Pois é. Continuamos fodidos com a morte do cão. Ainda ninguém teve coragem para deitar fora os pratos dela que continuam exactamente no sitio.
O Kiko está a comportar-se que nem um senhor: a atenção toda está na bulldog, que nem consegue respirar para sentir falta da outra. Sempre com o puto em cima e feliz da vida.
Mergulhámos em cheio na vida da ilha: conhecemos meio mundo e sabemos o nome do outro meio. Recusamos mais saídas e convites agora do quando tínhamos 20 anos e nada para fazer. As coisas, às vezes, andam desencontradas.
Eu resolvi voltar à vida activa: provei a mim mesma aquilo que sempre soube - não sirvo para dona de casa. Isto põe-me doida. Avé a todas as marias que estão em casa a cuidar de filhos, grandes mulheres todas, eu não tenho estatura.
O Kiko vai recambiado para um infantário. Azar, mas com um ano e alguns meses até teve a sorte de estar em casa até agora.
Com a absoluta resolução de voltar à vida normal, actualizo o meu CV - começa da seguinte maneira: "Portuguese, female". Dois handicaps fodidos para se arranjar emprego. Logo vemos.
Se não conseguir arranjar nada vou ter que despedir a empregada. Não posso ter o Kiko no infantário e tirá-lo logo a seguir. Também não posso esperar até ter emprego, porque depois não tenho onde o deixar. Dramas regulares de uma mãe normal...