Sábado há festa cá em casa, encomendámos queijos e bacalhau em França que, pelo andar da carruagem, não vão chegar a tempo. Estou a fazer pastéis de nata e a optar pelo plano B de carne de porco à alentejana.
Esta vida de dona de casa anda a dar cabo de mim. Isto de estar com o bebé a tempo inteiro é muito bom, mas sinto que uma parte de mim anda adormecida e isso não é coisa que me agrade muito. Outras mães me dizem para aproveitar, porque este tempo nunca mais se recupera. É uma questão de opções, eu poderia estar a viver sozinha em Paris, a trabalhar 12 horas por dia, a ver o meu filho quando ele já estaria a dormir e o meu marido só em fins de semana ocasionais. Parece-me que a escolha era óbvia. Antes dona de casa desesperada do que mulher ressabiada.
Por falar em mulheres, estou farta até aos cabelos da conversa do peso da gravidez e como toda a gente se gaba de o ter perdido em tempo recorde. Parabéns a todas e ainda bem, mas 10 quilos perdem-se em 15 dias, 30 já não desaparecem assim tão rapidamente. Na generalidade até ando satisfeita comigo, apanhei o ritmo de uma hora de exercício por dia, 120 abdominais e 10 quilos de pesos em exercícios vários, não está mal. Este mês perdi 3 quilos, mas isso não ajudou porque tinham sido os quilos que ganhei estupidamente durante o Natal. Quer isto dizer que voltei à casa de partida e ainda preciso de perder uns bons 8 para ficar decente, mas pelo menos a banha está a desaparecer a olhos vistos.
É por isto que me irrita não estar a trabalhar. As minhas preocupações reduziram-se ao cócó do bebé e aos quilos da minha cintura. É triste....