Histórias de uma portuga em movimento.
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Jan 07
publicado por parislasvegas, às 12:08link do post | comentar | ver comentários (6)

Saldos em Paris e desgraça total de uma grávida - devia ser proibido deixarem uma pessoa neste estado de "fashion weakness " ver coisas bonitas.

Ultimamente recuso-me a comprar revistas que não sejam de gajas prenhas. Aguentar com as magricelas da Vogue, em fatiotas hiper-luxo anda a ser demasiado para a minha auto-estima de seis quilos a mais e cú de dois quilómetros (mas com grande orgulho!). De modo que li numa dessas coisas-de-gaja-prenha uns conselhos fashion " que me deixaram totalmente horrorizada: usar as roupas do marido incluindo os coletes dos fatos) andar de sweats " desportivas (tipo adolescente do basquete ) combinadas com calções (é suposto ser "mais confortável) e outras tronguices do género.

Malta prenha de Paris e arredores: quem não tenha guito , há vestidinhos UINDOS ! étnicos, cenas indianas e túnicas marroquinas que se compram por três euros. Há sempre imaginação e costureiras de centro comercial que não são nada caras (se viverem no centro de Paris, vão aos subúrbios e mandem fazer a fatiota). Não andem de calções que fica horrível - dá uma silhueta disforme com a barriga enorme e a perninha curta. Se forem baixinhas, não usem as camisas do vosso homem pelamordedeus , porque vão ficar a parecer anãs. Aproveitem a barriga, usem coisas que colem, que mostrem, que digam ao mundo que estão prenhas. Não se deve ter vergonha e esconder a barriga. A grávida que esconde a pança parece....simplesmente GORDA.

Quem tiver guito , vá aqui fazer uma sessão de reelook " e escolher entre as inúmeras fatiotas sofisticadas que se podem trazer. Aproveitem a viagem para passear em Saint German e comprar umas jóias étnicas para combinar com o novo look .

Com guito , ou sem aproveitem que os saldos são só até dia 17/02.

Enjoy your   Shopping !

 


publicado por parislasvegas, às 11:45link do post | comentar | ver comentários (5)

Há anos que venho escrevendo sobre a necessidade de despenalização do aborto, tantos quanto tenho "voz" na internet. A minha posição não constitui novidade para a meia dúzia de amigos/leitores que me conhecem desde sempre, inflamada de indignação contra a prática medieval, católica fundamentalista e redutora das liberdades individuais que constitui a ilegalidade do aborto e a perseguição judicial das mulheres que se vêem forçadas a recorrer à sua prática.

Portugal é um Estado laico e republicano,  os nossos legisladores não podem impor ao geral da população valores religiosos. A consciência individual deverá reger as mulheres neste tema, uma vez que , cientificamente, não existem contra-indicações para a intervenção (dentro do prazo estipulado).

Tenho necessidade de dizer isto aqui e afirmar claramente a minha posição, agora que, grávida de 4 meses, compreendo plenamente a tragédia pessoal de quem se vê obrigado a recorrer a esta solução extrema. Devo também dizer que prefiro pagar impostos para matar criancinhas (é assim que os católicos põem a coisa....) do que pagar a diária da prisão às mães tresloucadas que matam os filhos com as suas próprias mãos, ou a estadia de mães adolescentes em casas de acolhimento, ou os subsídios aos desgraçados que nascem sem ter onde cair mortos e que dependem da sociedade o resto da vida. Se isto é uma visão fria, desprovida de humanidade??pode ser que seja, mas é a minha.

De qualquer das formas, desenganemo-nos, não é por causa da legalização do aborto que deixarão de existir abortos clandestinos ( das desgraçadas e pobres que não querem contar ao marido, ou aos pais ou etc - porque as ricas vão continuar a ir a Madrid ou a Londres), ou crianças mal tratadas ou grávidas adolescentes. Quero apenas crer que a legalização do aborto em Portugal vai contribuir, pelo menos um pouco, para a melhoria de alguns destes indicadores, reduzindo um pouco a miséria humana que grassa no meu país.

 

 

 


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