Toda a gente sabe que, quando se anda com um mau feitio desgraçado, se atrai todo o tipo de azares, merdas cósmicas e etc. Acho que é a maneira da vidinha nos dizer que andamos chatos, irritantes e que merecemos levar com mais merda em cima. Quando as adversidades são enfrentadas com sentido de humor e cena é exactamente igual, mas dá pra escrever postas com mais espírito, tão a ver?
Bom, como sempre, o ataque de mau feitio teve como consequência uma série de quedas estúpidas. Quem se lembra de mim na adolescência, sabe bem o que eu quero dizer. Basicamente devo ter passado dois ou três anos a ir ao chão constantemente, e continua a acontecer cada vez que ando verdadeiramente stressada. Ainda não percebi porquê, mas deve ser daqueles castigos divinos que não têm argumentação contrária possível. De maneira que lá andei eu, caindo a torto e a direito, felizmente sem mais consequências do que ficar toda negra.
Com isso ainda posso bem, agora partir cenas é que não. Quer dizer, não estou a falar de ossos agora, estou a falar da fase seguinte: agora parece que tudo cá em casa se parte. Digo a coisa assim e não que ando a partir objectos, porque é assim mesmo que funciona a segunda parte-da-maldição-do-mau-feitio.
Passo a ilustrar com os exemplos mais recentes: ontem o nosso decantador resolveu que estava farto deste mundo cruel e, passado dois minutos de estar tranquilamente assente no balcão, resolveu dar o passo em frente suicidando-se com grande estrondo no chão da cozinha (nós estávamos noutra parte da casa). Hoje um dos cinzeiros que eu mais estimava (o meu primeiro presente para o Xano, nos primeiros tempos de Kiev) resolveu abrir-se ao meio, sem eu sequer lhe ter tocado.Ainda bem que a disposição melhorou 150% e que já é sexta-feira, ainda quero ter mobília pra levar prá França!