Histórias de uma portuga em movimento.
22
Ago 05
publicado por parislasvegas, às 02:56link do post | comentar

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Arrastei-me até à manicure para mostar a bela javardeira em que estão as minhas unhas e saber como raio se tira esta merda das mãos. Fiquei a saber que vou precisar de UMA HORA e 15 Euros para me ver livre disto. Mas quem é que me manda ser menina?????
Porra, não bastaram as quatro horas para fazer esta bela cagada, ainda tenho que perder mais UMA..Acreditem que o tempo me custa bem mais do que os quinze euros....Nestas alturas (e quando me dão mijaneiras em sítios impróprios) é que eu queria ser gajo!!!!!!!!!!!!!

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Na posta anterior escrevo sobre a perca generalizada de regras e a confusão que esse factor provoca na sociedade em geral. Ok, reconheço que me deu um ataque de depressão e mau feitio e, como é hábito, pintei um quadro super-negro do futuro e etc. Pois é, tenho muita pena, mas ando a atravessar essa fase há mais de um ano. Primeiro achei que estava simplesmente a crescer e a abrir os olhos, mas agora vejo que ando mesmo é deprimida que nem uma alcachofra seca, sem apelo nem agravo. Não, não é a Ucrânia que me deprime, é mesmo a situação de merda em que encontro em termos profissionais. Isto é mesmo típico! Nos Estados Unidos já me teriam pago uma fortuna para fazer uma sitcom, tipo sex and the city, sobre a trintona que viveu a vida toda em função do raio da vida profissional e que agora se afundou numa deprê desgraçada, apesar de viver confortavelmente e ser casada com o tipo mais espectacular deste mundo....Reconheço que é irónico. Anda uma gaja a falar de assuntos do coração durante metade da sua vida útil, e, finalmente, quando lhe sai o príncipe encantado na rifa, a estúpida resolve mirrar psicologicamente...Fantástico. Coitado do Xano.
Isto tudo para dizer que continuo convencida que a mudança de regras sociais nos está a afectar profundamente no campo dos relacionamentos pessoais. Se assim não fosse, não se perderia tanto tempo, nem se gastaria tanta tinta a opinar sobre eles. Ou sobre elas. É que, apesar da proliferação de famílias com casais homossexuais, o prémio da complicação ainda vai para as relações entre homem e mulher. Pois é, os heterossexuais ganham o óscar da problemática do relacionamento....
Eu acho que este é daqueles assuntos em que, quanto mais se fala, menos se chega a conclusões. É simples: não basta estarmos a lidar com géneros diferentes, e logo aí a coisa torna-se difícil porque temos que recorrer a categorias e a generalizações do género: "os homens não fecham a tampa da sanita" e "as mulheres são paranóicas com a pasta de dentes", mas também porque parece que ainda ninguém percebeu que num casal heterossexual a regra que tem que ser aplicada é a do "todos diferentes, todos iguais". Não entendo porque é que uma gaja tem que forçar o tipo a aspirar a casa. Passa-me ao lado. Não há nada mais que um tipo possa fazer no lar-doce-lar? A chave é dividir a carga de trabalhos que dá ter uma família, instalar um lar, sem ter que forçar os dois a trocar de papéis a toda a hora.A coisa tem que ser feita com mentalidade empresarial: quando a gaja se volta e diz ao tipo que ele tem que aspirar a casa não pode ter argumentos do estilo " dividindo custa menos". Os neurónios masculinos recusam-se a processar esse tipo de razão (isto não era tarefa tua? lá em casa a mãmã é que fazia isso...NUNCA NINGUÉM FALOU EM ASPIRADOR, EU NÃO SEI USAR UM ASPIRADOR ...que abuso é este?????)Então, das duas uma: ou se aborda a questão no segundo encontro (e se acaba de vez....) ou se encontra uma justificação plausível para a "troca de papéis". Mulheres deste mundo - aproveitem os recursos humanos do vosso lar, ponham os homens a fazer coisas que sejam úteis, mas que não os "humilhem". Isto é: deixem de pôr gasolina aos carros lá de casa, recusem-se a ir ao mecânico (os argumentos de "mas o carro é teu!" não colam: "a merda do tapete lá de casa também é "teu" e nunca o aspiras...")não preencham os papéis do IRS, caguem para tudo o que é burocracia ("mas amor, tens muito mais jeito do que eu para essas coisas....") ponham os tipos a efectuar todos os transportes lá de casa, inclusivé levar-buscar os putos à escola, infantário, etc. Não são tarefas-fêmea, é proibido protestar. A mim, deve-me ter saído a sorte grande e a aproximação, não tenho esse tipo de problemas, nem outros...Devo reconhecer que, nestes 5 anos com o Xano, nunca tive incompatiblidades de tarefas domésticas. Fazemos aquilo que é preciso quando é preciso. Funcionalidade mística, nem sequer falamos nisso.
O sexo é outro tema que ocupa milhentas páginas, cibernéticas ou reais. Uma vez mais, vivemos na visão esteriotipada. A sério - durante grande parte da vida adulta pensei, secretamente, que era anormal porque não correspondia à descrição esteriotipada das mulheres da minha idade. Ainda hoje quando por brincadeira, me chamo de "trintona" sei bem que, na realidade, não obedeço ao esteriotipo e que estou a induzir os outros em erro em relação à ideia que formam sobre mim. Mas isso diverte-me. Não acho piada nenhuma é às ideias de que os homens estão constantemente a pensar em mamas e cus e nós somos todas umas santas e puritanas que amamos toda a gente pela sua fantástica personalidade e não abandonamos casamentos por causa das criancinhas. Continuem a pensar assim que vamos longe. Como se os homens não encontrassem felicidade com companheiras com uns quilitos a mais (ou a menos, como é o meu caso..) ou que não sejam exactamente réplicas da Cindy Crawford. Ou como se as mulheres não fossem capazes de arranjar um companheiro puramente por interesse físico ou, ainda pior, por puro interesse material.
Também não sei onde se foi buscar a estúpida da ideia que as mulheres nunca querem sexo de manhã e que os homens querem sexo a toda a hora, mesmo depois de terem dois ataques cardíacos por causa do viagra.
Este relambório todo para ilustrar até que ponto é que as ideias feitas podem ser prejudiciais às nossas vidas. Um tipo, quando arranja companheira, apenas vê a "fada do lar" que a mãezinha lhe disse que ele iria encontrar um dia. Uma tipa, quando encontra companheiro, apenas vê o "príncipe encantado" que a mãezinha lhe disse que ela iria arranjar um dia. A triste realidade é que todos nós somos pessoas. E bastante imperfeitos, por sinal. Não entendo porque insistimos em não ver aquilo que está escarrapachado à nossa frente. Um relacionamento apenas pode ter hipóteses de dar algum resultado se aceitarmos a pessoa que somos e aceitarmos o outro como ele é. Sem aspiradores e tampas de sanita pelo meio. Não se trata apenas de nós fazermos o esforço de reconhecer o outro, mas também de manter uma comunicação constante para nos darmos a conhecer. Muitas vezes, a imagem da fada do lar ou do príncipe encantado somos nós que a transmitimos, mesmo sem intenção. E depois ficamos lixados quando os outros exigem que actuemos de acordo com a imagem que nós próprios alimentámos na cabeça do outro.Ah pois é....

18
Ago 05
publicado por parislasvegas, às 06:54link do post | comentar

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Estranho este mundo onde vivemos....Não é preciso repetir, porque acho que toda a minha geração o sente, que hoje vivemos sem códigos, sem regras e com muito poucos exemplos que possamos seguir. Morreram os heróis, Deus morreu, não há nada a que nos possamos agarrar que não seja a nossa própria determinação, o nosso projecto de vida ou de sociedade, seja lá ele qual fôr. O século XX representou 100 anos de mudança excitante de mentalidades: passámos de um Deus místico a acreditar que os humanos se poderiam organizar de maneira a criar sociedades justas. Deixámos de pôr tudo nas mãos de Deus e passámos a ser donos do nosso próprio destino. Como consequências tivemos várias experiências sociais falhadas, desde o fascismo ao comunismo até a social democracia com o seu modelo do Estado-assiste-a-tudo-e-sustenta-toda-agente já faliu. A família faliu. O modelo papá-mamã-e-meninos já não existe. Por muito que a minha geração se esforçe em fazer o mesmo que os seus antepassados, a coisa já não funciona.
Mudei para a idade adulta no final do século XX, assisti a uma queda em flecha da mentalidade tradicional, à queda do muro, às primeiras guerras por petróleo em nome de Deus, à tentativa desesperada da Europa em manter-se à tona d'água. Toda a agitação e confusão latente ao final do século XX se mantém, como se o nosso mundo estivesse a sofrer um parto doloroso e prolongado. O que sairá daqui? No fundo, a minha geração começou a sua vida de adulto num mundo tumultoso e incerto e continuamos a tentar o exercício de orientação no escuro.
Todos nós pisamos terreno desconhecido. A tradição já não é o que era. As regras sociais foram inventadas com o propósito de se poderem medir as reacções do outro. É um código de linguagem cifrada que nos permitia enviar mensagens ao vizinho, sabendo de antemão qual seria a resposta. Ninguém corria riscos e toda a gente ficava contente. Essa estabilidade já não existe, e exige uma adaptação constante a novos códigos de conduta e a novas linguagens que já não têm o dom da universalidade.
No entanto, não vejo que todo o quadro seja negativo. Para já porque considero que as mulheres são as grandes responsáveis pela mudança social do nosso tempo. Também somos nós que mais sofremos as consequências dessas mudanças, mas tudo tem um preço....O facto de termos recusado voltar ao fogão a seguir à segunda Guerra Mundial, alterou o mundo ocidental de uma forma que pode, inclusivé, provocar a sua extinção. Mas a evolução não é sempre sinónimo de sobrevivência. Recusámos ficar em casa a mudar fraldas. Recusamos casamentos de sacrifício. Mas também não acompanhamos os filhos, mas também não temos maridos que nos acompanhem na velhice, mas também trabalhamos o triplo relativamente aos nossos companheiros homens.
Como todas as alturas de mudança, também o momento actual tem sofrido contra-golpes. Todos os movimentos religiosos fundamentalistas, que existem em todas as religiões monoteístas, são um excelente exemplo disso. Em todas as épocas da história, os sectores perdidos se agarram a Deus, não interessa qual. Eu acredito que o homem conseguirá libertar-se de todos os ópios.Para lá caminhamos,não tenho dúvidas. Resta saber se conseguirá encontrar valores que lhe permitam viver em liberdade e igualdade.

17
Ago 05
publicado por parislasvegas, às 02:39link do post | comentar
Pró caso de ainda não terem reparado, pra mim, voltar foi uma machada e pêras. Vou recorrendo a pequenos esquemas para não me ir abaixo de vez - afinal macacos me mordam se eu não hei-de ser teimosa e mau-feitio ao ponto de me aguentar na vertical até Novembro!!! Hoje, pela primeira vez em muitos meses, vim pró escritório ao volante disto
:

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Não percebo porque é que o Xano tirou o CD do Marilyn Mason do carro!!!!O que eu curto mesmo é vir a cantar o "personal Jesus" a plenos pulmões com tudo a olhar pra mim na estrada!!!Aí fêmea! Cabelos ao vento e hard-rock nas orelhas!

Tive saudades deste carrito mai lindo. Não o quis guiar durante este tempo todo, porque ele estava com algumas manhas de idade (40 anos é obra!) e, não sei porquê, quando algum dos nossos carros tem de avariar, é sempre comigo, nunca com o Xano. Chego a interrogar-me se estes gajos têm alguma coisa contra serem guiados por fêmeas...Já andei a empurrar carros, já fiquei apeada nos sítios mais estranhos (o nome dos quais nem eu sei...), já conheço os procedimentos do "avariou-chama-mecânico-vem-me-buscar-ao-descampado" de cor e salteado....De maneira que não quis arriscar desta vez.Agora que ele veio com o "lifting" do mecânico, lá andei a curtí-lo pela estrada - it rocks man!

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publicado por parislasvegas, às 01:23link do post | comentar
Num dos dias agitados de Pequim, resolvi fazer realizar um dos desejos da filha do Xano, e lá nos metemos, as duas, na aventura de ir arranjar as unhas, sem falar uma pinga de mandarim....Com a mania dos desenrascansos e que me faço entender em qualquer língua, nunca pensei que esta ida à manicure se tornasse uma experiência tão etnográfica.
Procurámos um salão com bom aspecto, daqueles que parece que até varrem o chão todos os dias,e que não tivesse manchas de gordura nas paredes. Encontrámos. Entro e faço sinal que queremos arranjar as mãos. Para meu grande alívio, tinham um menu de unhas (um menu de unhas, meu Deus!!!) em mandarim e em inglês.
Lá escolho uma modesta "manicure francesa" pensando que tudo o que me iria acontecer seria limar as garras e ter alguém a pintá-las de rosa e branco. Mal sabia eu as quatro horas de sofrimento e imobilização que me esperavam....
Logo à abrir puseram-me isto nas unhacas:

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E eu pensei: "mau....que raio de merda é esta?". Foi aí que eu comecei a ver que as minhas habilidades de comunicação em mandarim poderiam não ser suficientes para me safar a umas unhas de 5 cm cada. Entretanto, já toda a trupe de manicures se tinha juntado à volta das nossas cadeiras (venham ver! brancas!) e olhavam pra nós como se fossemos o espectáculo mais apetecido do Zoo. (Olha já viste como as mulheres deles são feias? Já tinhas visto alguma assim tão magrinha?Repara bem na cor dos olhos daquela, aquilo são o quê? Lentes japonesas azuis?)
Foi aí que apareceu o "dono" da casa. O filho único da dona da loja. Um puto magricela com cabelo rapado, rondando os seus 12 anos. Entra, beija a avó, manda um arroto sonoro para anunciar a sua chegada, ignora completamente a mãe (que por sinal também o ignorava completamente) e senta-se à minha frente a analisar o "alien" que lhe caiu ali na loja, nem eu sei como....
Anuncia à geral que vai cagar (palavra d'honra, até sem perceber muito de mandarim, qualquer pessoa apanhava esta) e mete-se na casa de banho. Sinfonia de peidos, durante uns 10 minutos, com a avó e a maezinha da criança a terem ataques de riso a cada peido mais sonoro.
A criancinha lá acaba a banda sonora, volta a instalar-se na cadeira à minha frente e começa a exigir comida à avó (na China as responsabilidades de criação, educação e alimentação saltam sempre uma geração. Os pais só pagam, os avós criam). A avó saca de um "paper bag" da KFC e entafulha três pernas de galinha ao miúdo, assim sem aviso. Nesse momento percebo com uma clareza absurda, porque é que tenho visto tanta criança gorda nesta cidade.
Em cada criança gorda se aliam duas grandes obcessões chinesas: deixar descendência e comer bem. Um povo que combina estas duas pancadas psicológicas e que, ainda para mais só pode ter um filho (se sair rapaz à primeira, acabou-se. Se sair rapariga, ainda te deixam tentar o segundo. Nos hospitais é terminantemente proibido dizer o sexo da criança às grávidas. Os abortos de meninas escandalizaram até os comunistas...)está, sem se dar conta, a criar toda uma geração de gordos inúteis à sociedade. Inúteis, porque um filho único na China, por tradição cultural, não faz nada. Tem tudo feito. Como esperam que depois tomem conta dos negócios da família ou sustentem os mais velhos?
Distraída com o raio do puto, mais as reflexões político-filosóficas sobre a política de natalidade chinesa e o peso da herança cultural na educação dos miúdos, apercebi-me, demasiado tarde, que já ia com uma mão inteira de unhacas postiças de acrílico, com cerca de 2 cm cada (ai meu Deus!!!)

Não tive outro remédio senão sofrer em silêncio as outras duas horas que demoraram a reconstruir as unhas da mão direita, até ficar com as duas assim:

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Depois deste bonito serviço, ainda tive que discutir com a rapariga, porque ela queria encher-me a porra das mãos com brilhantes (olha, mas porque é que não queres? Fica tão lindo!Diamantes!!!!!), enquanto o senhor que manicurava a Carol sofria de um grave ataque de gases que, à boa chinesa, tratava de libertar em público. É mesmo assim - substâncias tóxicas dentro do corpo devem ser libertadas o mais rapidamente possível. O peido sai em qualquer altura, em qualquer lugar. Antes isso do que fazer mal a uma pessoa!!!os outros que se aguentem com o cheiro!

O resultado desta manicure etnográfica foi uma semana de imobilização total - é que não se consegue fazer ponta de corno com umas unhas daquele tamanho!Ao início nem conseguia acender um cigarro....

De volta a Kiev tive de me desfazer delas, ou seja, de parte delas. Cortei-as. O resto ainda cá está. É que isto é uma espécie de acrilico de secagem rápida que eu...não faço puta ideia como se tira esta merda das mãos!!!!


16
Ago 05
publicado por parislasvegas, às 07:13link do post | comentar
Pronto. Já cá estou outra vez. Não quero nem falar sobre isso. Esta posta é sobre Pequim.
Lá descobri, depois de muitas tentativas, que podia aceder ao blogger e postar, mas não podia visualizar a página depois de actualizada. Ainda consegui mandar uma posta, mas depois a artimanha deixou de funcionar e lixei-me.
Pequim em Agosto, em plena silly season, é demais. Foi a primeira vez que vi a cidade assim. Nota-se que está ligeiramente mais vazia, não há tantos engarrafamentos constantes, e o trânsito passa a ter mesmo horas de ponta (normalmente, qualquer hora pode ser hora de ponta), algumas das 14.000.000. almas que lá vivem vão MESMO de férias (eu que pensava que o conceito era desconhecido para os chineses) principalmente os que trabalham para empresas estrangeiras, que praticamente fecham no mês de Agosto, ou para as escolas ou etc.Mas já chega para se notar a diferença. Uma vez mais, alugámos um apartamento num dos centros da cidade (tomando a cidade proibida como "coração" de Pequim, podemos identificar vários centros, coincidentes com os pontos cardiais) e desenrrascámo-nos como se tivéssemos que ficar lá a viver para sempre. Salvou-me a empregada que conseguimos arranjar por 10 dias. Ela feliz de poder ganhar 50 euros em tão curto espaço de tempo, eu feliz por não ter que lavar louça e passar a ferro. É disto que eu gosto na vida - relações de simbiose positiva onde todos ganham...
E assim, enquanto eu sonhava com praia e sol (com a minha família a arranjar brochuras das últimas piscinas ao ar livre que abriram em Pequim - não chegámos a ir, mas isso agora não interessa...)andei 10 dias a apanhar com fumo de escapes, numa humidade de 90% (dificuldades respiratórias...) com um calor de matar qualquer um (quebras de tensão...) e que estragava qualquer peça de comida em 10 segundos de exposição à temperatura ambiente (diarreias várias, uma intoxicação alimentar mal cheguei a casa). O que me valeu foi compensar isso com convivência familiar o que, pode parecer irrelevante a maior parte dos meus leitores, mas se vocês vivessem a milhentos quilómetros do resto do pessoal com quem partilham laços de sangue iriam perceber. Claro que às vezes viver longe da família tem vantagens, depende da que nos saiu na rifa....
De modo que fui gozando aquilo que podia, no meio de muitas obrigações, horários e tudo o que nunca se quer quando estamos em férias. Como podem ver pela posta que enviei de Pequim, uma das coisas que mais me divertiu foi a tradução da propaganda oficial em inglês. Eu acho bem. Maior parte dos estrangeiros de Pequim, nem se apercebe que vive num país comunista. E isto no comunismo é suposto comerem todos. De maneira que acho muito bem que os camones percebam que não são apenas uma cambada de priviligiados que estão fora das malhas do "big brother" toda a gente está sob controlo e os camones também. A verdade é que ultimamente, tenho notado que a vida noturna naquela cidade tem cada vez mais ar de "faroeste" não sei onde é que eles vão buscar aqueles pintas, que têm ar de tudo, menos de estudantes,empresários e etc. Os camones na cidade têm cada vez mais ar de mercenários do que outra coisa. Estraga um coche o ambiente, mas torna as coisas bastante mais cómicas e interessantes...
Para além disso, não tirei lá muitas fotos "alguém" se esqueceu de limpar os cartões digitais da máquina. O tempo também esteve uma merda, sempre um nevoeiro constante, tal era a humidade e o calor. De maneira que não há lá muito para postar nesse aspecto.
Tive uma verdadeira experiência mística. Fui arranjar as unhas. É verdade, juro. Fui mesmo arranjar as unhas, afinal estive de férias. Mas isso é matéria para outra posta!

publicado por parislasvegas, às 06:32link do post | comentar
Sem comentários. Porra que merda de vida.

08
Ago 05
publicado por parislasvegas, às 02:00link do post | comentar
Afinal parece que consigo aceder ao blogger, pelo menos para deitar umas postas ca pra fora. Desculpem la o mau portugues, sem acentos, mas na China, nao ha muitos computadores que tenham a nossa acentuacao....Ja vi que talvez consiga postar, mas nao vou conseguir ver o que escrevi. Como sempre, em cada viagem a esta cidade, temos andado as voltas por sitios que ja conhecemos mas a descobrir coisas novas a cada centimetro. Umas das coisas que sempre me fascinou nesta cidade, tem sido a propaganda chinesa, e a quantidade de anuncios, avisos e etc que existem por toda a parte. Finalmente tenho algumas hipoteses de perceber o que dizem: parece que o governo chines decidiu abrir, em preparacao para os jogos olimpicos de 2008, e comecaram a traduzir a propaganda estatal toda para ingles. Bom, anuncios fantasticos como "controle o crescimento da populacao. Melhore a qualidade genetica das novas geracoes" e outras maravilhas do genero. A ver vamos se vou ter tempo para tirar algumas fotos a estas perolas de literatura estatal (a propaganda e um tema que continua a fascinar-me, como se pode ver pela quantidade de posters sovieticos que ja postei aqui) antes de regressar, para poder pespega-las aqui no berlogue. Ja chega de conversa, porque assim sem acentuacao nem coisa nenhuma isto nao e posta que se apresente. Boas Ferias!!!!!

02
Ago 05
publicado por parislasvegas, às 07:58link do post | comentar
10 dias de descanso dos justos...A praia, vou ficar a vê-la por um canudo. Como é que se diz em português?...."Valores mais altos se alevantam" não é?? Bom qualquer coisa do género.
Adeus e até ao meu regresso a um sítio do mundo onde haja acesso ao blogger.

publicado por parislasvegas, às 07:54link do post | comentar
Marinha

Na praia de coisas brancas
Abrem-se às ondas cativas
Conchas brancas, coxas brancas
Águas-vivas.

Aos mergulhares do bando Afloram perspectivas Redondas, se aglutinando
Volitivas.
E as ondas de pontas roxas
Vão e vêm, verdes e esquivas Vagabundas,
como frouxas
Entre vivas!

Vinicius de Moraes

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