Histórias de uma portuga em movimento.
27
Mar 08
publicado por parislasvegas, às 14:05link do post | comentar | ver comentários (2)
Ironia: está a chover. À velocidade de quatro pingos por minuto, mas sim é chover que eu ainda me lembro como é que a coisa se processa.

O jardim agradece, o resto da casa vai ficar um nojo. Uns pingos de água na poeira das tempestades de areia dos últimos dia vão formar uma meleca nojenta. Paciência, vamos ter que esperar que a esfregona consiga arrancar a trampa porque,como é óbvio, é proibido limpar o chão  à mangueira.

De qualquer modo não vale a pena limpar porque amanhã vamos ser novamente visitados pelas areias egípcias.

Aliás é da seca e das tempestades de areia que vem a alcunha "afectuosa" que os locais dão à Ilha. "Dusty rock". "Rochedo" porque não tem água e a paisagem é despida de verde quase o ano todo. "Poeirento" bem, nem é preciso explicar, não é??

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publicado por parislasvegas, às 13:06link do post | comentar
A partir de amanhã deixa de haver água corrente.

Choveu um único dia em todo o Inverno, a Ilha não tem rios, de modo que é totalmente dependente de uma única barragem, que recolhe água das chuvas e das neves derretidas que escorrem da única montanha cá do sítio.

Essa barragem encontra-se totalmente vazia já há alguns meses. O que quer dizer que andámos a gastar reservas, sem nenhum tipo de poupança até chegar agora a esta situação extrema.

O problema é que ninguém tem planos de emergência para estas ocasiões que se vão tornar a regra em todo o Sul da Europa e no Médio Oriente.

O que se tem visto até ao presente são exemplos de como não gerir recursos naturais e de populações inteiras mal formadas para lidar com a escassez de água.

Enquanto nós, estrangeiros nesta terra, já tínhamos percebido que a seca nos iria afectar directamente, já tínhamos desligado a rega do jardim, já não lavávamos carros, não deixávamos a água do chuveiro a correr enquanto nos ensaboávamos, os nossos vizinhos continuavam descaradamente a lavar carros na rua e a ostentar as mangueiras nos seus canteiros, num desperdício estúpido de água.

A mentalidade deve ser:  já que vamos ficar todos lixados, pelo menos desperdiço até poder.

Entretanto à conta da parvoíce alheia, vou ter que fazer vida de dona de casa do século XIX, com alguidares por todo o lado, com as roupas e louças lavadas em água que vai depois servir para regar o jardim, Vamos depender de um depósito que sabe Deus o que lá vai dentro, porque só é desinfectado uma vez por ano. Voltamos aos tempos de tomar duche de boca muito bem fechada e de esterilizar tudo para o Kiko.Uma verdadeira seca...
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