que está doente ou mal-disposto e nos tira a disposição para trabalhar.
4- Transferimos para os colegas de trabalho toda e qualquer discussão que temos com os filhos, maridos, mulheres, sogras, amigos e cães...
e
5- Falamos demasiado e fazemos pouco
De modo que, quando soube que aqui a xafarica até tinha bastantes compatriotas para a distância a que isto está da metrópole, até pensei: "mau, vamos lá ver onde é que eu me vou meter..."
Mas até tem corrido bastante bem. Todos os tugas são jovens, quer dizer, já nenhum de nós pode ir ao cinema com desconto, mas o mais velho tem 42 anos. O que é bastante invulgar para este tipo de serviço. Não me posso queixar de tiques portugas - o pessoal trabalha todo no duro e sem manhas.
Quanto aos locais, isto é um espéctaculo! Para já "locais" a sério temos poucos. Isto é uma espécie de URSS em ponto pequeno.O que torna os jantares conjuntos bastante engraçados, cheios de tradições diferentes e onde, geralmente, acabamos todos encharcados em vodka a cantar o hino da União....Quase todo este pessoal também é novo, oscilando entre os 23 e os 34 anos. Os dois mais velhos, e, diga-se, senhores respeitáveis, são fantásticos. Um ex-Spetnatz (forças especiais da URSS) e um ex-KGB. Um com a cremalheira da frente toda em ouro e outro com uma placa de platina no crâneo. Gosto especialmente deles, e confesso que isso deve notar-se ligeiramente. Trabalham connosco há tanto tempo, que nunca consigo recusar-lhes uma saída mais cedo, ou uma entrada mais tarde...
Duvido que alguma vez consiga vir a trabalhar noutro sítio com tanta gente bonita. Não é para nos gabar a todos, mas até os nossos vizinhos dos outros escritórios comentam que o pessoal aqui da xafarica tem todo bom aspecto, isto até parece uma agência de modeling...Nunca tinha reparado nisso, foi um colega meu que me veio substituir, quando eu casei ,que me chamou a atenção para o facto. Assim que cá entrou ficou a olhar pró pessoal e a dizer "mas vocês escolhem o pessoal por competência ou por aspecto?". Claro que foram todos escolhidos pela competência, até porque (pelo menos desde de que cá estamos) todos tiveram provas escritas para entrar ao serviço. Mas a verdade é que , tanto o staff masculino, como o feminino, tem bastante bom aspecto.
Estamos quase todos deslocados dos nossos países e famílias (mesmo os de nacionalidade ucraniana não são de Kiev e têm as famílias a uma carrada de quilómetros de distância), o trabalho que fazemos é pesado e desagradável, mas toda a gente tem sempre um sorriso e uma piada. Acho que por estarmos longe do nosso elemento, deslocados do nosso território, há poucas intrigas e raramente se gera mau ambiente. Isto deve acontecer também, porque ninguém tem à vontade suficiente para se "esticar" com queixinhas ou calhandrices, como acontece (quase sempre) no nosso país, onde a malta que anda com as costas quentes aproveita para espezinhar os outros. Aqui as relações de trabalho são baseadas no respeito e nas hierarquias, como, aliás, deveriam ser sempre em todo o lado, e não no medo de quem tem mais cunhas, ou conhece mais gente importante.
Não sei como vou ser capaz de um dia (espero que distante) regressar a Portugal.Até vir para aqui, tive sempre uma sorte desgraçada e nunca trabalhei em nenhum ninho de víboras. Mas tenho consciência que o meu caso foi altamente especial e que uma sorte dessas não se repete...
Como dizíamos ontem, eu e o Xano ainda vamos estar em Paris, a beber vodka,ouvir música eslava e a chorar de saudades disto....Mas até isso é tão português, não é mesmo?




Ps - esta posta não se aplica aos dias em que estou completamente furiosa com tudo e todos, com este país, com esta xafarica, e, principalmente, com o meu país. Mesmo com as minhas fúrias, a verdade verdadeirinha é que gosto mesmo de trabalhar com as pessoas que tenho a sorte de ter como colegas, e nunca descarrego as minhas frustrações em cima de ninguém daqui. Ou doutro lado qualquer. Quer dizer, o meu problema maior é mesmo nunca descarregar. Mas isso já é matéria para outra posta.

publicado por parislasvegas, às 01:08link do post | comentar

Prontos! Seguindo as instruções do nosso Atalaia já cá amontei a marquise (salvo seja). Fica um miminho...

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