Histórias de uma portuga em movimento.
29
Dez 05
publicado por parislasvegas, às 04:03link do post | comentar
Finalmente tenho televisão portuguesa. Isto é, quando entro num blogue tuga, posso perceber quem raio é o Alexandre Frota e o Castelo Branco, o que quer dizer "esquadrão G", D'ZRT e "Morangos com Açucar".
Como podem calcular, ando chocada com tanta imbecilidade junta. O meu cansaço cerebral deve estar a impedir-me de achar piada e conseguir fazer humor com a estupidez alheia. De momento só consigo ter pena. Pena daquelas pessoas, coitadas, como a Manuela Moura Guedes, que dizem chorrilhos de asneiras com um ar muito sério, convencidas que são inteligentes. A tipa saiu do ar (Saravá!), mas nem assim deixa de fazer merda. Como sub-directora do Departamento de Informação da TVI, obviamente que continua a ter responsabilidades na verdeira caca que a estação espalha todos os dias, em todos os noticiários.
Quando vivia em Portugal, divertia-me a gozar os tiques, os pontapés na gramática, e a estupidez natural das figuras mediáticas de merda em que esse país é fértil. Dir-se-ia, o verdadeiro estrume que alimenta o crescimento da mediocridade na nossa sociedade. Basta olhar para alguns pseudo-jornalistas, ouvir alguns pseudo-comentadores e atentar na bosta de Jet-Set que aparece nas revistas côr-de-rosa.
Agora, que estive afastada (diria mesmo protegida) da diarreia mental dos mérdia nacionais durante tanto tempo, está a custar-me encarar a coisa com uma boa gargalhada. Isto passa-me. Daqui a umas semanas já estou a fazer piadas com as desgraceiras portugas. Mas por agora, só consigo ter pena.
Será que cada povo só tem MESMO o que merece??Eu não tenho assim tão pouca consideração pelos meus patrícios...

28
Dez 05
publicado por parislasvegas, às 03:55link do post | comentar
Quem quiser ir dar uma espreitadela à aldeia onde vivemos:
Chavenay é uma aldeia tranquila que fica no Departamento 78, Les Yvelines, no cantão de St Nom la Bretèche, e sob administração da Marie de Versailles,  a cerca de 22 Km do centro de Paris. Para além das actividades de agricultura biológica e do cultivo de forragens para alimentação animal, existem centros hípicos,o que dá uma beleza especial à paisagem, sempre pontilhada de cavalos.
Rodeada de campos de golfe por todos os lados, esta aldeia é uma península habitada por uma percentagem considerável de estrangeiros que são encorajados a participar nas actividades comunitárias. A nossa caixa de correio está constantemente entupida com folhas informativas sobre vendas de caridade, visitas guiadas à região, com direito a pic-nic e coisas do gênero.
Quem diria que nós iríamos escolher um sítio assim para viver??
Devo estar a ficar velha...

publicado por parislasvegas, às 02:50link do post | comentar
Uma das razões pelas quais é bom ter um blogue: fui aos arquivos de Dezembro de 2004. Que confusão que a minha vida andava!!!
Mesmo com a casa com tralha espalhada por todo o lado, com a neve que nos veio visitar (como se já tivessemos saudades,caraças...), com os miúdos cá a acampar (ainda não dá para mais) e com o escritório a funcionar com 20% dos funcionários, Paris é um descanso!!!
Para já não há nenhum processo revolucionário em curso, o que ajuda bastante. Depois, este ano, o puto só veio constipado. Ao menos não apanhou varicela, sarampo e coisas do género. O facto de termos passado o Natal tranquilamente sozinhos também ajudou a ter menos confusão e menos trabalho.
Ao início pensei que iria ser ligeiramente deprimente, mas com o espírito com que temos andado, isso revelou-se impossível. Uma sessão de Karaoke que durou até às cinco da manhã acabou por ser o coração das nossas celebrações de Natal. Quem não tem cão caça com gato.

27
Dez 05
publicado por parislasvegas, às 08:45link do post | comentar
Porque é que o gajo que trabalha comigo insiste em chamar-me um nome que não é o meu?
Porque é que todos os papéis que entraram hoje no escritório têm um "à atenção da Dr.ªCM" no cabeçalho???
Bem, bem, bem, bem, bem.
Ai, ai ai ai ai.
Olhe que não Dr, olhe que não.

publicado por parislasvegas, às 08:29link do post | comentar
Fui obrigada a mudar de pele novamente. Isto porque os comentários da pele anterior não estavam a funcionar lá muito bem. Para além da dificuldade em comentar (o que exige tempo e pachorra que vocês não têm obrigação de ter), depois de postados, os comentários raramente apareciam. Espero que este funcione melhor.
De qualquer forma, tenho estado a pensar em alojar este blogue noutro sítio. Se alguém souber como se transferem os arquivos do blogger para outro servidor, diga qualquer coisa. Já comprei um espaço com a France Telecom e vou ter página pessoal, a funcionar muito melhor do que o blogger. Mas o problema é que não me apetecia perder um ano e meio de disparates. Afinal, sempre é muita diarreia mental junta, que nem sei se consigo reproduzir, ao mesmo nível fino e distinto, pois a pancada que eu vou ter em Paris, vai ser forçosamente diferente da que tive em Kiev....
Eu sei que estas constantes mudanças são uma chatice. Mas dizem que os blogues imitam a vida, não é??Ou seria outra coisa qualquer???

publicado por parislasvegas, às 04:14link do post | comentar
Ora já cá faltava mais uma posta de balanços....
Estas postas são ligeiramente ridículas, porque cheiram e sabem sempre ao mesmo. Mas uma das razões que me levou a manter este blogue tanto tempo, foi o contributo que o mesmo dá à racionalização dos eventos que passam por mim nesta vida, e este balanço cai dentro dessa categoria.
Iniciei este ano com uma tensão desalmada, a organizar um casamento em Pequim e a pensar na nossa candidatura para mudança de país.
Os dois acabaram por correr muito bem.
Tenho a dizer que, deste ano de 2005, o que mais me marcou, pessoalmente, foi realmente o festejo da nossa união. Passados quatro anos de vida em comum, resolvemos juntar as nossas declarações de impostos (única vertente deste passo que foi disparatada...). Para comemorar isso, arrastámos 30 pessoas, algumas vinda do cú de Judas (de Portugal, pois) a Pequim e daí para Shangai.Ainda não sei se o mais estranho foi a festa em si, com certa de 35 amigos de 20 nacionalidades diferentes, ou a Lua-de-Mel, acompanhados de pais, tios, primos e filhos. Seja como fôr, adorei e quero repetir. Eu e o Xano ainda temos que casar outra vez, em Portugal, mas isso fica para 2006. Gostava de organizar uma festanga com comezaina e rios de bom tintol para festejar com os amigos e família que não puderam estar na China connosco. É mesmo só para curtir, uma vez que a papelada está toda assinada e não há mais ceremonial. A menos que o Xano queira o tal monge budista...
Nessa altura, ao stress do casamento juntou-se o stress da candidatura. Assim que regressámos da China e ainda meio jet laged, tivémos que puxar pelos neurónios e tentar medir relações de poder, competência, prós e contras para a carreira e vida pessoal, de modo a elaborar as listas, por ordem preferêncial,  com os países onde queríamos trabalhar a seguir. Paris estava em penúltimo lugar, mas acabou por se revelar uma surpresa agradável.
Acabámos por pôr Paris em penúltimo lugar por várias razões - primeiro porque eu não queria viver aqui. Achava que a cidade era desmesuradamente grande e que o choque civilizacional iria ser terrível para quem vinha da Ucrânia. E é verdade.Mas agora que já cá estou há três semanas e já me passaram os ataques de choro no supermercado (choque perante a abudância) acho que foi óptimo termos vindo e que vamos cá estar bem felizes da vida. Segundo, porque pensámos que haveria uma concorrência terrível, e que isto não era para o nosso dente. O que também foi verdade, mas afinal provou-se que o respeito profissional que têm por nós não é assim tão reduzido como pensávamos.
Passados três meses em stress, lá soubémos que nos tinha saído Paris na rifa. Fiquei cheia de boas intenções, pensava estudar sobre o país e a cidade, ver mais filmes franceses, começar a preparar a minha transição para a civilização. Pensava pois, mas não consegui. Um acidente e vários tropeços de percurso, fizeram com que eu passasse maior parte deste ano a trabalhar alucinadamente, sem grande tempo para grande coisa.
A nível de viagens, lá consegui ir a Portugal, uns dias. Sem fazer nada de especial,mas a encontrar família e amigos. Para além de Pequim (3 vezes em 2005!!!!) e Shangai, ainda consegui ir a Amesterdão.Infelizmente sem praia.Foi o meu terceiro ano sem praia, mas a culpa é exclusivamente minha. Projectos vários me têm arrastado até à Ásia em partes que não são tropicais...Passei por Moscovo (graças a Deus não durante muito tempo) e o resto do tempo foi passado em Kiev, à espera do grande dia da saída.
A partir de Setembro, a minha vida começou a patinar largamente na maionese com os preparativos para a mudança, até que em Outubro, fiquei sem nada e mudei-me para um apartamento soviético ranhoso e etc...essa história vocês já sabem.
Consegui vir acabar este ano em Paris, o que já não é nada mau. O novo ano de 2006, espero-o recheado de espetáculos, bons filmes, bons livros e excelente comida.
De cinema quase que não vi coisa nenhuma, e o que vi foi tudo  na sala lá de casa. Detestei o "million dolar baby" e fiquei muito desiludida com o Clint. Vi muitos filmes antigos de que gostei, "the salton sea" por exemplo.
Houve outros, muito levezinhos que cumpriram bem a sua função de entertaining como o "Ocean's Eleven" e o "Ocean's Twelve". Como vêm, nada de especialmente intelectual.  O máximo a que cheguei de cinema de autor, foi ter conseguido uma cópia do "Vou para casa" que já é antigo, mas que só agora consegui ver.
De livros, não vou falar com muito detalhe.Considerando que leio um ou dois por semana, não vos vou estar a chagar com o que gostei ou não. Da tralha toda que li este ano aconselho vivamente os seguintes:
 
 1. Yan Mo, Le maitre a de plus en plus d'humour, ed.Broché - relato da China contemporânea, uma visão crítica, ternurenta e humorística da adapatação da sociedade chinesa ao novo Capitalismo;
2.Daniel Manson, O Afinador de Pianos - escritor jovem, que me surpreendeu pela qualidade da escrita. Romance que espelha a atracção que o Sudueste Asiático pode exercer sobre um ocidental. Obrigado ao Riki e à Blimunda pelo empréstimo;
3. Andrey Kurkov, A Matter of Life and Death, ed.Harvill Pr - a tal história que já contei neste blogue, sobre um homem em plena depressão pós-soviética que contrata um assassino para o matar. Excelente.
 
Uf, nem sabem o trabalho que me deu, escolher só três....
 
Apesar de ter passado um 2005 bastante enervante, acho que o ano não correu nada mal. Para 2006 quero paz. Muita paz, e que o resto me corra tão bem como neste ano.
 
A todos desejo MUITA PAZ, MUITA SAÚDE, MUITO AMOR e, já agora, muitas daquelas coisas com que se compram os feijões. UM 2006 DE ARROMBA!!!!

23
Dez 05
publicado por parislasvegas, às 07:15link do post | comentar
Enquanto almoçava hoje, começo a ouvir a seguinte conversa, meio berrada: "Pois é pá, já cheguei. Não, estou mesmo mesmo no centro de Paris, aqui mesmo ao pé da Torre Eifel.Está um frio incrível, pá".
Não foi preciso levantar a cabeça do prato, para perceber que quem estava à minha frente a falar ao telemóvel era um senhor africano. O sotaque coimbrão e a correcção gramatical do português já só são utilizados pela elite Angolana. Português de Luanda, o melhor que conheço. Dominada pela curiosidade, levanto a cabeça - Bingo!Africano pintoso, vestido de Armani a falar num telefone de última geração.
A conversa continua: "nem vais acreditar no que estou a fumar!SG Gigante! Isto é fantástico! A sério, comprei aqui no quiosque do lado. A dois euros e quarenta. Dói um bocado, mas vale a pena - é SG Gigante pá!"
A conversa termina e chegam a mulher e filha do senhor em questão, envoltas em visons e cheias de compras, prova provada que os lucros dos diamantes e petróleo ficam apenas nas mãos de alguns.
No entanto, mesmo carregadas de sacalhões Chanel e Gucci, ambas tinham aquele ar triste e enjoado característico das pessoas ricas em geral.
 O homem não. Estava feliz da vida. Entre os seus dedos fumegava calmamente o bom do SG Gigante.

publicado por parislasvegas, às 04:43link do post | comentar
Ontem fomos jantar com um amigo nosso que eu não via já há cinco anos. Primeiro porque este meu amigo esteve na Guiné-Bissau, depois porque regressou pouco tempo a Portugal e foi para Teerão, quando regressou do Irão estava eu na Ucrânia e, agora finalmente, encontramo-nos em Paris, onde ele também está a viver e trabalhar.
Juntamo-nos num restaurante Thai, altamente confortável e simpático e instalámo-nos para um jantar cedo, a dia de semana, no meio dos franciús todos que ali vão à procura de uma emoção exótica.
Passado 10 minutos de estarmos juntos já se trocavam histórias da Guiné (e não, não incluíram frases como "baratas dessssttttteee tamanho"), do Paquistão, do Irão, da China, da Tailândia e da Ucrânia.
Começámos com a risota total a relembrar os cagaços que já todos apanhámos a viajar em Tupolevs a cair de podres, o meu amigo falou dos tempos da primeira Guerra Civil da Guiné, quando o Nino foi deposto. Das tentativas de bombardeamento a um avião onde o meu amigo seguia, e de como vários passageiros acabaram a sujar as calças. Não se sabe o que será pior, o susto de passar uma situação destas, ou o cheiro dentro do avião...passámos para as nossas aventuras nos barcos a cairem de podres, nós no Mekong, o meu amigo nas águas guineenses. As viagens do nosso amigo à fronteira do Irão com o Afeganistão, onde os traficantes de ópio e heroína andam com a kalashnikov ao ombro. As festas que todos acabamos por ter em casa quando não há distrações, cinema, televisão, teatro, óperas e etc. Os doidos que se conhecem em toda a parte do mundo. Como o casal formado por um médico americano e um diplomata alemão que nós conhecemos numa ilhota perdida no Pacífico, ambos a viveram em Dunshanbé, e completamente passados da moleira.
Divertimo-nos que nem uns doidos com histórias de sítios perdidos e situações alucinantes.
O nosso amigo está em Paris há um ano. No fim do jantar, diz-nos, à laia de remate da conversa, que o nosso tempo de histórias interessantes acabou. Aqui não há nada para ver, nada para contar. Isto é uma cidade enorme, onde é difícil fazer amigos, os estrangeiros que cá estão a viver não fazem ideia do que é passar sem supermercados ou não poder ir ao cinema. Ele,que viveu durante três anos num país onde a música ocidental é proibida, não consegue achar piada a isto, tão livre e tão normal, que não existem aventuras para ser vividas.
A verdade é que já tinha pensado nisso várias vezes. Esse é o dilema do conforto. A vida torna-se bastante mais fácil, mas bastante mais chata. Por enquanto, prefiro viver assim, posso sempre viajar a sítios estranhos quando quiser "aventura". Agora ando a  gostar de estar sossegada. Preocupa-me o facto de existir o perigo evidente deste blogue ficar chato, por falta de assunto ou de estímulo à imaginação. Mas penso que isso não depende de Paris, isso apenas depende de mim.

22
Dez 05
publicado por parislasvegas, às 07:04link do post | comentar
Ontem, finalmente, decidi-me ir à procura de enfeites natalícios (a criançada chega dia 26 e convém ter a decoração "in place") e de alguns presentes mais urgentes, também para os miúdos.
Bolas que ia morrendo! A FNAC em plena convulsão, aquilo parecia uma revolução popular, cheia que nem um ovo, com filas intermináveis para as caixas.
O resto das lojas não estavam melhores, uma parafernália de mães e criancinhas por todo o lado, famílias inteiras aos berros porque não se entendiam quando aos presentes, grande espírito natalício hem??Paz aos homens e inferno familiar...Que fantástico!
Estes quatro anos de Kiev retiraram-me as memórias do Natal do consumo.
Nunca apanhei confusão, para já porque não havia grande coisa para comprar. Depois, porque o Natal Ordotoxo é a 6 de Janeiro e acaba por ser desencontrado da data católica. O que fazíamos (porque passámos três dos quatro natais lá) era juntar o pessoal todo que estava longe da família, comprar umas prendinhas absurdas e simbólicas para todos, comer que nem uns desalmados e contar histórias de aventuras natalícias nas nossas partes do mundo. Todos os anos foram uma mistura de mussaca grega, com bacalhau, zampone italiano, chouriço espanhol e panettone no fim, tudo regado com belo tintol portuga.
Aqui, meu Deus, os templos pagãos cheios de supostamente bons cristãos a gastar o subsídio até ao último tostão. Que ridículo. Já pensaram bem na figurinha triste que fazemos todos???
Grande parte de nós até dizem: pois, eu não ligo muito e tal, é mais pelas crianças. Já reparam como os putos se transformam em verdadeiros vampiros chantagistas nesta altura do ano???Já não há surpresas, nem magia. Eles têm que ter a certeza que vão receber isto ou aquilo que viram na televisão, senão têm ataques de birra e amuo a seguir ao jantar de natal.Se os meus me sairem assim, os natais vão ser passados ao estalo...
E então onde fica a celebração da paz na humanidade? Se o ramadão é respeitado dessa forma por todos os povos de cultura muçulmana. Se mesmo os não-crentes que vivem em países onde se celebra o ramadão o respeitam como uma celebração de paz e de harmonia de vida, como raio sucumbimos ao materialismo desta maneira? Como podemos dedicar-nos a amar a nossa família, no meio da discussão sobre as meias pra oferecer à tia, irritados com as filas dos centros comerciais, desnorteados com o dinheirinho que nos está a sair da carteira e vai levar os próximos seis meses para repôr?
Amor entre os homens, lembram-se? Sem decorações coca-cola, sem presentes caros. Mostrar aos que nos rodeiam que nos são queridos. Sentarmo-nos em volta de uma mesa e partilhar mais do que a comida. ´
Mesmo sem maior parte dos meus ente-queridos, é isso que vou ter este Natal.
O meu primeiro "Noel à Paris" vai ser passado numa de amor e de simplicidade.
 Boas Festas, caguem nas compras e sejam felizes!

19
Dez 05
publicado por parislasvegas, às 08:53link do post | comentar
Só reparei mesmo que estamos às portas do Natal por causa das decorações em Bona - os alemães, povo de gosto refinado e anões nos jardins, adoram a panóplia de renas de neón e pais-natais mecânicos, bonecos articulados de todo o estilo e luzes a piscar por todo o lado. Aqui em Paris as ruas estão decoradas de uma forma espantosamente discreta e, para dizer a verdade, ando demasiado auto-centrada na mudança para reparar em seja o que fôr...
Este fim-de-semana bateu-me com uma intensidade fenomenal a consciência de que é, realmente, Natal. E não tenho decorações em casa, e não comprei presentes para ninguém. A única família que vai estar comigo nesse dia é o meu Xano.Ainda não fiz planos para o que é que vai ser o jantar ou para tentar decorar minimamente a casa. Não percebo o que se passa comigo...
Posso desculpar-me de mil e uma maneiras: que decorar a casa é a minha última prioridade, quando ainda nem sequer tenho as camas todas para deitar o pessoal. Que ainda ando a desempacotar caixotes, que ando a comer refeições prontas de micro-ondas todos os dias, sem tempo para cozinhar normalmente, quanto mais para decidir ementas natalícias.
Mas não tem desculpa. Hoje vou tentar fazer a minha árvore de Natal. A árvore já sei onde está, agora as decorações é que tem sido difícil. Não faço ideia onde andarão as putas dos anjinhos e das bolinhas, concerteza nalgum dos 60 caixotes que ainda andam por abrir...Lá terei que ir comprar novas..
Quanto ao jantar de Natal, acho vai ser completamente inortodoxo. Talvez uma mariscada, com alguns pratos libaneses à mistura.
Apesar de andar ligeiramente triste, porque não vou conseguir estar com a minha família (como já vem sendo hábito...), ando com um gozo secreto de não andar em filas de lojas e no meio das confusões da compra de presentes. Além disso, muitas das coisas que eu queria comprar para oferecer já esgotaram, acho que vou fazer as compras todas em Janeiro, já com bons preços e com a escolha toda.
Allways look at the bright side of life!

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