Como não podia deixar de ser apaixonei-me. Agora, para completar o Norte de África só me falta Tripoli. Ficamos à espera do convite do General K...
rendilhados no Riad
Marrakchis
La Ville Rouge
One happy fat lady
Como não podia deixar de ser apaixonei-me. Agora, para completar o Norte de África só me falta Tripoli. Ficamos à espera do convite do General K...
rendilhados no Riad
Marrakchis
La Ville Rouge
One happy fat lady
Dois anos de "amarras" e, como vem sendo hábito, lá vamos fugir os dois para melhores e mais quentes paragens.
No fundo, as comemorações de Fevereiro não correspondem aos dois anos de assinatura do papel com os carimbos, mas sim àquela manhã fria, faz agora 5 anos, em que apanhámos o avião para Copenhague para não mais deixar de dormir na mesma cama.
Aqui e no fim do mundo - bem sabes...
Ps - Se não fosse isso, cagaríamos para Fevereiro e para o seu Valentim com uma pinta desgraçada. Se há coisa que não suporto são americanas pirosas.
Não é porque se começa a alargar por todos os lados e a exibir umas protumberâncias valentes que se deixa de ser gaja, pelo contrário, a verdade é que constato que nunca tive tantos pensamentos ou reacções "de gaja" na minha vida como agora. Não é que goste muito da mudança, mas estou a aprender a viver com ela.
Coisa da qual nunca gostei, mesmo quando tinha mais testosterona, era de ver outra gaja com uma roupa igual à minha. Hoje numa surfada pela net, à procura de trapitos para gente "especialmente gorda" aparece-me esta foto da ruiva das "donas de casa desesperadas"
com elogios à fatiota escolhida. Olha que porra. Bem podia ter escolhido outra coisa em vez de andar a comprar vestidos iguais aos meus, carambas..Mas assim sempre tive a prova de que o vestido em questão resiste mesmo até ao final de uma gravidez de gémeos.
Outra coisa que me tem causado susceptibilidades de fêmea é o assunto "peso". Continuo a vestir o 34-36 para grávidas, mas apesar disso a malta que me rodeia faz questão em apontar o meu "crescimento" quase diariamente com comentários elegantes do estilo "a barriga ultrapassou o rabo (finalmente)". O que, aliado ao médico taliban que me passa raspanetes porque ando com dois quilos mais do que ele acha que eu deveria ter, não me levanta lá muito o moral. Em 19 semanas ( i.e. quatro meses e três semanas) engordei seis quilos, em vez dos quatro e trezentas gramas que supostamente deveria ter se me chamasse Kate Moss, o que não é o caso. Um verdadeiro drama....
Como podem ver pelo decote do vestido que a Marcia Cross exibe, ando a curtir decotes. Eu sou daquelas que acha que se deve aproveitar o que se tem, principalmente quando só se tem uma vez na vida. Pois é. Tenho mamas e exibo sempre que possível.
Claro que também isso incomoda as senhoras anti-despenalização do decote que me rodeiam. Como é possível que uma futura mãe, no seu sagrado papel de dadora de vida, de educadora de uma anjinho, de catequizadora de futruro católico praticante, possa descascar-se toda desta maneira. Igualzinha às desavergonhadas que aparecem na televisão e que, apesar dos dez anos a mais em cima do pelo, fazem questão em mostrar o belo par que a gravidez lhes deu.
Outro incómodo que tenho notado nestas coisas da gravidez é a falta de pachorra - nota-se muito???
Ps - espreitem aqui para ficarem a saber onde é que eu e ali a Marcia vamos buscar os trapos. Ela deve fazer compras em tempo normal, aqui a je é mais nas rebajas totales....
Ontem, a caminho de casa, apanhei na rádio um especial sobre o referendo em Portugal. Neste programa os locutores explicavam a polémica que tem dividido o país entre conservadores e liberais, entre religiosos e laicos. Diziam os senhores da rádio que Portugal era um país muito mais laico e moderno, em termos de mentalidade, do que a Irlanda e que o SIM não tinha ganho em 98 por causa da elevada abstenção.
Ora isto deu-me gosto ouvir, porque não nos chamaram nomes, caracterizaram-nos como um país de pessoas formadas, com uma certa educação, que andam agora a debater uma questão importantíssima (que os franceses já resolveram há muito) e que essa questão apenas é debatida com tanta paixão, porque Portugal tem uma cultura muito marcada pelos valores católicos e conservadores, apesar da maioria da população pregar uma coisa e fazer outra. Acho que os senhores da rádio até nos tiraram bem a foto. Pelo menos a descrição do país não me envergonhou.
Depois passaram a entrevistar uma eurodeputada portuguesa de esquerda. Isso sim é que me envergonhou valentemente. Porque sou de esquerda, porque sou portuguesa, porque não sou eurodeputada e nunca diria tais coisas em relação ao meu país a um meio de comunicação social estrangeiro, se bem que as pense e a diga a toda a hora a outros portugueses como eu.
Há que distinguir entre o que se pode criticar entre iguais, e o que se vai dizer em "prime-time" na rádio mais ouvida de França (das únicas NACIONAIS). Chamar Portugal de retrógrado ", "medieval" e "terceiro-mundista" está muito bem numa mesa de copos e de amigos, ou mesmo num telefonema de insultos a uma Excelência qualquer. Apregoar isso nas ondas hertzianas francesas para toda a população de françúis ouvir e ficar com AINDA MAIS sentimentos de superioridade em relação aos petits portugais " é um crime lesa-pátria.
Mostra que a senhora não sabe o que é viver "cá fora" e não sabe a vergonha que provocou a inúmeros compatriotas que são capazes de ainda ter ouvido "bocas" dos chauvinistas que trabalham com eles.
O meu único consolo é que o francês dela é muito pior do que o meu...