Histórias de uma portuga em movimento.
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Out 05
publicado por parislasvegas, às 01:47link do post | comentar
Cá estou, instalada já no meu novo apartamento soviet-style, mas (valha-nos isso) com espaço. Ontem cheguei à conclusão que nem com uma desinfestação profissional eu conseguiria alguma vez cozinhar naqueles utensílios e muito menos comer e beber naqueles copos, de modo que fui às compras "soviet-style" também: duas caçarolas pequenas, uma tigela para a sopa, um prato raso, duas chávenas para chá, um fervedor em inox e copos. Ainda me faltam talheres (tenho andado a usar de plástico, mas não me oriento com aquela merda) e umas colheres de pau.
Os cães estão melhores do que eu, adaptaram-se rapidamente à nova casa e mostram-se mais ferozes do que nunca com estranhos.Só espero não entrar em despesas e que não me mordam ninguém sem necessidade....
Passadas duas horas de luta com a merda da televisão, lá consegui ligar o DVD (que não deixei ir já para França), o que me livrou de mais uma noite a papar talk shows russos.
Vi os dois filmes dos "Anjos de Charlie" que eu agora só tenho cabeça para porrada e ficção-científica. Saravá aos realizadores que fazem estes filmes de merda e contribuem para a felicidade de gente a quem não lhes apetece pensar!
Hoje tenho a "Esfera" com o Dustin Hoffman e os "Aliens from the Deep" do James Cameron. Ando a ver se compro a colecção Tim Burton, pois não me importava de papar os filmes dele TODOS de seguida no fim-de-semana. Aquele "Cavaleiro sem Cabeça" foi um dos filmes que mais me fez rir em toda a minha vida.
Entretanto tenho coisas para contar em relação à vizinhança e outras aventuras surreais com a mudança e com os proprietários da outra casa, mas ando sem sentido de humor. A CM hoje não mora cá. Quando ela voltar, logo vos escreverá sobre essas coisas, daquela maneira irónica-trágico-sei-lá-o-quê que ela tem de expôr essas merdas. Hoje sou só eu, e estou triste. Isto há-de me passar, nem que seja a martelada de séries B de Hollywood...
Para quem não sabe, o meu Xano encontra-se, neste momento, a passar a fronteira para a Hungria, depois de ter feito cerca de 700 quilómetros ontem, dentro da Ucrânia. Diz que as pessoas da parte ocidental (os que falam só ucraniano - que prefazem a grande maioria dos residentes em Portugal) são tão simpáticas que, não estando habituado a isso, até estranhou. Ajudaram-no em todos os problemas que teve com o carro (direcção desalinhada depois de 300 quilometros de má estrada de montanha) e, muito embora apenas consiga comunicar com os locais em "broken russian" todos fazem imenso esforço para o entender e são hospitaleiros. Em todos os países ocorre este fenómeno, em que os naturais da Capital são sempre mais arrogantes e ligeiramente mais discriminatórios do que as gentes de cidades mais pequenas.
Vou dando notícias do percurso (agora Hungria, depois Áustria, finalmente Alemanha e França) e prometo que aviso quando o homem chegar a Paris.

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