Histórias de uma portuga em movimento.
07
Nov 05
publicado por parislasvegas, às 09:13link do post | comentar
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Isto não é carro de gaija???Quem disse que isto não é carro de gaija???
'Tou assim na dúvida entre o côr-de-laranja e o cinzento metalizado.Mas que vai ser carro para ESTA gaija ai vai simsenhóri!

publicado por parislasvegas, às 06:17link do post | comentar
Os protestos em França extravasaram para a Alemanha e Bélgica - ainda não ouvi nem um dos "descontentes" a conseguir exprimir-se de maneira a eu, e nós todos, conseguirmos perceber o que raio é que os putos querem. Mas isso talvez seja por terem todos entre 13 e 15 anos e por, realmente, não fazerem a mais pequena ideia a quem estão a servir.
Eu, que sou muito iqualitária e solidária, já me anda a chegar a mostarda ao nariz. Só percebo é que miúdos desta idade não são presos pelas polícias europeias, porque são menores. Percebo que miúdos desta idade não têm acesso a bidons de gasolina, porque nem sequer o dinheiro para a comprar, quanto mais idade legal para isso - alguém tem que lhes fornecer o combustível.Também não percebo porque queimam propriedade dos próprios vizinhos, desgraçados que, na volta, nunca vão ter possibilidades de repôr os automóveis perdidos, eles próprios desempregados e a viver do subsídio.
"No meu tempo", as revoluções faziam-se de cara descoberta.Com reinvidicações, com programa, com objectivos - quem quer que esteja por detrás deste movimento, não se quer mostrar. Por muito que eu acredite no Pai Natal, não acredito em movimentos sociais "espontâneos" - não com esta violência, não com esta dimensão.
Isto tudo para dizer que um movimento destes só favorece forças anti-democráticas, contribui apenas para termos uma Europa sem liberdades individuais e Estados altamente policiados - e quem quer que esteja por detrás desta porcaria toda, está a usar putos mal educados e meio revoltosos para servir os seus objectivos, sem se mostrar, claro. A mim parece-me uma técnica digna das velhas forças Nazis.
Queiram os deuses que o tempo não me dê razão.

publicado por parislasvegas, às 02:07link do post | comentar
Este foi um fim-de-semana cheio de acontecimentos, o maior dos quais, sem dúvida foi o nascimento da Ginga na noite de quinta feira. Tenho tanta coisa para dizer e ando sem tempo para escrever e sem cérebro para estruturar as ideias. Aqui fica um resumo meio atrasado-mental das coisas sobre as quais eu queria escrever um texto altamente intelectual:

1- as maravilhas de uma nova vida, relembradas pelo nascimento da Ginga, provando que este mundo não é um sítio assim tão desagradável. Aliás, se forem ver a foto da minha espectacular "sobrinha", basta o olhar de recém-chegada ao mundo para nos encher de esperança e de amor;

2-Amor que reencontrei este fim-de-semana em Paris, onde fomos assinar o contrato para a nossa nova casa, cheia de espaço para nós, famílias, amigos e novas aquisições familiares (a ver...). Foram dois dias cheios de carinhos e cumplicidades, eu a fazer a minha figura de bimba-que-veio-da-província, e o Xano a gostar de mim na mesma...Jantares no Quartier Latin, passeios nos campos elísios, reconhecimento de terreno, eu baralhar-me com as ruas, com os franceses, com aquelas dimensões enormes, a ter vontade de chorar quando entrava nas lojas lindas e me tratavam bem (quer dizer - normalmente-dizem bom dia às pessoas, pronto) e o meu Xano a gostar de mim na mesma...Lá fomos espreitar carros, a ver o que se pode comprar para o trânsito endiabrado de Paris, depois de termos assinado o contrato da nova casa, depois de eu ter visto a minha nova xafarica, depois de ter visto a xafarica do Xano, um passeio ao castelo de Versailles e eu outra vez toda baralhada com tanta coisa nova, tanta mudança e tanta vontade de estar lá já amanhã...

3- No meio do passeio idílico a Paris, os problemas de França, os motins espalhados a nível nacional. Ouvir os políticos franceses dos vários quadrantes a falar -articulados, preocupados.Ouvir as pessoas normais nas ruas a falar - articuladas, preocupadas. Ninguém a dizer asneiras numa altura destas, mas também ninguém a resolver nada. Sentir a nação paralisada pelo pânico da percepção que "estes" não vêm de fora. "Estes" são franceses, "estes" são os que foram educados pelo nosso sistema, são os que sabem que nunca vão ter oportunidades, são os que têm os pais desempregados de longa duração, são os que têm as mães em casa que não os conseguem controlar, porque um puto destes, a partir dos 10 anos já tem autoridade famiiar para bater na mãe. Vi mães africanas a enxovalhar mães muçulmanas, sem compreenderem, com a sua cultura onde as mulheres têm todo o poder dentro da família, como pode uma mãe não conseguir controlar uma criança de 15 anos...No meio de tudo isto, quem poderia trazer alguma coesão à população - O Presidente - fazia de autista e recusava-se a comentar a situação.Sei que entretanto já o fez.Não entendo é como foi preciso 11 dias para se decidir. A República tem razões que o comum dos mortais desconhece, concerteza - mas os franceses, de todas as cores e todas as religiões reagiram primeiro pedindo paz e unidade.

4- Fazendo figura de burgueses, íamos a caminho da Notre-Dame para jantar, na noite em que foram incendiados os carros no Marais. Ficámos presos num engarrafamento sem perceber lá muito bem o que se estava a passar, enquanto dezenas de carros de polícia passavam a toda a velocidade, serpenteando os outros veículos imobilizados.
Tina - não me digas que já cá chegou a confusão..
Xano - ó amor que disparate, isto é o Marais, pleno centro da cidade, isto ainda é França, não estamos em Portugal...
Tina - Há um ano estávamos nós em plena revolução na Ucrânia - lembras-te? Devemos ter qualquer coisa que atrai estas merdas.
Xano - olha que eu já pensei nisso. Revolução por revolução, devíamos ter ido pra África, sempre é mais quentinho...
Pois é, mas agora parece que as grandes convulsões sociais vão mudar-se outra vez para o novo mundo. Aguardamos as cenas dos próximos capitúlos - como pode uma Europa, desgastada e em plena crise económica, manter o seu modelo de Estados-Sociais???Qualquer pessoa habituada a gerir uma casa de família, pode fazer as contas e ver que o dinheiro não é elástico. Se há cada vez menos contribuíntes e cada vez mais dependentes de subsídios e pensões, parece-me claro que está tudo estragado.Não é preciso ser economista. Mas também não é preciso ser economista para ver as injustiças crassas na redistribuição de riqueza.Não podemos querer um bom sistema de apoio social se a classe que ganha não se prontificar a dar uma parte dos seus lucros para o bem geral. Os senhores burgueses de Paris vão se aperceber disso rapidamente, já cheira a queimado à suas portas.

publicado por parislasvegas, às 02:01link do post | comentar
Vista do apartamento do Xano:


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Aqui a minha também é talequali....

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