Histórias de uma portuga em movimento.
27
Mar 09
publicado por parislasvegas, às 16:29link do post | comentar

 

 

 

Quem acompanha este blog (se os há) sabe que aqui não se fazem críticas de livros nem de filmes. Não faço porque não tenho pachorra, nem vocação para isso e, devo dizê-lo (e porque não até gabar-me disso), com a quantidade industrial que coisas que leio, não escreveria nada mais no blog (talvez até nem fosse má alternativa).

 

Resumindo, cada vez que aqui se menciona um livro. trata-se de publicidade indecente, directa e gratuita a qualquer coisa que um amigo escreveu.

 

De qualquer dos modos, tranquilizem-se os espíritos inquietos, eu nunca recomendaria nada de que não gostasse.

 

Este livro, "As guerras secretas dos Arqueólogos", lê-se em algumas horas, e é como ver um filme do Indiana Jones, só que bom.

 

São pequenas biografias dos grandes arqueólogos dos últimos dois séculos, acrescidas dos relatos das suas descobertas.

 

Uma pequena pérola, por enquanto só em francês.

 

Apresentação do Editor:

Ce sont des survivants. Presque des prédateurs... des aventuriers hors normes. Autant d'Indiana Jones bien réels à une époque où le cinéma n'existait pas encore. Il leur fallait tout inventer, tout retrouver, tout combattre. Lutter contre les superstitions locales, les certitudes de leurs prédécesseurs, les jalousies de leurs contemporains. S'extirper des guerres entre nations qui prennent l'archéologie et ses servants en otage. Distribuer coups de pioche, coups de poing et bakchich avec le même entrain... Et si possible même bonheur. Ils ont survécu et leurs découvertes à leur tour vivent encore. Carter à réanimé Toutankhamon. Schliemann a fait retentir le cliquetis de bronze des glaives d'Hector et d'Achille. Wendell a ressuscité la légendaire beauté de la reine de Saaba... Ils ont donné chair et vie, parfois au prix de leur sang aux trésors de nos musées. Ils ont redécouvert un monde ancien dans le tourbillon des guerres de leur époque pour nous laisser un héritage universel: notre mémoire. En fouillant le passé, ils nous ont offert un avenir.

Biographie de l'auteur
Jean-Marie Quéméner passe ici de l'article au livre, du grand reportage au récit littéraire. Né en 1968, l'auteur a passé sa carrière de journaliste, notamment pour le Quotidien de Paris, le Figaro Magazine, Marianne et France 24, à l'étranger. Rwanda, Zaïre, Congo, Ex-Yougoslavie, Tchad, Israël et territoires palestiniens, Egypte... Il est aujourd'hui correspondant permanent au Liban pour France 24 et Marianne.

 

 

QUEMENER, Jean-Marie, Les Guerres Secrètes des Archéologues, ed, Koutoubia, 18,91 Euros. Disponível na amazon francesa.

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17
Mar 09
publicado por parislasvegas, às 09:41link do post | comentar

Há quase oito anos que ando a viver em países diferentes, e há quase 15 que ando a saltar pelo mundo.

 

Como eu, existem muitas pessoas que, por diversas razões, andam nisto, mas já há 20 ou 30 anos. Não paro de me surpreender com a falta de flexibilidade mental dessa gente, relativamente aos costumes dos outros.

 

Quer dizer, quem nunca saiu da sua rua, aldeia ou cidade, pode muito bem ficar chocado com as diferenças de costumes, comida, religião e etc de outros povos, ou até mesmo do pessoal da aldeia do lado, mas quem anda nisto há 30 anos?? Tenham paciência e mudem de vida.

 

Como tudo, eu acho que um vagabundo geográfico tem que gostar de o ser. Não vejo maior sacrifício do que andar desenraizado uma vida toda, sem sequer encontrar prazer nisso.

 

E depois há situações perfeitamente ridículas. Ainda há uns tempos uma amiga belga, que anda a mudar de país há cerca de 19 anos, dizia que odeia a Ilha porque os locais são demasiado agressivos ao volante. Apitam muito, insultam e tal. Outra amiga francesa que estava a ouvir a conversa ainda começou a dizer "mas a mim não..." e interrompeu graças a uma discreta cotovelada minha. Pois a mim também ninguém me insulta no trânsito e raras vezes me apitam, por isso a belga deve conduzir extremamente mal para ser tão frequentemente alvo das raivites dos locais.

 

Ora o ridículo da situação está na diferença cultural, pois os belgas conduzem muito devagar e são extremamente respeitadores das regras, e aqui, como noutros sítios do mundo, as pessoas guiam depressa e há que haver flexibilidade para o caos do trânsito fluir minimamente. O acidente mais estúpido que eu já vi na minha vida foi em Bruxelas: dois carros chocaram a cerca de 20 Km/h - e chocaram na mesma! porque nenhum dos dois teve flexibilidade para evitar o acidente. Mas quem já esteve em 10 países diferentes ao longo de quase 20 anos devia reconhecer isso e esforçar-se minimamente para se adaptar. Ou então andar de taxi.

 

Pelo menos os condutores aqui não se comportam selvaticamente como em Portugal, não conduzem tão rápido nem insultam tanto como em Itália, ou Espanha, ou França, e mantém uma ordem, ao contrário do caos generalizado do Egipto ou do Líbano (que aí, juro, pensei que não saía do carro com vida). Guiar aqui é facílimo, uma vez habituada à mudança de mão, nunca mais tive problemas em ir seja onde fôr. Há cidades em que eu sei que iria ser muito difícil para mim guiar: Pequim, Bangkok, Beirute ou Cairo, são tão caóticas que a coisa iria demorar muito tempo e tenho a certeza que iria amolgar muito carrinho até me atinar. Mas uma merdice tão pequenina nunca me faria ir abaixo. Adaptação é a palavra-chave.

 

Eu respeito piamente as diferenças culturais de cada povo e tento dançar consoante a música local, só há uma parte do mundo em que eu nunca conseguiria viver e que fica aqui mesmo ao virar da esquina. Burka não, muito obrigado.


16
Mar 09
publicado por parislasvegas, às 13:52link do post | comentar

 É verdade que ainda está um bocadinho fresco para uma pessoa se dedicar à exploração das profundezas. Se estivesse em Portugal não teria outro remédio senão mergulhar com frio, mas aqui uma pessoa fica estragada...

 

Enquanto não começamos à séria, aqui fica o Blog do meu instrutor de mergulho com fotos não só dos mergulhos da Ilha, mas também de outros sítios do mundo que ele tem explorado.

 

Acho uma piada do caraças ao blog porque tem fotos de quase todos os meus amigos ( e minhas também) com aquelas máscaras e aqueles tanques às costas, que nos deixam com um ar ligeiramente ridículo. Se procurarem ainda encontram uma foto subaquática de dois capacetes azuis que fizeram questão de ir mergulhar de boina. Cada um com a sua panca!

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09
Mar 09
publicado por parislasvegas, às 20:42link do post | comentar | ver comentários (4)

 Amanhã vai ser  o primeiro dia de escola do Kiko, estou que nem posso.

 

Hoje lá fomos, ver um bocadinho os meninos e falar com a professora.

Apanhei uma vergonha do caraças porque entre seis francesinhos bem comportados o nosso filho fez logo figura de bárbaro a empurrar os meninos e a dar berros que nem um animal. Não percebo a reacção porque ele nunca se porta mal... Acho que isto quer dizer que ele está mesmo a precisar de ir para a escola para aprender a socializar e a dividir brinquedos.

 

Entretanto passei o resto do dia na rua com ele, a ver se o cansava, porque Sua Excelência está habituado a dormir até às 10 da manhã e agora vai ser levantar às 7 o mais tardar que se lixa. Parece que deu resultado porque o bicho está a dormir desde as 8.

 

Este fim de semana, uma das minhas amigas, cujos filhos fizeram o ensino francês de uma ponta à outra, pedia-me que reconsiderasse a entrada do Kiko na escola francesa, dizia-me ela que o sistema é demasiado disciplinado, demasiado exigente e com uma carga horária desumana. Pois é. Concordo. Mas a verdade é que os filhos dela suaram as estopinhas mas hoje são profissionais bem sucedidos. Para tudo é preciso sacrifício. 

 

De qualquer maneira, não temos muitas alternativas, o resto das escolas são demasiado caras para nós ou então não estão suficientemente espalhadas pelo mundo. A ideia é mantê-lo num sistema de educação que exista até no buraco mais recôndito do mundo porque nunca se sabe onde vamos viver a seguir. Já basta o trauma de mudar tudo, quanto mais mudar de língua de ensino.

 

Hoje foi também o dia em que recomecei a minha actividade intelectual. O meu cérebro ficou parado tanto tempo que estou aqui em sobreaquecimento depois de ter feito um concept paper - e em estrangeiro! - bom, por acaso isto até é mentira, estou é toda satisfeita e com esperança que a minha energia e criatividade não se vá abaixo, porque depois de dois anos praticamente parada o que eu quero é acção!

 

Quer-me parecer que estou a voltar ao que era. Look out world! The skinny bitch is back! de saltos altos e puto debaixo do braço.

 

 

ps- acredito que amanhã vou ter que ir a correr buscar o Kiko à escola uma ou duas horas depois de ele ter entrado...vamos lá ver.

 

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