Histórias de uma portuga em movimento.
06
Set 06
publicado por parislasvegas, às 10:57link do post | comentar | ver comentários (3)

Sempre que o tipo aparecia em qualquer programa de televisão, a nossa reacção lá em casa, era mudar de canal imediatamente. Aquela tanga do australiano que nasceu no meio dos animais selvagens e que passava a vida a tocar em bestas perigosas e a mostrar ao mundo que não tinha medo nenhum, já enjoava.

Não interessa a experiência que se tem a manipular animais perigosos, todo o tratador de jardim zoológico, guia de safari ou simples mergulhador desportivo sabe, que os bichos são todos lindos ao longe e que a nossa função enquanto humanos inteligentes é manter-nos sossegados e observar. Simplesmente não se toca em bichos selvagens, não apenas por razões de segurança para nós próprios, simples humanos desprovidos de defesas naturais, mas também para bem dos animais, para não desequilibrarmos os instintos dos bichos e não os incomodarmos nas suas vidinhas bem reguladas de animal.

Lá em casa o Steve Irwin era conhecido como o "chaga dos crocodilos " e todos nós tínhamos pena dos animais quando víamos alguns segundos daqueles documentários fanhosos que o gajo fazia. Ontem, um dos animais que ele importunou resolveu dar-lhe o troco e mato-o.

Uma morte impressionante e estúpida, provocada por um animal que, como todos os outros, só ataca quando se sente ameaçado - uma Raia. UMA RAIA, meu Deus, se isto não é ironia não sei o que será. O espinho venenoso da dita cuja atingiu-o em cheio no coração e o homem foi-se.

Deixa viúva, uma filha pequena e milhares de fãs desconsolados, só espero que não haja algum maluco que lhe queira imitar o exemplo e que deixem a bicharada, finalmente, em paz.

Se existirem mais reencarnações, não sei se Deus resistirá a reenviá-lo para cá na pele de um crocodilo ...


04
Set 06
publicado por parislasvegas, às 17:39link do post | comentar

Decididamente, o melhor filme que vi este ano. Realizado por Robert Guédiguian , um francês de origem arménia, o filme conta a história de uma médica francesa que se vê obrigada a ir à Arménia, em busca do pai que, velho e doente, resolve ir morrer ao país de origem.

Um filme sobre raízes e crescimento sentimental, que me emocionou até às lágrimas de tantas memórias que evocou - as cenas de gangs mafiosos, a música pop-melosa russa (da qual eu ainda me lembrava das letras), os casinos e discotecas decadentes - tudo isso é comum aos países da ex-URSS que cairam no capitalismo selvagem. Mas ao mesmo tempo, o filme tem uma visão optimista da situação, como se a falta de regras e o caos instalado fosse apenas uma espécia de "dores de parto" do nascimento de uma nação.

A banda sonora é um espectáculo e a fotografia recomenda-se.


publicado por parislasvegas, às 15:01link do post | comentar

Desde que pus o pé nesta terra que tenho tido merdinhas em cima de merdinhas , azares em cima de azares. No escritório até brincavam comigo e diziam-me que precisava de uma boa bruxa especializada em tirar maus olhados. Quando, finalmente, parecia que a minha vida estava a estabilizar, lá veio outro azar do caraças para foder esta merda toda.

Para além da preocupação, responsabilidade, incómodos e outras coisas que o facto da Ludmila ter partido um braço me têm trazido, acabei de descobrir que a merda do seguro pode não cobrir grande parte das despesas médicas da senhora, o que quer dizer que estou fodida financeiramente também.

O que me apetece mesmo é bazar daqui, mas, obviamente, tenho mantido a calma e tentado resolver as coisas da melhor forma possível. É a vida e tem que se lidar com isso. Pronto.

Outra coisa que tenho andado a reparar é que cada vez que tenho um problema chato para resolver, em vez de receber apoio de alguns "amigos", népia. Recebo é alguns "reparos" que (não) muito subtilmente me fazem entender que a minha vidinha é muito boazinha e só tenho mais é que pagar um "preço" por (tentar) ser feliz. Bardamerda pró fascista é o que eu digo. O preço são 10 horas de trabalho diário, no mínimo, com muito esforço que as coisas não me caem do céu. Se em vez de cagar sentenças fossem masé tratar da vidinha fariam melhor figura.

A mentalidade geral parece ser: "pimenta no cu dos outros, pra mim, é refresco". Bem podem vir pedir batatinhas quando precisarem que vão masé de carrinho. Ando farta de ajudar filhosdaputa.

 E agora que já desabafei, já estou melhorzinha...


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