Cá ando a tentar sobreviver, meia imersa num mar de burocracia, papéis por todo o lado, reuniões aos magotes e etc. Não tenho muito tempo pra andar a navegar no ciber espaço. Aviso já que esta posta vai ser curta e grossa, porque isto agora anda assim. Não há nada a fazer. Aviso que é pra me darem o desconto, não sei se estão a ver...
Não posso dizer que ande propriamente mal-disposta, mas também não ando na minha forma habitual de ter capacidade para brincar com esta merda. Entenda-se por "esta merda" o mundo em geral e a vida em particular.
Com a ida do Xano para Paris, não perdi apenas a presença da minha cara metade (física, entenda-se. Meu amor: estás sempre comigo. No calor do leito etc blá blá - lembras-te?), perdi, também o meu colega de trabalho, que comigo e o grande-chefe, suportava o fardo de tentar lutar contra tudo e contra todos e conseguir o impossível: pôr um serviço público a funcionar bem.
Agora somos só dois, e devo dizer que isto não está fácil para ninguém. Isto só acontece quando se leva o trabalho a sério, bem sei. Mas o que é que vocês querem?não consigo ser de outra maneira.
Entretanto e passadas umas tantas cargas de nervos (o que se passa por aí? toda a gente cagou no mundo em geral foi?) provocadas pela inércia da máquina, sento-me agora (já fora do horário de trabalho) a tentar pôr alguma ordem no meu cérebro. Graças a Deus vem aí o fim-de-semana, mas olhando de relance para a minha pasta, percebo que vai ser tudo menos tranquilo - quilos de papel, meus amigos, quilos!Eu mereço.
O programa deste fim-de-semana é perfeito para o casal Tina e Xano. Enquanto Xano se desunha para encontrar uma casa que lhe permita abandonar os 6 m3 de quarto manhoso de hotel em que se encontra, Tina tem agendada uma ida ao hospital para se vacinar contra a gripe (a situação aqui começa a ser preocupante - a sério. Não me bastou andar quatro anos a levar com os bafos de chernobyl, ainda me arrisco a apanhar uma carraspana mortal. Fixe!) e uns cinco relatórios para escrever até segunda-feira.O que vale mesmo são os 2.600 quilómetros de distância, ao menos não ficamos com pena de não ter tempo para namorar.
E para quem pensa que o meu Xano anda de férias por lá, informo que o homem pegou no batente assim que lá chegou e se encontra em pleno exercício das suas novas funções.
Saquei a minha psique cansada à depressão à conta de um sobretudo lindinho Byblos (era a única marca que tinha o 32, amor, não tenho culpa, bem andei à procura de mais baratucho...), dois chapéus de vison e umas camisolinhas cheias de pinta. Cada um faz o que pode.À falta de prozac, foi o que se arranjou.