Histórias de uma portuga em movimento.
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Mai 09
publicado por parislasvegas, às 13:31link do post | comentar

 Já começaram as caloraças. O ano passado o Verão começou em Abril e este ano toda a gente se andava a queixar da chuva (decidam-se, caraças), de maneira que desde Sexta-feira passada começou o calor a sério e mal se consegue andar na rua. Agora vai ser isto até Outubro. Eu não me queixo. Quero é aproveitar a canícula ao máximo e armar o meu filho de écran total, chapéu e óculos escuros.

 

Eu já ando desde o Inverno com protector 30 na cara (o Sol aqui é lixado em qualquer altura do ano) e agora vou ter que aumentar para 50, mesmo assim andamos sempre escurinhos. Só o miúdo, que nos saiu alemão é que continua branco como a cal.

 

O fim de semana passado, resolvemos aproveitar o início do calor e rumámos ao território ocupado para gozar as praias desertas e de areia fina. Quase não existem infra-estruturas turísticas, mas conseguimos ficar num sítio limpo, ao contrário da primeira vez que fomos.

 

Ainda não há tartarugas a nidificar, mas a paisagem é espectacular, assim a modos que um Alentejo com montanhas. E depois há a cor do Mediterrâneo que é verdadeiramente espectacular.

Na praia onde estivemos a água era tão transparente que enganava, o fundo parecia muito menos profundo do que era na realidade e qualquer distracção nos deixa sem pé. Para quem é bom nadador (como eu, sem me querer gabar) não é problema, mas alguns estrangeiros vêm-se em apuros e as praias daquela região não têm vigilância.

 

A praia dourada

 

A igreja (abandonada) de Dikarpaz, com a mesquita em fundo.

 

 

Aproveitámos também para visitar a zona.

A ocupação desta área pelo exército Turco em 1974 provocou a fuga dos cristãos para o lado Sul da Ilha. Todas as aldeias têm a antiga igreja ortodoxa, muitas vezes transformada em estábulo para os animais.

Uma das poucas que está mais ou menos conservada é a de Dikarpaz, muito embora não funcione (apesar de algumas famílias cristãs terem permanecido na aldeia), a mesquita data dos anos 70.

 

A companhia, apesar de estranha, foi a mais divertida que poderíamos ter: três espanhóis, uma ucraniana, uma letona e nós dois portugueses.

As conversas eram feitas em castelhano polvilhado de expressões e piadas em russo. Como sempre com pessoas que conhecem bem a ex-URSS a noite foi regada com boa vodka. A nossa estadia no Leste europeu faz com que nos agreguemos a ibéricos com o mesmo tipo de experiência.

Estranhos estes latinos eslavizados, mas divertimo-nos que nem uns loucos.

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