Histórias de uma portuga em movimento.
21
Jan 08
publicado por parislasvegas, às 10:22link do post | comentar | ver comentários (2)
    A vida tem destas ironias, foi preciso sair de Paris para fazer amigos franceses.

  Também é verdade que agora entendo melhor qualquer francês, não por uma questão de conhecimento da língua, mas sim por uma questão de referências culturais.

    Antes de viver em França eu era, como quase todos os portugueses da minha geração, completamente ignorante de quase tudo o que era francês. As minhas referências estavam em Londres e Hollywood. Por isso é que eu gosto de mudar de país com frequência, fica-se sempre mais rico. Não há pior do que ter os horizontes estreitos.

    Mas dizia eu que, à conta de conhecermos a francesada local, fomos convidados para uma festa este fim-de-semana, que foi a primeira vez que fizemos uma noitada desde que eu descobri que estava grávida (a última foi em Novembro de 2006!!!!). A festa teve todos os ingredientes para ser divertida - gente gira, boa comida, boa bebida e música da "nossa juventude", ao som da qual toda a gente fez figura triste (a mesma do que quando tínhamos 15 anos...). Mas tudo tem um preço. Neste caso foi chegarmos às tantas da manhã a casa e eu ter que me levantar para tomar conta do Kiko algumas horas e muita ressaca depois.


    O Domingo estava a correr mais ou menos até o nosso vizinho do lado decidir pegar fogo à casa dele. Não sei se estão a ver o filme - fumos pretos a invadirem o nosso jardim e berros da família ao lado e eu que pensei que já estávamos todos a ser devorados pelas chamas (afinal de contas eu e o Kiko tínhamos acabado de adormecer para a sesta do meio da manhã). Mas foi só o tempo de ir acordar o meu marido e pegar no bebé para sair de casa que os bombeiros já cá estavam com um aparato tal que mais parecia um incêndio florestal. Isto tudo deve ter demorado dois minutos (a ilha é MESMO pequena) mas já deu para me pregar um susto do caraças.

    Entretanto a Shar Pei está com uma otite valente e passou o fim do dia de ontem a tremer de febre. O que vale é que nesta casa a farmácia dos cães está tão apetrechada como a dos humanos (precisamente por causa da mania que a Shar Pei tem de adoecer gravemente aos Domingos e feriados) já a temos a antibiótico e doses de paracetamol para a dores. No fundo, já não se pode ter um belo de um Domingo de ressaca....

15
Jan 08
publicado por parislasvegas, às 11:45link do post | comentar | ver comentários (3)
Os dias vão passando iguais, entre as crises de dentes do Kiko e o início da habitual constipação que acompanha o desmame de todos os bebés . Valem-me São Harper e São Foreign Affairs que me mantêm o intelecto desperto no meio de tanta sensaboria de vida de sopeira.

Entretanto, maior parte das pessoas que conheço parece estar em crise. Doenças, falências financeiras e percas de empregos. Tudo numa segunda-feira só. Eu já vinha vendo vir a tempestade, mas quem está no meio do furacão acha sempre que não é tão mau assim até ficar sem telhado.

Continuo pendurada. À espera de decisões e a ficar cada vez mais irrequieta. Eu que sou uma pessoa tão adaptável, posso dar-me bem no céu e no inferno, mas detesto purgatórios e limbos. O clima é demasiado enevoado para mim.

Os planos para a escapadela de Fevereiro começaram em grande: uma viagem a São Tomé com visita às belezas da ilha tanto à superfície como debaixo do mar. Depressa a megalomania passou. Horas de avião. Vacinas da Febre amarela. Tratamentos anti-palúdicos . Estamos velhos para essas merdas . Mas sonhar não custa nada e um dia ainda havemos de ir à Ilha do Príncipe, que quando metemos uma ideia na cabeça é difícil fugir-lhe.

Entretanto nesta semana que passou já andei (ciberneticamente, claro) no Qatar, no Dubai, na Jordânia e em Israel. Em todo o lado faz mais frio do que cá. Voltámos à casa de partida. Se calhar vamos fazer algo que já não fazemos há seis anos - passar férias em Portugal. Dizem que a galinha da vizinha é sempre melhor do que a nossa. Passados estes seis anos fora do país, começo a ter as minhas dúvidas. Parece-me é que as nossas cacarejam demasiado...

Agora que todos os meus dias são Domingos, dou por mim a ansiar pelo dito. O único dia da semana em que me parece que a vida bate certo .


09
Jan 08
publicado por parislasvegas, às 09:20link do post | comentar | ver comentários (2)

O Kiko sentado a conversar com os seus brinquedos

O Kiko numa grande conversa

Como se pode ver, continua um bebé bem disposto e sem problemas. Aprendeu a sentar-se nestes últimos dias e agora já nem se desequilibra . Como se pode ver neste vídeo manhoso, até já consegue ter as mãos ocupadas e continuar sentado. Um verdadeiro desafio de coordenação nesta idade.

Adora atirar  coisas ao chão para nos ver a apanhá-las e palra imenso com os brinquedos (mais com eles do que comigo). O elefante azul que a R. lhe ofereceu tornou-se o companheiro inseparável e continua a adorar livros, especialmente um que a avó lhe ofereceu este Natal.

Tento limitar ao máximo os brinquedos que fazem barulhos, dizem que muito didácticos , mas isso deve ser para as mães que não estão permanentemente em casa a enlouquecer aos bocadinhos por ouvir a mesma musiquinha 500 vezes ao dia...

Já não dorme tanto, o que no caso do Kiko é terrível porque ele nunca dormiu muito durante os dias. Sesta não é com ele. Mas desde que continue a dormir as 8 horas seguidas à noite, como já faz desde os 3 meses, quero lá saber. Ando um bocadinho exausta de me levantar todos os dias entre as 6 e as 7 da manhã. Desde a universidade que não fazia isto todos os dias, mas aí tinha eu os meus 18 anos fresquinhos. Estou velha para estas cavalgadas,

Agora que deixei de dar de mamar é que me está a dar a quebra. Por um lado não faz sentido, por outro mostra que o corpo humano está feito para optimizar todos os recursos. Enquanto foi preciso andei toda energética, agora que já não estou a alimentar a criança, quebrei. Mas ainda preciso de ser eu a cuidar dele 24 horas por dia, de maneira   que agradecia o retorno da pica com que andava, se faz favor.

O Kiko tem passeado muito no último mês, mas sem ver nada, porque adormece no carrinho e passa o tempo todo em que andamos na rua a dormir que nem um santo. Com tanta confusão cá em casa, de tanta visita familiar , ele não pôde andar no chão para se exercitar (ainda era pisado por algum parente distraído) e acho que está um pouco atrasado em motricidade . Detesta estar de barriga para baixo porque não gosta de fazer força nos braços para continuar com o pescoço levantado. Em compensação adora estar sentado e acho que ele não tem dormido por causa disso mesmo. Tanta brincadeira por viver, tão pouco tempo para brincar.

Come papas e frutinhas e já começou com os legumes. Detesta fruta, especialmente banana, faz umas caretas tão sentidas que até me parte o coração dar-lhe aquilo. Mas continuo a insistir. Todos os dias lhe dou uma refeição de fruta, com muita careta e arrepio à mistura. Quanto ao puré de cenoura (sem sal, claro), que não consigo nem sequer cheirar, ele come alegremente e pede mais. Vá-se lá perceber o paladar dos bebés...

Têm sido seis meses de novidades, descobertas, muitas alegrias e algum cansaço. Estes  têm sido tempos espectaculares. Quem me dera que continuassem para o resto das nossas vidas.

 

04
Jan 08
publicado por parislasvegas, às 16:18link do post | comentar
Este ano estou muito perdida, ainda mais do que já vem sendo hábito...Na véspera de fazer seis anos que deixei Lisboa, encontro-me numa situação absolutamente inédita que me impede de pensar naquilo que quero fazer da minha vida. Pela primeira vez, tenho que chegar à conclusão que não tenho planos. só direcção (já não é mau...).

Ontem estávamos a ver os vídeos do nascimento do Kiko e reparámos que o Xano aparece sempre todo stressado ao telefone a tentar ver se não ficamos com os móveis na rua, se conseguimos uma data indicativa para mudar de casa, se conseguimos organizar as coisas para transitar de um país para o outro dentro dos prazos dos contratos da casa, da electricidade e etc etc. Eu andava prá li a pairar no ar, como se estivesse a flutuar, apesar da minha recém adquirida gordura. Apareço sempre a falar muito baixinho, de uma maneira muito suave e maior parte das vezes estou a falar directamente com o Kiko, ignorando o resto das pessoas à volta e a confusão total em que a nossa vida estava na altura.

Só sei que acabei de chegar, que andei quase seis meses com um bébé debaixo do braço, em viagens de avião, aeroportos, ligações, taxis e casas emprestadas. Só sei que agora só quero é sossego e paz, para poder falar muito baixinho com o meu bébé que cresce tão depressa, que daqui a uns meses já não será só meu, tão acordado para o mundo que ele já anda.  Agora que organizei a nossa casa (que separei as cuecas do feijão verde como dizia uma amiga) e que finalmente começo a conhecer pessoas, ainda não me apetece resolver seja o que fôr só por estarmos em Janeiro.

As resoluções para este ano estão adiadas sine die. E o mais engraçado é que me sinto altamente feliz com isso.



28
Dez 07
publicado por parislasvegas, às 23:05link do post | comentar | ver comentários (3)
Cá em casa seguiu-se com choque o assassinato da Benazir Butto . O meu marido ainda tem uma ligação especial ao Paquistão, depois de ter vivido algum tempo em Islamabad . O resto da família é terrivelmente viciada em actualidade internacional. Toda a gente  é mais analista político do que o Nuno Rogeiro him self.

Estávamos todos colados ao écran, quando uma vozinha miúda pergunta: o que se passa com aqueles senhores?? dói-lhes a cabeça?? (centenas de paquistaneses choravam a morte de Butto com as mãos na cabeça). Aí acordámos. Os meus sobrinhos, com idades dos 3 aos 5 anos não vêem televisão. À hora dos telejornais estão deitados. Não percebem o sofrimento, o sangue, as explosões, as crianças malnutridas e os corpos desmembrados que aparecem no écran todos os dias e que já nos tornaram indiferentes a tanta desgraça mundana. Sem pensar nesse pormenor, acendemos o aparelho para ver a BBC assim que demos conta do acontecimento, sem esperar que as crianças estivessem deitadas.

Nós, que fazíamos contas de cabeça à evolução da situação política no Paquistão e às repercussões da mesma na cena internacional caímos das nuvens: o sofrimento humano visto pelos olhos de uma criança inocente recoloca tudo na perspectiva correcta.

Atacados pela realidade, desligámos o aparelho e ficámos em silêncio. Os miúdos, talvez adivinhando um assunto sensível, deixaram de perguntar o que se passava com aqueles senhores. Nós só voltámos a ver televisão depois de eles se irem deitar...

25
Dez 07
publicado por parislasvegas, às 23:24link do post | comentar | ver comentários (1)
Época de festas passada numa algarviada de inglês, português, espanhol e mandarim. Inevitável numa família de expatriados. 8 adultos e 4 crianças juntos na mesma casa durante 10 dias acaba por ser uma experiência sociológica interessante. Está a ser muito giro para nós e muito traumatizante para os cães...

Os putos falam irremediavelmente mandarim uns com os outros. Acaba por ser inevitável quando é a língua que usam todos os dias. Frustrante é para mim não perceber os meus próprios sobrinhos. Com este estágio forçado de mandarim, há coisas que já entendo, como os "não quero" ou "quero" "não há" e outras expressões básicas. O meu único consolo é pensar que o Kiko há de aprender com os primos. Isso é uma grande vantagem nos dias que correm.

Temos comido tanto que não cabemos nas portas. Faz parte da época.

Impagável a expressão na cara dos meus sobrinhos (entre os 5 e os 3 anos) quando ouviram o sino do Pai Natal e sairam desembestados para a sala para ver a árvore cheia de presentes. A magia dos meus natais de criança voltou toda nesses segundos. O meu filho recebeu um Panda quase igual ao que eu tinha em bebé. A minha prima, agora grávida de 6 meses, tinha um igual - está visto que vou comprar outro idêntico para o filho dela.

E este ano não houve presentes para os adultos. Para quê? Estamos juntos.

Engraçado como algumas pessoas que têm a família à mão e ao pé todos os dias, não dão valor a estas coisas. Para nós este foi um Natal especial, embora com muitas ausências. Completo mesmo só se a outra parte da família tivesse conseguido aqui estar. Mas esses, vindos de Portugal e de Itália reuniram-se em Lisboa este ano.Talvez no próximo ano nós possamos também participar nesse encontro.

05
Dez 07
publicado por parislasvegas, às 12:43link do post | comentar | ver comentários (2)

Hoje é um dia muito especial. É o dia em que o meu pai faz 60 anos.

Os 60 anos são sempre um marco importante, especialmente quando se chega lá da maneira que o meu pai chegou, saudável, jovem e bonito, com a promessa de muita vida ainda para viver.

 

Parabéns pai.

Sabes que gosto muito de ti e que gostaria de poder estar aí, com o nosso Kiko para te dar um grande beijo de parabéns.

Estando longe, está combinada uma sessão de vídeo-conferência hoje à noite!!!

 

Outra razão para comemorar hoje (como se esta não chegasse) são os meus 34 anos.

 

Sempre pensei que ter filhos me fizesse sentir mais velha, mas nunca me senti mais jovem do que agora!!!

 

Para ser sincera, todo este ano é um ano especial: afinal de contas é o ano em que o nosso Kiko apareceu nas nossas vidas. Pode ser piroso, mas não há maior verdade!

 

 


16
Nov 07
publicado por parislasvegas, às 10:05link do post | comentar | ver comentários (3)

Vocês bem sabem como são os expatriados por esse mundo fora: não importa qual a nacionalidade, um expatriado que se preze queixa-se sempre do seu país e do país de acolhimento.

Às vezes penso que é para isso que as pessoas deixam casa, amigos e família - para se poderem queixar daquilo que deixaram, ao mesmo tempo que se queixam daquilo que têm.

Eu digo isto, mas não pensem que me isento desta categoria, se eu não estivesse sempre a querer estar onde não estou, não teria escolhido esta vida de sobressaltos.

 

Em todos os novos poisos, as primeiras impressões são sempre as mais importantes. Há sítios onde o salta à vista são as desvantagens - língua difícil, mau clima, burocracia kafkiana, povo desconfiado ou racista, etc. Outros há em que, inicialmente, só vemos as maravilhas - é o meu caso com a  Ilha.

 

Ando à espera da pancada. Porque, como tudo na vida, há sempre inúmeros aspectos escondidos, coisas que não estão à superfície e que apenas se conhecem quando estamos integrados o suficiente para quebrar a camada das aparências. E aí, normalmente, é que temos os choques.

 

Mas por enquanto é curtir:

 

- o clima - em meados de Novembro ainda tenho 25 graus durante o dia. Há mais de um mês que me dizem que o Inverno vai chegar e que este ano vem com força. Tudo o que não seja -30º com nevão acoplado já não é Inverno para mim. Venha ele.

 

- a língua - extremamente difícil. Mas tão bonita. Macacos me mordam se não hei de aprender esta coisa. Os amigos gregos bem ligam cá para casa já na língua nativa, mas eu não consigo passar do "parakaló!" e do "né!"* (se bem que só essas duas palavras já lhes provocam ataques de riso. Devo ter uma pronúncia bonita....).

 

-a dimensão - sinal de que estou a ficar velha é estar a gostar da dimensão da Ilha. Venho eu  de jantares no Costes, copos no Budha e window shopping nos melhores estilistas do mundo, de 3 horas perdidas por dia no trânsito, de cotoveladas no povo para apanhar um taxi, seria de esperar que estivesse agora a deprimir e a dizer que isto é uma parvalheira.

Nada disso. Adoro o facto de isto ser pequeno. De se poder ir de uma ponta à outra em horas. Adoro o facto de toda a gente se conhecer, o facto das pessoas da nossa idade ter família, filhos e uma vida sossegada aos fins de semana.

Claro que não sobreviveremos muito tempo a isto. Acho que temos de ir passar uns dias fora de vez em quando para nos mantermos um pouco loucos. Mas também acho que, pelo menos eu precisava de assentar um pouco.

 

- a paisagem - quando se sai dos centros urbanos é um consolo. E as "grandes" cidades aqui também são engraçadas, com influências de inúmeros povos que por aqui passaram. As aldeolas empoleiradas nas montanhas são extraordinárias.  Bem sei que nem apenas de paisagem vive uma mulher. Mas ajuda.

 

 

Ainda não conheço o suficiente para escrever sobre pessoas. Tenham paciência que lá chegaremos.

 

 

 

 

* Parakaló - uma palavra giríssima que serve para imensa coisa -" se faz favor", "faça o favor de dizer", "atenção" etc.

Né -" sim". É estranho. Talvez alguém me saiba explicar porque "Não" começa por " N" em inúmeras línguas - NON, NO, NEIN, NIET e em grego é o "sim" que começa por "N" e, aos ouvidos dos outros  Europeus, acaba por soar a "não"... 

 


14
Nov 07
publicado por parislasvegas, às 20:49link do post | comentar | ver comentários (2)

 

O Kiko a dormir com a Angie a montar guarda.

 

Lá muito atrás, ao canto da foto vêem-se as patas da Shar-pei. Essa não se stressa com o puto: a cria é minha, eu que lhe dê atenção.

Já a Bulldog fica feliz quando eu permito estas proximidades com o Kiko. Às vezes não sei quem anda com o instinto maternal mais exacerbado, se eu se a cadela.


12
Nov 07
publicado por parislasvegas, às 13:16link do post | comentar

O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão
O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção
Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós
Meu amor, o tempo somos nós

O espaço tem o volume da imaginação
Além do nosso horizonte existe outra dimensão
O espaço foi construído sem princípio nem fim
Meu amor, huuum , tu cabes dentro de mim

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar

A nossa história começa na total escuridão
Onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão
A nossa história é o esforço para alcançar a luz
Meu amor, o impossível seduz

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Eternamente tu

Jorge Palma

Esta era a canção que eu ouvia repetidamente no Verão do ano 2000, dizendo para mim mesma que, por mais divergentes que os nossos passos fossem, haveríamos de nos querer encontrar um dia. Sete anos passaram e eu continuo a pensar que o meu tesouro és tu.

Parabéns amor.


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