Histórias de uma portuga em movimento.
16
Mar 08
publicado por parislasvegas, às 21:11link do post | comentar | ver comentários (1)
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14
Mar 08
publicado por parislasvegas, às 21:39link do post | comentar | ver comentários (1)
Todos nós temos desejos. Desejos que partem das maiores frustrações que nascem das nossas profundezas do Ser. Eu também tenho os meus. Mas tenho um mais forte do que tudo: ser capaz de mandar gente à merda directamente.

Quem não me conhece não entende- acreditem que sou capaz de mandar qualquer um à merda e que essa pessoa fica com uma alegria profunda em ir a tal sítio. O meu problema é esse. Basicamente, consigo fazer com que qualquer pessoa faça o que quero e fique com a ideia de que ela própria é que quis fazer isso.

Mas, às vezes, muito raramente, há gente que não se toca e não percebe a coisa a esse nível. E eu, estúpida, não consigo dizer lhes dizer o que quero na cara.

Quer dizer, com a idade que eu já tenho, e acho que não me faltam experiências estranhas de vida, e mesmo assim nada. Isto é mesmo feitio. Não há muito a fazer.

A minha parteira era uma gaja estranha. Uma gaja que há de ficar para sempre na minha memória como a francesa mais new age" que já conheci. Medições do Chi e acumpucturas para tornar o parto mais fácil, coisas em que nunca acreditei muito, mas quem já esteve grávida sabe que a malta faz tudo para facilitar essa hora.

Bom, a história da parteira vem a propósito da medição do Chi , ou energia interior. Quando terminámos, a mulher diz-me: " Você nasceu diplomata, se tiver um parto natural vai ser muito difícil e demorado, temos que nos preparar para isso, você não vai conseguir simplesmente expulsar a criança, vai demorar muito tempo a negociar a saída".  E eu: tou fodida ...".

Acabou por ser uma cesariana, como aliás seria sempre natural para mim. Se eu não consigo expulsar estranhos da minha vida e mandá-los à merda , como raio conseguiria fazer isso ao meu filho???

No entanto, continuo confiante. A idade não traz apenas rugas e banhas. Um dia destes hei de conseguir.

As pessoas inteligentes que me conhecem já dizem que sou uma cabra. Dizem porque PERCEBEM quando as mando à merda . O meu desejo é que a gente estúpida que me conhece possa, um dia, fazer-me um elogio semelhante...
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publicado por parislasvegas, às 10:31link do post | comentar
Hoje a fazer a lista para o supermercado dei-me conta de que estava a desenhar uma tabela, dividindo os produtos por categorias ( Xico ", "Frescos", "Detergentes" e etc ) e ordenando-os pelas prateleiras em que estão colocados dentro do super (quem entra, começando da esquerda para a direita).

Preciso URGENTEMENTE de ir trabalhar....

13
Mar 08
publicado por parislasvegas, às 17:52link do post | comentar
Passadas quase duas semanas de birra interminável do Kiko estamos, finalmente, a normalizar os horários e o comportamento. O Kiko perdeu as estribeiras com a mudança de rotina, a diferença horária e, sobretudo, com a falta dos avós e dos irmãos. Passou quase duas semanas a refilar sem interrupção e a fazer birras por tudo e por nada. Isto, vindo de um bebé que quase nem sabia chorar, é muito stressante , tanto para ele como  para nós que não estamos habituados a comportamentos de monstrinho .

Mas parece que o bicho mau resolveu descansar um bocadinho ( e dar-nos descanso também) e o Kiko anda tão sossegadinho como nos habituou desde sempre.

Com 8 meses, o Kiko faz sons mais complicados, mas raramente acerta a sílaba com a pessoa ou objecto para onde está a olhar. Já disse duas vezes angie " e uma diá-diá Daddy ), mas "mama" é mentira....
Come e dorme bem e adora provar comidas novas. Mexe-se bem e já domina a difícil arte de se virar para os lados quando está sentado (já não cai há mais de um mês), mas é demasiado preguiçoso para gatinhar. Gosta muito de fazer gracinhas, como dizer adeus com a mão ou não com a cabeça, mas desde que aprendeu a bater palmas que não faz mais nada. Acho que a vitória de conseguir coordenar as mãos lhe está a dar um gozo extremo e anda a mostrar a toda a gente que já consegue fazer.

Para mim o regresso foi lixado, esta rotina mata-me, mas hei de me habituar, eventualmente, um dia destes.

Finalmente admiti o meu peso e o tamanho. Tenho um armário cheio de 34s de há 9 quilos atrás, que não servem nem nas orelhas. O resultado é que ando sempre mal vestida, a pensar que um dia ainda vou conseguir usar aquilo, enquanto ando com as calças a caírem pelo rabo  abaixo e as blusas a subirem pelas banhas acima, porque entre o aumento de peso  da gravidez e a perca de 17 quilos em 8 meses, baralhei-me toda e já não sei a quantas ando.

Farta de andar com coisas que não me servem fui comprar um guarda-roupa 38 de peças básicas para poder andar minimamente apresentável. E é verdade que não há nada como roupa a cair bem, uma pessoa até parece mais magra. Não é difícil, é só ter coisas que nos sirvam...
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11
Mar 08
publicado por parislasvegas, às 18:21link do post | comentar | ver comentários (5)
Até das pessoas que não vi. E o Kiko também....

07
Mar 08
publicado por parislasvegas, às 10:11link do post | comentar
Quem está à espera de um post sobre as coisas maravilhosas e altamente tecnológicas do nosso país, desengane-se.

Para recuperar alguma da intimidade do casal, e não descurar a nossa tradição de passar uma semana romântica em Fevereiro, lá fomos sozinhos para o Algarve e ficámos num hotel espectacular com um Spa do melhor que eu conheci até hoje. Quem lê este blogue regularmente, sabe que não me faltam viagens para servir de termo de comparação. Mas, como é normal, no meu país não costumo ficar em hotéis e há muito tempo que não tinha a sorte de passar umas férias no Algarve (5 anos).

O hotel era espectacular, lindo, arranjado, impecavelmente limpo (o melhor serviço de house keeping EVER ), tinha um restaurante verdadeiramente fantástico com uma cave muito bem fornecida de vinhos óptimos de pequenas produções. Toda a comida, desde o pequeno almoço, às sanduíches , ao jantar refinado, era da mais alta qualidade, e o serviço foi irrepreensível - até certo ponto - e é aqui que entra o título "portuguese do it better ".  Como é que é possível ter algo tão bom, com um nível de profissionalismo tão elevado e borrar a pintura toda em pequenas coisas?

Exemplos:

Quando quisemos a password para a internet sem fios do hotel - "ah...isso agora...não sei bem como é...." Imaginem-se recepcionistas de um hotel de 5 estrelas: alguém vos pede alguma coisa que vocês não fazem ideia do que é. A resposta deve ser "concerteza . queira aguardar um momento, por favor." e depois fogem para dentro a tentar falar com o gerente e perguntar o que raio é isso da internet sem fios, mas NUNCA se responde aos hóspedes que não se sabe.

Outro: chegámos com o carro uma noite (daquelas da tempestade, lembram-se?) e o estacionamento estava bloqueado à frente do hotel, sem carros, mas bloqueado. Quando perguntámos se podíamos estacionar, o porteiro responde que não porque aqueles lugares não era para hóspedes, que nós bem podíamos estacionar atrás do hotel (e apanhar com a chuva toda) porque ali à frente era só para "quem está aqui a trabalhar". E este discurso todo com o ar mais arrogante do mundo. Ora vamos lá ver: em outros hotéis de igual nível, um porteiro nunca responde, ou diz que sim, ou diz que não e vai ELE estacionar o carro lá atrás. Mas NUNCA dá raspanetes aos hóspedes, nem diz que quem trabalha é que merece estacionar. Isto é um bocado de proletariado a mais quando se está a pagar uma fortuna por noite. Desculpem lá, mas é inadmissível.

Realmente o que fazemos melhor é estragar o que temos de bom....




ps - também duvido que alguém tratasse assim hóspedes estrangeiros. Ainda não se percebe que o turismo português já cria postos de trabalho durante o ano inteiro nas nossas regiões turísticas.

06
Mar 08
publicado por parislasvegas, às 08:47link do post | comentar | ver comentários (1)
à ilha e ao blog depois de um mês passado em Portugal. Muitas vezes me perguntei quando (e se) teria vontade de regressar ao meu país. Pois, não sei ainda bem porquê, mas pela primeira vez em 7 anos, sai de Portugal contrariada.

Não quer isto dizer que tenha achado o país melhor, mais bonito ou mais eficaz, nada disso. Não se admite que, num país tão pequeno o desordenamento do território seja tal que morram pessoas nas cheias todos os anos, nos mesmos sítios, ou que todos os anos, também nas mesmas regiões, deflagrem os incêndios do costume. Continua a não ser admissível que um país tão pequeno tenha 2 milhões de pobres e que a classe média seja um animal em extinção acelerada.

Todos nós queremos o melhor para os que amamos e não haja dúvida que a minha relação com  Portugal continua a ser a de uma paixão intensa.

Mas apesar da vontade de regressar, ainda cá temos mais 3 anos e vamos fazê-los com muito boa disposição. 




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