Histórias de uma portuga em movimento.
31
Out 06
publicado por parislasvegas, às 14:52link do post | comentar | ver comentários (1)

Recomenda-se vivamente este livro que desmente em cada linha a ideia de que os diplomatas passam uma vida chata de burocrata atrás de uma secretária. Uma verdadeira delícia, com novidades sobre a nossa história contemporânea. Quando o acabar poderei escrever mais sobre ele, por agora fica a descrição do livro, editado pela Gradiva.

 

Colocado em Marrocos, um jovem diplomata assiste aos acontecimentos que aí se desenrolam, participando em episódios de extrema importância histórica. Entretanto, recolhe a documentação a que vai tendo acesso, pois o seu sentido de dever a isso o impele.

É graças a esses documentos e à memória do então jovem diplomata que se torna possível conhecer hoje com maior exactidão o que se passou verdadeiramente em Casablanca, em 1961.

E, na verdade, Marrocos era na altura um verdadeiro turbilhão: com a morte de Mohamed V, ascende ao trono Hassan II; a guerra na Argélia dificulta as relações de Marrocos com os seus vizinhos; a equipa de Henrique Galvão desvia um avião da TAP em Casablanca; os movimentos nacionalistas das colónias portuguesas surgem unidos na Conferência de Casablanca; Galvão e Delgado permanecem em Marrocos; os serviços secretos da legião tentam assassinar Delgado, que a Embaixada protege. A guerra colonial inicia-se em Angola. Goa é invadida.

Em Portugal, o Ministro da Defesa, Gen. Botelho Moniz, tenta um golpe de Estado; outro grupo tenta tomar o quartel de Beja. Vive-se uma curta «Primavera de esperança» com o jovem ministro Adriano Moreira.

E Casablanca ocupa sempre um lugar central nos acontecimentos da época.

O Autor

JOSÉ MANUEL DUARTE DE JESUS nasceu em Lisboa, em Dezembro de 1935. Com formação académica em História, Filosofia e Lógica Matemática, ingressou na carreira diplomática em Dezembro de 1960 e serviu como diplomata em diversos países da Europa Ocidental e de Leste, do Magrebe, da África subsariana, da Ásia e da América. Foi afastado da carreira diplomática entre 1965 e 1974. Actualmente, embora ainda ligado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, é docente no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, da Universidade Técnica de Lisboa. Tem obra publicada, nomeadamente sobre a China e a Ásia.


26
Out 06
publicado por parislasvegas, às 18:04link do post | comentar | ver comentários (2)

Os buldogues adoram água. A nossa costuma tomar duche durante o Verão, na rega automática do jardim, sempre na brincadeira com o repuxo de água, a fugir e a pôr-se lá debaixo, numa correria alternada entre o seco e o molhado. Mas os buldogues não podem nadar. São o único cão que não consegue manter-se à tona d'água , pela relação desproporcionada que têm entre massa corporal e tamanho das patas. É triste o que conseguimos fazer com a manipulação genética destes bichos. A culpa é toda nossa. Por essas e por outras, é que eu, enquanto dona de um buldogue , defendo o regresso da raça ao tamanho original - o do bull mastif .

Esta é a única maneira que um buldogue tem de nadar.


publicado por parislasvegas, às 10:24link do post | comentar | ver comentários (3)

The Banquet, Realizado por Ye Yan, 2006

Segundo a crítica, uma espécie de adaptação livre do "Hamlet" transportada para o séc.X na China com um twist de kung fu. Segundo aqui a vossa amiga, uma amálgama de velhas lendas chinesas adaptadas ao écran.

Maior parte dos ocidentais com que falo não gostam deste tipo de cinema chinês, que interpretam como "histórico" com exageros de kung fu á la Tarantino. Caso se preocupassem em conhecer um milésimo da cultura chinesa, saberiam que esta cinematografia traduz milénios de lendas e mitos tradicionais. Passada a Revolução Cultural, os chineses agarram-se novamente à tradição, é assim a modos que um regresso ao passado com uma fotografia espantosa e grandes actores. Nem toda a gente é obrigada a gostar, mas pelo menos que não tenham o snobismo cultural de fazer passar os chineses por básicos.


24
Out 06
publicado por parislasvegas, às 20:52link do post | comentar | ver comentários (3)

"watervillage"

Vendedor de "Dragon fruit"

Baía em Tanjung Aru

Praia ao fim do dia

Lago com carpas japonesas (Koi)

 

 


publicado por parislasvegas, às 20:28link do post | comentar


23
Out 06
publicado por parislasvegas, às 21:08link do post | comentar

 

 

 

 


publicado por parislasvegas, às 21:06link do post | comentar


20
Out 06
publicado por parislasvegas, às 16:44link do post | comentar | ver comentários (3)

Na contracapa da versão inglesa do livro diz qualquer coisa como: "a história do patrão mais horrível e mais impossível do mundo".

Decididamente, a senhora que escreveu o livro não conheceu metade dos meus patrões...e nenhum deles tinha o bom gosto de usar Prada.

A propósito desta conversa, ontem numa reunião, um dos meus colegas saiu-se com esta: "só demonizam as mulheres-chefe porque não se faz Prada para homens". Foi a gargalhada geral.

Ainda bem que, no presente, não me posso queixar. Com Prada ou sem Prada.

Tenho-me lembrado imenso do filme (confesso que não li o livro) porque quatro dias a correr Paris de alto a baixo montada em saltos agulha tem-me dado cabo da coluna e dos pezinhos. Não sei porque raio teimo em fazer a mesma coisa que qualquer homem mas com maquilhagem e saltos altos. E não me venham com a história da gravata porque nem se compara!


publicado por parislasvegas, às 14:07link do post | comentar | ver comentários (1)

Bornéu....só de dizer o nome dessa ilha mítica, semeada de ilhotas minúsculas que abrigavam os piratas do Mar do Sul da China, já nos faz partir para um mundo de sonhos onde todas as aventuras podem acontecer. Na verdade, Bornéu é um dos sítios mais bonitos que eu conheço no mundo e, modéstia à parte, até já conheço uns poucos (dos bonitos e dos feios também).

No século XXI, os arredores da ilha ainda são povoados de piratas que, ao contrário de séculos anteriores já não são bem-vindos. É maior parte da população do Estado de Sabah, onde estivemos, descende dos verdadeiros piratas da perna de pau que assaltavam os Galeões da Companhia das Índias há uns 500 anos atrás, e esses tipos, que assentaram e cultivam campos de arroz com ajuda dos Búfalos de água, não acham piada nenhuma à nova pirataria que se encarrega de saquear navios carregados de electrónica.

O calor equatoriano e a humidade extrema, aliada a fortes chuvas quase diárias produzem uma vegetação luxuriante que na parte Malaia da ilha é preservada e respeitada em nome do lucrativo turismo. Na capital do Estado, Kota Kinabalu, nota-se a dificuldade que as estruturas humanas têm em lutar contra as poderosas raízes dos frangipanis e as ervas gigantes que crescem nos intervalos do betão. KK é um verdadeiro buraco, mas um buraco com ADSL e rede móvel de última geração. E isto no meio da selva. Claro que os nativos são tranquilos, mesmo descendendo de piratas e das últimas tribos cortadoras de cabeças. Ali não há notícia de stress nem de engarrafamentos. Os turistas são bem vindos, mas ninguém nos tenta vender nada ou pedir seja o que for. Os estrangeiros não são olhados de lado, nem encarados como uma simples bolsa de dinheiro. Procuram sempre exibir-nos a sua cultura - aquela misturada fantástica entre todas as religiões e todas as tribos - fazendo questão de nos dar lições de moral e de sublinhar a importância da tolerância e cooperação entre os povos. E nesse aspecto, acreditem, temos muito que aprender com eles.

Espero conseguir postar algumas fotos este fim-de-semana.

 


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