Histórias de uma portuga em movimento.
09
Out 07
publicado por parislasvegas, às 13:34link do post | comentar | ver comentários (2)

As novidades do último mês dividem-se entre Kiko , casa e Ilha, vou passar a resumir:

 

Kiko

 

 

Faz hoje 3 meses. Continua um bébé muito calmo de pouca choradeira. Já viajou 3 vezes de avião e já conhece 3 países. A adaptação ao clima da ilha não foi pacífica, com o calor do final de Verão a provocar uma ligeira febre que se resolveu rapidamente. Adorei o pediatra que arranjámos para o Kiko , um simpático jovem de nome estranho com um francês impecável que telefona para saber se a febre do miúdo já baixou. Aparentemente, neste meio pequeno, este tipo de contacto é habitual e obrigatório, se o médico não mostrar que se preocupa, fica sem pacientes.

 

De resto o Kiko dorme bem e come bem, ri-se muito e palra alegremente comigo, com o pai com os cães e com os brinquedos. Gosta de adormecer agarrado à xuxa e à fralda e já dorme de 6 a 8 horas seguidas à noite. Não se pode pedir mais.

 

Casa

 

lounge gin tónico

 

 

Bom....Já esteve pior. Adoro a casinha que o Xano nos arranjou é simpática, soalheira e espaçosa.

Tem um jardinzinho pequeno só para os cães esticarem as pernas, onde instalamos uns cadeirões para o gin tónico do fim do dia.

 A cozinha é descomunal, com uma lareira e espaço para instalar o family room ". Outro dos costumes da Ilha é separar as crianças de tudo quanto seja sofá caro e bibelot valioso e a avaliar pelos preços dos móveis nesta terra, o conceito de family room até é bem prático.

De modos que em Roma sê romano e em vez de deitarmos para o lixo o nosso velho set de sofás, trouxemos os ditos na mudança e montámos uma salinha de TV adjacente à cozinha.

Na sala propriamente dita, nem vestígios de bébé Conseguimos pela primeira vez na nossa vida um salão e sala de jantar livres de pêlo de cão. Muito embora dê à coisa um ar assim a modos de que de museu, ao menos não me obriga a andar de aspirador em riste todos os dias...Os quartos mantêm-se atafulhados de caixotes.

 

Um capítulo obrigatório na casa são os cães. Vindas de Paris num vale de uivos e gritos de pânico, apesar dos calmantes receitados pelo vet , cá chegaram para descobrir, muito aliviadas, que as esperavam cheiros familiares. Demoraram cerca de 24 horas a adaptarem-se à casa nova.

Mas a chegada a um país novo não ficaria completa sem uma aventura da Shar Pei que, ainda não percebemos muito bem porquê, arranja sempre maneira de quase se matar sempre que muda de casa. Escolhemos uma casa murada de propósito para a cadela não ter hipóteses de fugir e meter-se debaixo de um carro, como é costume. Mas a boa da Belli arranjou maneira de ir conhecer o veterinário, devido a uma lambidela numa lagarta tóxica. Seria de esperar que o cão tivesse a mínima das inteligências em não ir lamber uma lagarta colorida de um tamanho que mais parecia uma cobra. Mas a Shar Pei , ao contrário da Bulldog , não vê a National Geografic e passado 10 minutos da lambidela estava esticada no chão a tremer como se tivesse em pleno cold turkey ". Lá fomos de escantilhão para o vet , que passado umas horas estava a ligar-nos para saber se a febre do cão tinha baixado.   

 

lagarta tóxica

 

 

Ilha

 

 

Clima bom, comida fantástica, língua difícil, povo altivo, mas simpático. Ainda não fui à parte Norte, mas sendo esta capital minúscula é um bocado impossível não tropeçar na linha divisória.

Todo o ambiente é surreal - os cortejos das Nações Unidas e os capacetes azuis a circularem num país da UE, a bandeira com o crescente muçulmano pintada nas montanhas para ser bem visível do lado de cá  da cidade, a parada militar com direito a mísseis no dia da independência, estrategicamente agendada para uma avenida da cidade que pode ser vista a partir do outro lado...

Mas somos bem tratados. Com o nosso ar, toda a gente se dirige a nós em grego, quando dizemos que não falamos a língua, tomam-nos por membros da diáspora instalados em Londres (a maior comunidade fora da Ilha) que, à semelhança de muitos imigrantes de origem portuguesa, vêm todos os anos a "casa" mas já não falam a língua dos pais. Grande parte da diáspora é constituída por comerciantes, médicos ou advogados com algumas excepções notáveis e notórias como é o caso do cantor George Michael .

Estas são as primeiras notas, gosto de as registar aqui porque não há como voltar a estes textos daqui a uns meses, quando andar a lutar com a burocracia ou com a teimosia dos locais...

 


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