Decididamente, o melhor filme que vi este ano. Realizado por Robert Guédiguian , um francês de origem arménia, o filme conta a história de uma médica francesa que se vê obrigada a ir à Arménia, em busca do pai que, velho e doente, resolve ir morrer ao país de origem.
Um filme sobre raízes e crescimento sentimental, que me emocionou até às lágrimas de tantas memórias que evocou - as cenas de gangs mafiosos, a música pop-melosa russa (da qual eu ainda me lembrava das letras), os casinos e discotecas decadentes - tudo isso é comum aos países da ex-URSS que cairam no capitalismo selvagem. Mas ao mesmo tempo, o filme tem uma visão optimista da situação, como se a falta de regras e o caos instalado fosse apenas uma espécia de "dores de parto" do nascimento de uma nação.
A banda sonora é um espectáculo e a fotografia recomenda-se.