Como a todos os deslocados e desanraízados, imigrantes, ou, para ser fina, expatriados - o regresso de Portugal, fez-me uma impressão danada.Acho que não emcontrei outra defesa melhor, senão passar os dias a dormir. Daí o facto de não ter actualizado o blogue. Não é que nesta última semana não se tenham passado coisas interessantes nesta terra, antes pelo contrário. O Festival da Eurovisão, passou qual circo itenerante, pela cidade, enchendo o burgo de camones vários, pequenos mafiosos e muitas putas. De maneira que a coisa até esteve animada, mas eu andava sem paciência nehuma e preferi viver a coisa de maneira mais recatada.
Confesso que eu, sempre desejosa de alguma actividade diferente,em vez de andar feita maluca metida no meio dos camones e a ir às festas todas e mais algumas que se organizaram em honra de variadas personalidades que não conheço de lado nenhum,meti-me mas foi na caminha e passei oito dias de profundo coma emocional, do qual começo a emergir, embora muito lentamente. A excepção foi aberta para a delegação portuguesa, composta por gente altamente simpática e profissional, com a qual me deu muito gozo conviver,mesmo que apenas por pouco tempo- como sempre, nem passámos da meia final, mas pronto, o que interessa é o convívio...
No sábado, e à falta de bilhetes para a final, fomos com os latinos, jantar ao melhor japonês da cidade, onde chateámos a gerência até à exaustão,para transmitirem a eurovisão nos plasmas gigantes do restaurante. Lá fizeram a vontade aos doidos dos latinos mas - sem som...Enfim, não se pode ter tudo...Constantando que os portugas já tinham sido eliminados, que a Itália não participa e que Espanha só teve uns míseros votos de Portugal e da Ucrânia (!), ficámos chateados, pois claro, e resolvemos organizar uma eurovisão-karaoke lá em casa, que durou até às seis da manhã e teve os seus vencedores por KO - o espanhol e o Xano, que se aguentaram a cantar até ao último raio de sol da madrugada de Domingo!
E assim vão as glórias deste mundo pós-soviético.