Histórias de uma portuga em movimento.
30
Jan 09
publicado por parislasvegas, às 13:47link do post | comentar | ver comentários (1)

 80 canapés de queijo da serra com marmelada e nozes/uvas

 

160 mini-pastéis de bacalhau

 

160 mini-bolinhas de beringela com queijo feta

 

70 mini-empadas de atum

 

80 rolinhos de massa folhada com pasta de azeitonas

 

60 vol-au-vent com smetana e caviar de salmão

 

55 canapés de presunto com azeitonas

 

55 canapés de salmão fumado com mascarpone

 

180 mini bolinhos (chocolate, caramelo e frutas)

 

E pensar que há 10 anos atrás eu nem era capaz de estrelar um ovo sem pegar fogo à cozinha!

 

Sempre quero ver se os nossos cerca de 35 convidados conseguem comer isto tudo!


29
Jan 09
publicado por parislasvegas, às 13:50link do post | comentar | ver comentários (2)

 

Natal de 2008, com o Kiko

 

Tenho evitado falar sobre os cães, porque isto tem andado a correr muito mal desde que chegámos à ilha.

 

Quinze dias após a morte da Shar-pei, a Bulldog (Angie), partiu uma pata, sem razão aparente. No veterinário fizemos exames vários e, depois de mandarmos tecido para análise em Londres, chegou-se à conclusão que a Angie tem um cancro nos ossos.

 

Entretanto, a pobre da cadela já foi operada duas vezes e perdeu o uso de uma das patas de trás, mas mesmo assim, eu tinha alguma esperança que ela se aguentasse algum tempo, pois mesmo a funcionar a três patas, ainda fazia a vida negra aos gatos aqui da vizinhança.

 

Hoje quando cheguei a casa à hora do almoço, fui dar com ela deitada a ganir, cheia de dores. Liguei para o médico e fomos de escantilhão com ela para a clínica (hoje, quinta-feira é o dia de folga do pessoal médico aqui da ilha). Depois de vários exames, o vet. chegou à conclusão que o tumor já se espalhou e está agora alojado nos pulmões, o que quer dizer que só temos mais umas semanas em companhia da Angie.

 

Quem não tem cães não pode perceber a angústia de ver um animal a sofrer sem se poder fazer grande coisa para melhorar a situação. De modo que a única alternativa agora é pô-la a "dormir" um dia destes.

 

No meio de tudo isto às vezes penso que ser a posto a "dormir", sem dores e rodeado das pessoas que se gosta é um privilégio que não devia ser reservado só a animais de estimação...

 

Tenho mesmo muita pena de perder esta cadela que só não digo que "só lhe falta falar", porque o bicho sempre "falou". Até responde torto quando se ralha com ela, e depois vai amuar a um canto. Nunca tive cão tão inteligente. E tão bem comportado também. 

 

Enfim, vamos ver quanto tempo mais isto dura.

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23
Jan 09
publicado por parislasvegas, às 15:23link do post | comentar | ver comentários (4)

 Quando era pequena, lembro-me de umas fotos que andavam lá por casa, muito antigas, que mostravam uma série de homens na casa dos 20 anos, com ares saudáveis e camisolas brancas de alças, reunidos à volta de uma mesa cheia de petiscos.

 

Dessas fotos, vim a saber, muitos anos mais tarde, que um dos homens sentado na mesa (o mais bonito deles todos) era o meu avô Luis.

 

Só no final dos anos 90, quando o meu avô se despediu deste mundo, é que a minha mãe me contou a história por detrás daquelas fotos dos finais dos anos 40.

 

Eu, embora já conhecesse as fotos desde pequena, nunca tinha reconhecido o avô Luís, que, com uma gadelha de fazer inveja, ostententava uma bandolete a prender a poupa, à laia do que faria, 60 anos mais tarde, o Nuno Gomes.(Eu sempre conheci o meu avô completamente careca).

 

A explicação era simples: como quase todos os operários da CUF, o meu avô jogava futebol aos Domingos e a bandolete servia para afastar a cabeleira dos olhos.

 

Ultimamente tenho olhado para o Kiko que, com 18 meses, corre a casa toda com a bola nos pés, cheio de dribles brasileiros, sem nunca perder a bola e sem nunca cair. E pensava eu muito intrigada: " mas a quem foi buscar este puto a arte da bola, quando não existe um macho na família que jogue ?". E foi assim, que hoje me lembrei daquela fotografia da petiscada pós-futebolística tirada num Domingo de há 60 anos.

 

O sangue é mais espesso do que a água.

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22
Jan 09
publicado por parislasvegas, às 13:06link do post | comentar | ver comentários (3)

 Este blog tem andado paradito.

 

Por várias razões: Em primeiro lugar, ser mãe a tempo inteiro é um bocadito mais difícil do que eu esperava.

Depois porque, habituada a trabalhar que nem um cão nos últimos 15 anos, todo o tempo livre que eu tenho é para fazer algo produtivo, ou para ler alguma coisa que me interessa e vou descurando o exercício da escrita, que também é importante, nem que seja por uma questão de sanidade mental.

 

Por último, cada vez que tenho uma ideia interessante, para escrever algo sobre uma situação que me tocou particularmente, ou invento uma história baseada numa realidade conhecida, o Kiko encarrega-se de fazer uma birra descomunal e a ideia esfuma-se entre acalmar o bebé e mudar uma fralda.

 

De modo que o blog se tornou muito mais pessoal do que já era, baseado em histórias do meu pequeno quotidiano limitado de dona de casa (ainda desesperada) e os textos escrevem-se no intervalo dos pastéis de bacalhau, nas sestas do menino ou às 3 da manhã, nas insónias de mãe, que já não consegue dormir, depois de ir consolar a criancinha pela quinta vez.

 

Não estou, contudo, a queixar-me. Pensem o que quiserem, mas esta vida tem-me dado uma distância mais do que saudável, relativamente a tudo o que achava importante antes de me dedicar aos pastéis de bacalhau.

Muito embora continue a acompanhar e a ler (muito mais) sobre a minha profissão, existem uma série de situações que me incomodaram imenso no passado, mas que agora já não me fazem sentido nenhum.

Pode ser que isto seja positivo. Pode ser que este período concentrada nas fraldas me estrague para sempre e que eu comece a querer outras coisas da vida. Pode ser que, finalmente, trabalhar mais do que 12 horas por dia, deixe de fazer sentido para mim. Não sei. Mas tenho esperança.

 

Entretanto não tenho grande expectativas relativamente a este blog. Não planeio escrever grandes coisas no futuro, não por falta de inspiração, mais por falta de oportunidade. Se me quiserem continuar a ler, serão bem-vindos, mas preparem-se para pouco mais do que um diário de viagens e um bestiário da rotina quotidiana. 


14
Jan 09
publicado por parislasvegas, às 09:58link do post | comentar

 Sabem aquele ponto onde têm a mania que já falam uma língua, mas a coisa corre mal?

 

Pois a mim acontece-me sempre. Estou aqui a rir até às lágrimas com o diálogo estúpido que acabei de ter em grego:

 

Telefona-me o desgraçado que é suposto vir cá a casa entregar um frigorifico:

 

ele- Alô, é da casa tal??

eu- Sim, em inglês sff?

ele-Só em grego.

eu-é o quê?

ele- entrega. A que horas vai estar em casa?

eu-É do mercado do peixe??

ele- frigorífico!

eu-Não percebo!

ele- frigorifico!

eu- ha! o peixe!

ele- a que horas está em casa.

eu (já a rir às gargalhadas) o dia todo.

ele- então passamos daqui a um bocado.

eu (completamente desfeita de riso)- desculpe, o meu grego não é grande coisa.

ele- é melhor do que o meu inglês...até logo!

 

Não sei o que me deu para trocar a palavra Psigeio (frigorífico) por Psaragora (mercado do peixe) e Psari(peixe), mas eu estava convencida que estava a dizer frigorifico...Sempre é melhor do que aquela vez que fui ao mercado dos legumes e pedi em russo que me vendessem um ramo de camisas!!!!

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