Histórias de uma portuga em movimento.
18
Mai 06
publicado por parislasvegas, às 15:13link do post | comentar | ver comentários (10)

Segundo dia de largar o vício e nem um cigarrinho nas últimas 48 horas. Ando a portar-me muito bem, a ser uma linda menina e a sofrer horrores com os efeitos secundários da desintoxicação. O facto de andar com substituição da nicotina não me faz ter "ressaca" física do tabaco, o que é muito bom. Por outro lado, ando constantemente a comer e...consequentemente, sempre com vontade de ir à casa de banho...

Mas o pior efeito secundário, sem dúvida, é a "ressaca" psicológica que faz querer matar alguém permanentemente.Meditando sobre isto tenho uma questão a pôr à D: Por acaso, nos "crimes elementares" não há nenhum que diga - "Mateio-o(a) porque estava a deixar de fumar" ????

É que apetece...

Parece que a fase mais difícil acaba a partir de amanhã?...Espero bem.

 

 

 


17
Mai 06
publicado por parislasvegas, às 14:38link do post | comentar | ver comentários (3)

Acabei de ler no "Le Monde" os resultados do visionamento do filme pela imprensa, no Festival de Cannes.

Cerca de dois mil jornalistas assistiram à película, oscilando entre os ataques massivos de riso e as assobiadelas.

Tá garantido o sucesso em França...

E agora vou trabalhar porque é pra isso que vocês me pagam.


publicado por parislasvegas, às 13:57link do post | comentar | ver comentários (4)

Acabo de chegar do meu supermercado favorito - não me dá jeito nenhum ir lá às compras, porque não posso levar o carro e tenho que atravessar dois quarteirões a carregar com as mercearias , mas este "sacrifício" tem as suas compensações: é o supermercado mais "étnico" que eu conheço em Paris, uma tradução gastronómica da confusão racial deste bairro.

O bairro em si é chato - só embaixadas e respectivas residências, sem animação nocturna e cheio de lojecas pseudo-finas , mas a multiplicidade de nacionalidades e costumes que aqui se juntam, obrigam a colorir as prateleiras do supermercado com todo o tipo de comidas: tremoço e super-bock , pampaduns indianos, vermicelli vietnamitas, molhos italianos, fiambres Kocher e cogumelos chineses. Para o tipo de refeições que fazemos lá em casa é o ideal .

Hoje trouxe harissa que é  um molho picante que se come em todo o Norte de África, com excepção do Egipto onde a harissa é um doce (esta história dava outro post , mas pronto), pampaduns , pesto genovese e hóstias de camarão vietnamitas. Mas o ponto alto da expedição ao supermercado foi ter encontrado agriões!

O nosso jantar vão ser umas espetadas de peru temperaditas com harissa , acompanhadas de uma bela salada de agrião. Papaia e Manga para sobremesa.

Esta posta é irrelevante, eu sei, mas aguentem-se que eu preciso de fazer qualquer coisa para me distrair ....

 


publicado por parislasvegas, às 10:12link do post | comentar | ver comentários (10)

Resistindo à tentação de acender o cigarrinho matinal, pespeguei-me o selo de nicotina e seja o que Deus quiser.

 A primeira hora com o selo não foi fácil - náuseas , comichões e salivação excessiva (sintomas de sobre-dosagem ). No entanto não vou baixar a dose do selo, porque passado três horas de o ter na pele, já tenho uma vontade monstra de fumar e já não sinto nenhum dos sintomas.

O meu Xano diz-me que passei do fumo ao chuto...é capaz de ter razão, mas é por uma boa causa.

Entretanto estava aqui a tentar perceber o raio posso eu fazer com as mãos. O que faz o pessoal que não fuma??? Ando  a rebolar canetas nos dedos, escrever à mão sempre que posso, dou por mim a fazer novelinhos com as mãos enroladas uma na outra...isto está bonito está...


16
Mai 06
publicado por parislasvegas, às 13:51link do post | comentar | ver comentários (3)

Estou aqui a ler um relatório sobre o comércio mundial da banana, cuja primeira frase é :

"This is a very tricky question."

Sem dúvida, sem dúvida...

 


15
Mai 06
publicado por parislasvegas, às 14:28link do post | comentar | ver comentários (9)

Na onda de atinar, procriar e outras cenas acabadas em AR, vou deixar de...fumAR.

Já comprei os adesivos e ando em fase de mentalização. A ver vamos a cagada que vai sair daqui.

 

Wish me luck!


publicado por parislasvegas, às 11:24link do post | comentar | ver comentários (4)

Cá estou de regresso depois de uma estada demasiado rápida no rectângulo. Como dizia há uns dias neste blogue, gosto de ir a Portugal para recordar porque saí, mas desta vez, bem me apetecia ficar mais tempo.

De resto fartei-me de curtir. Tirando os dois últimos dias que foram de loucos. Passámos grande parte de Sexta-feira no hospital com a C., que teve um ligeiro acidente na aula de educação física e precisou de raio-x (está tudo bem), e Sábado com o meu mais-que-tudo meio entrevadinho ('tou a brincar, mas o homem anda a passar mal da coluna..). Regresso a Paris no Domingo de madrugada, e resto do dia de cama com febre (eu) - deve ter sido a alergia ao regresso.

Agora cá me vou aguentando no escritório, onde faço questão de espirrar e tossir pra cima do pessoal todo. Já que vim trabalhar com febre, ao menos que me vingue!

O Zdd tinha razão: Amigo, pá! saí daqui quatro dias úteis e a casa não caiu! Portugal continua a ter política externa, e o Presidente não deu pela minha ausência - UAU! Como vês, ando a curar a moleira...

E pois, como sempre não me despedi de ninguém. Mas também não é preciso. Isto é só um até já, até porque a MI não tarda está cá fora e eu queria conhecer a miúda antes da puberdade.

Postitlilás: desculpa lá! não vejo o blogue enquanto estou aí, prometo que o café e pain d'épices ficam prá próxima!

 

 


05
Mai 06
publicado por parislasvegas, às 15:49link do post | comentar | ver comentários (5)

Já chega de dizer mal, porra! 'Tou um bocado farta da merda da conversa - é que já cansa! Estes cinco anos fora de Portugal têm-me feito muito bem em muitos aspectos, um deles é deixar de esperar que essa porcaria mude. Também já cheguei à conclusão de que não vale a pena espetar as pequenas manias e defeitos debaixo dos nossos próprios narizes. Sabemos que somos preguiçosos, invejosos, mesquinhos, irresponsáveis e chico-espertos. Que o governo nos rouba, ou se não fôr o governo, o grande capital, seja lá isso o que fôr. Ou então é uma questão de destino, de sina malvada de fado quinado.

Não vale mesmo a pena fazer como o MEC, crónicas sobre as maniazinhas portugas, porque a única coisa que se consegue é fazer rir o pessoal, enquanto pensam "é mesmo! é que é assim mesmo!". Isto vem a propósito da crónica MEC no último Expresso, onde o autor amaldiçoa a mania portuga de despejar em cima dos outros o relato daquilo que têm para fazer durante o dia. Irrita, pois claro. Mas o MEC anda a fazer crónicas destas há 20 anos e os portugueses continuam exactamente com as mesmas manias, ou ainda piores.

Mais vale encarar a realidade de frente: não mudamos porque não queremos, não nos apetece, não nos chateiem e pronto. A avaliar pelos grandes textos da blogosfera onde todos os autores são mais responsáveis, menos egoístas e mais trabalhadores do que todos os outros ( e aqui incluo-me, claro) Portugal não deveria andar na desgraça em que anda. Ao menos, poderia ser salvo por essa camada de gente inteligentíssima e trabalhadeira que são os blogueiros nacionais. Como nada disto acontece, parece-me mais lógico aceitar as coisas como elas são e deixarmo-nos de merdas e de sonhos de como tudo seria melhor se nos esforçássemos, se trabalhássemos, se tivéssemos melhor educação e etc. Não temos e ponto.

Já que toda a gente sabe identificar os problemas, mas ninguém é capaz de os resolver não vale a pena chafurdar em auto-comiseração. O Verão está à porta, meus caros compatriotas: façamos então o do costume: cagar prá crise e passar os dias na praia a mamar mines e a picar caracoles....

 

 


publicado por parislasvegas, às 09:12link do post | comentar | ver comentários (6)

Sou das primeiras pessoas que gozam com o encalhanço portuga da "saudade". Irrita-me quando ouço compatriotas nossos a dizerem que não conseguem viver fora e que têm sempre saudades, mesmo indo "à terra" quase todos os fins-de-semana. Irrita-me pronto.

Gabava-me eu de não ter saudades da pátria...E até certo ponto é verdade. Agora que não ponho os pés em Portugal há um ano, vejo que isto já não são saudades.

Saudades tenho eu de fazer a viagem de comboio nocturno Kiev-Odessa . Saudades tenho eu das viagens pelo terrenos pantanosos da Transnístria . Ou dos passeios de barco no Mekong. De Pequim e dos seus mercados caóticos. Dos passeios a pé por Roma, enquanto os condutores nos insultam por tentarmos passar nas passadeiras. Das tardes nas esplanadas de Veneza. Das noites nos clubes de Strip de Bangkok . Disto tudo posso ter saudades.

Mas a ausência de Lisboa dói-me. Dói-me de uma maneira que não podem ser saudades, como uma paixão que não é correspondida. Como se Portugal se tivesse esquecido de mim, dormisse comigo e nunca mais me telefonasse.

Tanto tempo de ausência e a privação de estar com amigos e família fazem com que eu já sinta uma espécie de raiva, despeito ou mágoa profunda por estar sempre "fora".

No entanto, estou muito optimista. Acho que uma semana em Portugal vai curar-me desta estupidez. Aposto que 8 dias no meio da confusão lisboeto /suburbana vão dar-me uma vontade irresistível de regressar a Paris ou de ir para o raio-que-me-parta .

O que quer dizer que não preciso de ir a Portugal regularmente apenas para ver os amigos e a família, também preciso de lá ir para me lembrar porque é que escolhi sair. Sem esse reality check " periódico perco-me e começo com o síndrome do regresso" comum a todos os migras portugas espalhados por esse mundo fora...

Por isso, a partir de amanhã, e quando nos encontrarmos, não se espantem por me ver com a lagrimazita ao canto do olho, não se espantem se vos parecer nervosinha , ou se eu fizer comentários parvos do estilo:" quem é a Barbara Guimarães??"Faz tudo parte... Acredito mesmo que as frases que vou utilizar mais vão ser "quem é esse?" e "ai é???". Tenham lá paciência...

 

 

 

 


04
Mai 06
publicado por parislasvegas, às 17:37link do post | comentar | ver comentários (1)

O SOL CHAMA POR MIM
(Mafalda Arnauth)

Abri minha janela e era dia
Já alto vi o sol que me chamava
Dizendo-me que a noite que em mim via
Por fim, já consumira o que bastava.
Que é já tempo de ir p’ra rua
Mas ir com alma nua
Que é dia e o sol chama por mim.

P’ra ir cantando
P’la rua fora
Um novo fado de alegria
Sem demora
Que o tempo é pouco p’ra se dizer
Que já é hora
Mas é hora de viver.

Despi o manto negro da tristeza
Das noites que cantei p’ra não chorar
E ergui este meu canto à beleza
Do tanto que ainda tenho p’ra sonhar
Não me digam que morri
Pois eu nunca esqueci
Que é dia e o sol chama por mim
.

sinto-me:

mais sobre mim
Maio 2006
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6

7
8
9
10
11
12
13

14
20

21
22
25
27

28
31


arquivos
2014:

 J F M A M J J A S O N D


2013:

 J F M A M J J A S O N D


2012:

 J F M A M J J A S O N D


2011:

 J F M A M J J A S O N D


2010:

 J F M A M J J A S O N D


2009:

 J F M A M J J A S O N D


2008:

 J F M A M J J A S O N D


2007:

 J F M A M J J A S O N D


2006:

 J F M A M J J A S O N D


2005:

 J F M A M J J A S O N D


2004:

 J F M A M J J A S O N D


pesquisar neste blog
 
subscrever feeds
blogs SAPO