Não tenho tido tempo para cá vir, nem para escrever. Algumas alterações de vida (inesperadas, mas muito desejadas) me têm mantido mais ocupada do que desejaria.
Não. Não falo de gravidez. O entusiasmo com que falo do meu trabalho, muitas vezes leva as pessoas que me conhecem mal a assumir que estou embevecida com uma novidade da cegonha. Desenganem-se, eu é que sou tão apaixonada por uma coisa como pela outra.
Esta cabeça anda (como habitual, aliás) a mil e numa confusão total.
Há poucos meses li um artigo supostamente sapiente que dizia que as mulheres que trabalham muitas horas e têm sérias responsabilidades nunca deveriam separar trabalho e casa.
Que se devem pagar as contas no intervalo do almoço, gerir as agendas dos filhos ao mesmo tempo que se marcam as reuniões com os clientes, dar ordens à empregada pelo telefone enquanto se fazem relatórios de fim de exercício.
Esta senhora (americana, claro) deve pensar que inventou a pólvora,mas a verdade é que aqui pelas Europas isso já se faz há muito tempo. Não por uma questão de ser mais prático, mas simplesmente porque não temos outra alternativa.
De maneira que quando hoje (saltando a minha hora de almoço) me sentei na cadeira da manicure e tive de escolher entre o verniz cor sangue-de-boi e o negro-violeta, pensei: "haaaaa....isto é que é vida. Finalmente! uma decisão simples!!".
Os gajos vão falar de carros, de gajas ou de política (tenho reparado que cada vez mais de política), já eu prefiro pintar as unhas e esvaziar a cabeça durante 30 minutos. Melhor exercício zen não há.
Claro está que este blogue não vai andar nada de jeito enquanto isto não assentar (tenham paciência - estou a fazer o trabalho de duas pessoas e meia).