Histórias de uma portuga em movimento.
23
Jun 09
publicado por parislasvegas, às 13:03link do post | comentar

E os diálogos imaginários do costume.

Apesar de todos os face liftings e maquilhagem das fachadas, boutique-hotels e restaurantes design, Lisboa continua a ser a velha senhora de sempre, com os mais de oitocentos anos de existência e cansaço a transpirarem em cada esquina.

É verdade que Lisboa está a tornar-se mais ecológica, mais limpa e mais bonita, mas nenhum equipamento público altamente high-tech pode esconder a verdadeira essência da cidade que continua a ser, acima de tudo, um Porto, com marinheiros e putas, estrangeiros exóticos, vagabundos profissionais e vigaristas.

Não há como não amar a vagabundagem enconstada às igrejas manuelinas, o contraste das tias finas que passam enquanto as senhoras vestidas de preto rezam a chorar dentro das igrejas, os africanos vestidos de mil cores, os camônes côr-de-lagosta a petiscar nas esplanadas e os chatos engravatados  a caminho dos bancos.

Por mais que a vida nos mude, a mim e a Lisboa, esta é uma história de amor que vai durar enquanto eu respirar.

 

Agora outra coisa completamente diferente. O que vai na cabeça das mulheres portuguesas??? Alguém me explica?? Será que a crise económica tem obrigado as pessoas a comprarem só metade das roupinhas?? Não percebo o que passa pela cabeça das quarentonas que tenho visto, metro e meio e 70 quilos, vestidas com calças curtas e blusas sem costas ou (pior ainda, blharrrgh) pelo umbigo. As crises de meia idade andam a bater forte no pessoal e nem sequer percebo bem porquê. Lisboa deve ser uma das poucas cidades do mundo em que mais se vêem casais de mulheres de meia idade com homens muito mais novos. Não há explicação a não ser o mau gosto genético. Salve-se quem puder.

 

 


12
Jun 09
publicado por parislasvegas, às 15:58link do post | comentar

Ao contrário do que possa parecer, as restricções de segurança nos aeroportos facilitam a vida aos passageiros. Ora vejamos:

 

Não posso levar comigo os cremes para o rabo do bebé, não posso levar cosméticos para mim, não posso levar as doses de leite e água que o bebé bebe agora (só até 100 ml), não posso levar ténis, nem botas, não posso levar cinto (experimentem tirar um cinto com um bebé ao colo).

 

De maneira que, alimento o puto com aquilo que há à venda nos bares dos terminais de escala, que remédio. Ele sobrevive e eu também, não carrego com quilos extra e não passo a viagem cheia de calor nos pés. Por outro lado, ando sempre a mostrar as cuecas ao pessoal, mas, hei, não se pode ter tudo...

 

Ps - e é rezar para o miúdo não fazer nenhuma daquelas cagadas que o põem todo assado, mas isso ainda não é assunto para este blog.

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publicado por parislasvegas, às 13:36link do post | comentar

Bom mesmo é ver o mundo a derreter lá fora e nós os dois sentados no sofá, a curtir o ar condicionado e a comer cachos de uvas chilenas.

 

Bom mesmo é conversar durante horas bi,blá,blá, mamã e brum brum, sem nexo e sem sentido.

 

Bom mesmo é adormecer colados, com festinhas no cabelo e beijinhos nas costas.

 

Bom mesmo é passearmos os dois, chapinhar na piscina dos bebés e depois ir almoçar à esplanada como os grandes.

 

Sou, de facto, uma pessoa muito teimosa. Demorou tempo até perceber que estes são os melhores anos da minha vida, o resto, carreira, dinheiro, prestígio, que se foda, o que eu quero é ser mãe.

A melhor que eu consiga ser, porque eu tive essa opção e essa sorte.O meu filho, coitado não tem escolha e se eu falhar, continuo a ser a única mãe que ele tem.

Por isso nesta "profissão" não há períodos experimentais, nem há espaço para cometer erros graves.

É a melhor coisa que eu já fiz na minha vida. E a mais difícil também.


10
Jun 09
publicado por parislasvegas, às 22:58link do post | comentar

 Há 8 anos atrás, o 10 de Junho era só um dia em que eu ia à praia sem os meus amigos militares, que estavam sempre lixados nos deveres de paradas e celebrações.

De há 8 anos a esta parte, o 10 de Junho transformou-se num dia de trabalho, mas também de orgulho, de gente a falar a minha língua com um sotaque estranho, de gente a comentar as qualidades que temos, mas que ninguém parece ver, pelo menos nesse rectângulo, à beira-mar plantado.

E agora, que para mim este dia já passou, mas para vós, ainda é dia, digo eu, talvez com engano, viva Portugal!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

p.s.- às vezes também me dá para isto....


05
Jun 09
publicado por parislasvegas, às 15:12link do post | comentar

 Com o homem de regresso a casa, temos apenas uns diazinhos para curtir a companhia um do outro e eis que zarpo eu a seguir.

 

E depois admiro-me de o nosso filho ter comportamentos estranhos...Talvez com mais estabilidade ele se abstivesse de estrangular os meninos da escola.

 

Tenho mesmo que pensar em parar com esta vida.


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