Esta semana temos vivido num universo estranho, que tem incluído viagens no espaço, camiões a explodir mesmo à nossa frente, visitas a casas assombradas com direito a fantasma personalizado e outras loucuras do gênero.
Se até os adultos saem tontos destas coisas todas - eu saí excitadissíma da viagem à Lua de Endor, num transportador do Star Wars - imagem as crianças!
Juro-vos que aquilo é realista até dizer chega - viajamos em warp 5, até sermos atacados pelos caças do império. Felizmente, os Jedis vêm salvar-nos e o nosso R2P2 lá consegue reparar a nave e aterramos em segurança. Maior parte dos adultos ou saem de lá alucinados (como eu) a querer "viajar" outra vez, ou meio-verdes e enjoar valentemente - nem toda a gente é feita para viagens inter-estrelares, não é verdade???

Como o M. ainda só tem seis anos, e ainda anda naquela saudável confusão entre fantasia e realidade, achámos melhor levá-lo a ver um filme sobre os truques de efeitos especiais, nomeadamente a explicar como o Lucas faz os seus extra-terrestres e as suas naves espaciais. Fomos então ao Géode, que é a bola que se vê aqui em cima, basicamente uma sala de cinema em que o ecrán é a parte de cima da esfera e nós estamos quase deitados a ver a projecção. Enjoa um bocadinho, mas é muito fixe. Percebemos que o puto ficou bastante chateado quando descobriu que os monstros são feitos por computador e com marionetes, de maneira que ficou combinado não lhe destruír mais mitos e deixá-lo curtir os próximos dias na Disney sem lhe explicarmos como funcionavam as coisas.
No dia seguinte, lá rumámos à Disney (que fica a uma hora de carro da nossa casa), aquilo é mesmo grande a sério e há sempre horas e horas de espera para todas as atracções. De maneira que tivémos sorte, porque estava um frio de rachar e as pessoas desistiam das filas a meio da espera. Começámos logo a abrir pela casa assombrada.Aqui encontrámos diversos fantasmas holográficos, feitos com as últimas tecnologias, que são tão reais, mas tão reais que até a mim me impressionaram. Claro que tivémos que desistir da combinação feita no dia anterior e explicar ao pequenito que aquilo era tudo feito com truques de cinema e que os fantasmas não existem.
Outro mito que tivémos que destruir, porque o miúdo acreditou mesmo naquilo, foi convencê-lo que o Cinema a três dimensões era mesmo só CINEMA. Imaginem o realismo daquilo para o miúdo ficar convencido que tinha tido uma cobra gigante a sair do ecrán para o comer, que tinha tido ratos nos pés e que um cão gigante lhe tinha MESMO espirrado para cima (é espectacular - até a baba do cão nos molha e tudo....). Eu, que sou adulta e sei que aquilo é apenas uma técnica de projecção, dei um salto na cadeira quando uma maquineta se veio estilhaçar mesmo nos meus óculos....
Outra coisa que é interessante fazer (e não, esse não destruímos a ilusão) é viver um tremor de terra, acompanhado de uma inundação, num "set" de filme, para além de ficarmos a saber como aquilo se faz, temos a sensação de estar em pleno filme, o que é muito giro. Só não gostei muito foi das explosões, acho que eu me assustei mais do que os miúdos...
De resto andámos a passear pelo Castelo da Bela Adormecida, fomos ao labirinto da Alice, ao Oeste Selvagem americano, andámos de comboio numa mina do Oeste, fomos ao covil dos piratas das Caraíbas, à casa do Robison Cursue, eu sei lá! Vivemos dois dias dentro de um filme.
O próximo post será sobre o lado negativo do parque.