Histórias de uma portuga em movimento.
11
Abr 09
publicado por parislasvegas, às 19:28link do post | comentar

 

Caixa de correio, obviamente portuguesa, na medina de Marraquesh, Marrocos, 2007

 

 

Já estou há demasiado tempo com o cú assente no mesmo sítio. Procuro dizer a mim mesma que uma nova mudança (como se viu no post anterior) será uma merda e que não preciso de mais chatices na minha vida, muito obrigado.

 

Mas ao mesmo tempo, estou a rebentar de vontade de mexer. Não forçosamente fora daqui para sempre, mas tenho que sair.

E isto com três meses de regressada.

Antigamente, até conseguia ficar seis meses sem mexer. Mas isto foi piorando com o tempo. No outro dia, estive a contar os voos que fiz com o meu filho nos seus primeiros 9 meses - 15 - 15!!!! E depois admiro-me de ter ficado sem leite...

 

Alguém sabe de uma vaga de jornalista de viagens??? É que eu acho que falhei a minha vocação...

 

 

Entretanto, entrei em modo frenético.

Aguardem novos posts sobre a nova viagem que aí vem.

Ainda não sei bem onde, apenas tenho decidido que tem que ser perto daqui (falta de carcanhol, bem entendido...). As opções são muitas: Grécia outra vez, Israel, Líbano outra vez, Egipto outra vez, Síria, Jordânia, Dubai ou Malta. Ganha quem oferecer preços melhores, ao abrigo de ataques terroristas e metralhadas.

 

Viver na parvalheira, às vezes, compensa, pela proximidade de sítios interessantes.

tags:

08
Abr 09
publicado por parislasvegas, às 14:40link do post | comentar

Espuma de Mar

 

Vista para a Praia do Anassa

 

 

 

Rocks

 

 

Finalmente, as fotos do fim de semana em Polis, passado num dos melhores hoteis da Ilha ( e num dos melhores onde já fiquei), à laia de comemoração de aniversário de casamento. Pois é. Quem quer bons maridos arranja-os.

 


17
Mar 09
publicado por parislasvegas, às 09:41link do post | comentar

Há quase oito anos que ando a viver em países diferentes, e há quase 15 que ando a saltar pelo mundo.

 

Como eu, existem muitas pessoas que, por diversas razões, andam nisto, mas já há 20 ou 30 anos. Não paro de me surpreender com a falta de flexibilidade mental dessa gente, relativamente aos costumes dos outros.

 

Quer dizer, quem nunca saiu da sua rua, aldeia ou cidade, pode muito bem ficar chocado com as diferenças de costumes, comida, religião e etc de outros povos, ou até mesmo do pessoal da aldeia do lado, mas quem anda nisto há 30 anos?? Tenham paciência e mudem de vida.

 

Como tudo, eu acho que um vagabundo geográfico tem que gostar de o ser. Não vejo maior sacrifício do que andar desenraizado uma vida toda, sem sequer encontrar prazer nisso.

 

E depois há situações perfeitamente ridículas. Ainda há uns tempos uma amiga belga, que anda a mudar de país há cerca de 19 anos, dizia que odeia a Ilha porque os locais são demasiado agressivos ao volante. Apitam muito, insultam e tal. Outra amiga francesa que estava a ouvir a conversa ainda começou a dizer "mas a mim não..." e interrompeu graças a uma discreta cotovelada minha. Pois a mim também ninguém me insulta no trânsito e raras vezes me apitam, por isso a belga deve conduzir extremamente mal para ser tão frequentemente alvo das raivites dos locais.

 

Ora o ridículo da situação está na diferença cultural, pois os belgas conduzem muito devagar e são extremamente respeitadores das regras, e aqui, como noutros sítios do mundo, as pessoas guiam depressa e há que haver flexibilidade para o caos do trânsito fluir minimamente. O acidente mais estúpido que eu já vi na minha vida foi em Bruxelas: dois carros chocaram a cerca de 20 Km/h - e chocaram na mesma! porque nenhum dos dois teve flexibilidade para evitar o acidente. Mas quem já esteve em 10 países diferentes ao longo de quase 20 anos devia reconhecer isso e esforçar-se minimamente para se adaptar. Ou então andar de taxi.

 

Pelo menos os condutores aqui não se comportam selvaticamente como em Portugal, não conduzem tão rápido nem insultam tanto como em Itália, ou Espanha, ou França, e mantém uma ordem, ao contrário do caos generalizado do Egipto ou do Líbano (que aí, juro, pensei que não saía do carro com vida). Guiar aqui é facílimo, uma vez habituada à mudança de mão, nunca mais tive problemas em ir seja onde fôr. Há cidades em que eu sei que iria ser muito difícil para mim guiar: Pequim, Bangkok, Beirute ou Cairo, são tão caóticas que a coisa iria demorar muito tempo e tenho a certeza que iria amolgar muito carrinho até me atinar. Mas uma merdice tão pequenina nunca me faria ir abaixo. Adaptação é a palavra-chave.

 

Eu respeito piamente as diferenças culturais de cada povo e tento dançar consoante a música local, só há uma parte do mundo em que eu nunca conseguiria viver e que fica aqui mesmo ao virar da esquina. Burka não, muito obrigado.


09
Dez 08
publicado por parislasvegas, às 21:41link do post | comentar

Finalmente consegui realizar um dos meus sonhos de viagens e fui ao Líbano. Por poucos dias apenas, mas já deu para ter vontade de voltar o mais rapidamente possível!

 

Chegámos na noite do meu Aniversário, do qual ainda vou aqui postar uns vídeos para vocês se rirem um pouco. Acho que foi a melhor festa de aniversário que tive até agora, vai ser difícil fazer melhor, principalmente porque nem sempre se tem o ambiente de loucura que se encontra na noite de Beirute.

 

Este fim-de-semana foi especialmente particular porque se festejavam os dias do Hajj (peregrinação a Meca), seguidos, como sempre, do Eid ul-Adha, a celebração em honra de Abraão, durante a qual se sacrificam carneiros, à semelhança do que fez o profeta quando Deus lhe pediu que sacrificasse o filho.

 

Este Dezembro é um mês em cheio para as fés do Líbano, que está a abarrotar de turistas. Milhares de muçulmanos do Golfo chegaram na sexta-feira para as celebrações, ao mesmo tempo, milhares de cristãos marronitas continuam a chegar para a grande reunião de eleição de um novo líder espiritual, enquanto isso, os católicos libaneses espalhados pelo mundo regressam a casa para festejar o Natal. Já podem calcular a confusão.

 

O resultado tem sido festa atrás de festa (e, esperamos nós, sem conflitos...) onde cristãos e muçulmanos se juntam nos restaurantes para dançar e cantar até cair. Foi esse ambiente alucinante que apanhámos este fim-de-semana.

 

Beirute é uma cidade linda, onde toda a gente vive no fio da navalha. Sem saber o que reserva o amanhã, os libaneses optaram por viver cada dia como se fosse o último. E sem medos.

 

A destruição da cidade continua visível, em feridas abertas de edifícios esventrados que convivem com prédios de último design. As  Forças Armadas estão presentes em cada esquina e os controles a pessoas e objectos são o pão-nosso de cada dia.

 

Como já esperava, apaixonei-me ao primeiro olhar.

 

 

Grafitti em Hamra, Beirute

 

Zona reconstruída com a grande Mesquita ao fundo, Beirute

 

O velho e o novo, Beirute

 

Memorial ao Primeiro-Ministro Rafik Hariri, assassinado em Fevereiro de 2005.

 

Uma família muçulmana tira uma foto com a árvore de Natal.

Jeita, Líbano

Nossa senhora do Líbano.

Harissa, Líbano

Beirute, vista de Harissa.

 

 


27
Nov 08
publicado por parislasvegas, às 14:13link do post | comentar

 Sandra,

 

 

Mil desculpas pelo atraso na respostas às tuas perguntas. A vida tem sido um pouco mais complicada do que o costume em terras de Afrodite.

 

Se recebeste uma oferta de trabalho para Kiev, calculo que seja a fazer algo parecido com o que fiz lá e, nesse caso, a primeira dificuldade é o trabalho em si. Mas isso é outra história...

 

Quanto a dados práticos posso dizer-te que o valor das rendas é francamente exagerado e não está a dar mostras de descer por enquanto. Há três anos atrás eu pagava 1800 dólares americanos por um apartamento de duas assoalhadas, cerca de 70 metros quadrados, mobilado ao gosto soviético dos anos 80 e com um chuveiro caprichoso.

 

Está claro que o apartamento ficava mesmo no centro da cidade, num dos bairros "finos" com restaurantes e lojas caras, mas os meus vizinhos eram o sindicato dos reformados da Ucrânia e uma senhora da noite que povoava o prédio de clientes turcos. Foi giro.

 

Se falas russo não deves ter dificuldade em fazer-te entender nas coisas simples da vida, como apanhar um táxi e ir ao supermercado. Caso não fales, começa seriamente a pensar em aprender, pelo  menos a ler cirílico para te orientares na rua, porque todos os nomes das ruas e das praças estão em ucraniano (como é natural).

 

Maior parte dos restaurantes já tem menu em inglês e o pessoal que atende também percebe qualquer coisa o que quer dizer que mesmo sem falar russo qualquer estrangeiro pode comer e beber sem problemas.

 

A vida de um expatriado (seja onde for) tem particularidades engraçadas: nos primeiros seis meses nunca sabes muito bem onde estás.

 

Tem paciência para dar tempo até começares a conhecer a cidade e a comunicar com os locais, não te ponhas logo de início com más vontades ou ódios pequeninos (ao facto de não existir manteiga com sal, por exemplo) porque essa atitude vai estragar-te toda a experiência maravilhosa que é conhecer novos sítios e novas culturas.

 

Os Invernos na Ucrânia são tramados: ainda ontem comentava com uns amigos acabados de chegar de Kiev ( e que também se expatriaram, mas para a Ilha onde vivo agora) que enquanto nós gozamos os 25º de máxima, o pessoal em Kiev já sofre com os -6º e uma altura considerável de neve.

 

Compra um casaco quentinho (de preferência compra lá - em Portugal é difícil encontrar algo que resista a 20 graus negativos) e, pelo amor de Deus, compra umas botas especiais para andar na neve. Se há coisa que nenhum portuga sabe fazer é andar no gelo e o historial de ossos partidos é o pão-nosso de cada dia...

 

Eu sobrevivi a cinco Invernos ucranianos, por isso a coisa não pode ser assim tão má. Para mim foi a parte pior, mas eu sempre detestei frio e neve e sou incapaz de conduzir no gelo (e nunca tive nenhum acidente!).

 

Quanto à comida, os legumes e frutas que se dão localmente não são caros, mas os importados são um exagero. Podes adaptar a tua maneira de comer ao que aparece localmente a preços mais módicos. Eu não fiz isso porque na altura existia uma paranóia terrível com Chernobyl e nenhum estrangeiro comia legumes ou fruta fresca colhida localmente. Sinceramente, não sei se a paranóia se justifica ou não, mas porquê arriscar???

 

A água da torneira não é segura, nem sequer para lavar os dentes ou para cozinhar. Quando tomares duche tem atenção e fecha a boca porque a água vem cheia de metais pesados que são prejudiciais à saúde. 

 

O abastecimento de água quente é cortado durante uma semana por ano (no Verão) para purga e limpeza dos canos. De qualquer forma, maior parte das casas tem caldeiras autónomas para não depender do abastecimento municipal. Caso consigas, tenta arranjar um apartamento que tenha alternativas de aquecimento. Digo isto porque os aquecimentos são controlados pelo município e são ligados todos ao mesmo tempo no dia 15 de Outubro e, em cinco Invernos, só houve um deles em que não começou a fazer frio antes dessa data. Se não tiveres alternativa (uma lareira, por exemplo), tens que passar um frio do caraças até ao começo "oficial" da época do aquecimento.

 

Espero que estas dicas te tenham sido úteis. Devo dizer-te também, que fiquei completamente apaixonada pelo país e pelas pessoas, que todos os dias tenho saudades da Ucrânia e que valorizo todos os momentos dos quatros anos que lá passei: tanto os maus, como os bons. Para mim, foi uma grande lição de vida.

 

 


14
Jul 08
publicado por parislasvegas, às 20:47link do post | comentar | ver comentários (1)

O Pôr-do-Sol mais espectacular que existe neste planeta vem todos os dias cumprimentar-me à porta. Dizem os mais viajados do que eu que não existe igual neste mundo.

 

Eu acredito de boa vontade.

 

Entretanto vamos morrendo aos poucos neste calor de 45 graus à sombra. A Europa só cá mora em termos políticos, mais Médio Oriente do que isto é difícil. O Kiko fez um ano com os irmãos e os avós, melhor só se fosse em Portugal, mas isso não foi possível. Muitas vezes olho a minha cicatriz quase-invisível. O Parto tornou-se uma memória distante. Abençoada seja a mente humana que bloqueia dores físicas. O pior mesmo são as de alma.

 

Temos descoberto novos mundos (para nós, claro) ao leme de um semi-regído, explorando baías transparentes. Já só quero viver assim. De biquini, tostada do Sol e a nadar com os peixinhos. Lá está o problema das férias. Duram pouco....

 

 

 


24
Jun 08
publicado por parislasvegas, às 18:55link do post | comentar | ver comentários (2)

 

Ucrânia, Primavera de 2003


17
Abr 08
publicado por parislasvegas, às 19:24link do post | comentar | ver comentários (2)




A blimunda recomendou-me o filme Caramel da realizadora libanesa Nadine Labaki que, para retratar as solidariedades e condição femininas em Beirute, escolhe centrar a acção da película num salão de cabeleireiro .

Adorei o filme que, para além de um excelente argumento, me transportou para um sítio que eu adoro: o salão típico, mais ou menos decrépito, onde as conversas oscilam entre o insignificante e o sentido da vida.

Das viagens que tenho feito e nos países onde tenho vivido, fujo dos cabeleireiros franchisados e arrisco sempre (por vezes com péssimos resultados) o salão local, com o décor de há 20 ou 30 anos atrás.

Tenho conhecido personagens impagáveis e saído com os penteados mais loucos que se possam imaginar.

Em Kiev, frequentei um salão minúsculo, praticamente um corredor. Sem decoração que não fossem as cadeiras de barbeiro e os espelhos, porque não havia dinheiro para mais.

A Vita , minha manicure e o marido, meu colorista e cabeleireiro, tinham vivido até à independência como operários metalúrgicos em Donetsk . Construíam carruagens de comboio e viviam num pequeno apartamento comunal para operários. Pode parecer-vos incrível, mas eles falavam com saudade desses tempos em que tudo o que era preciso para poder comer decentemente era passar uma garrafa de vodka ao talhante.

Depois de 91, a única oportunidade de mudar de vida foi emigrar temporariamente para a Alemanha para tirar cursos de estética. E eles agarraram a nova profissão com as duas mãos. Ou era isso, ou os três filhos do casal não comeriam.

Em Banguecoque fui a um salão todo cheio de dourados forrado a veludo verde-irlanda e saí de lá loira platinada, cor que durou quinze dias....o tipo não teve culpa. Ninguém pinta o cabelo de loiro por aquelas paragens.

Tive uma conversa alucinante com o cabeleireiro que, aparentemente, conhecia todos os portugueses da cidade.

E o que dizer do meu casamento em Pequim?? eu saí do hotel para comprar o bouquet (só isso dava outro post) e quando cheguei  o mulherio da festa estava em pânico: tinham ido arranjar o cabelo e pareciam saídas de uma sitcom dos anos 60. Tudo de cabelão enorme e ripado. Felizmente a cerimónia foi ao final da tarde, o que deu tempo a todas de lavar a cabeça e mudar para algo mais simples.

Mesmo assim, enchi-me de coragem e lá fui. Afinal, noiva que é noiva vai arranjar o cabelo no dia em que se casa. As fotos documentam bem a minha banana ao estilo rocka-billy.

Melhor do que esta, só a vez em que fui arranjar as unhas a um salão de bairro em Pequim e saí de lá com unhacas de acrílico de 5 cm cada. Um must.

Aqui a experiência é muito parecida com a do filme da Labaki: duas horas para arranjar o cabelo. Uma para beber café e outra para lavar e secar a cabeça.

O salão parou no início dos anos 80, decoração mais pirosa não há. Mas o mulherio cá do bairro adoptou-me: quando eu estou só se fala inglês para eu poder participar nas conversas e ando a aprender mais grego com elas, uma vez por semana, do que nestes últimos seis meses de permanência na Ilha.

Até em Paris, capital do cabeleireiro franchisado, consegui encontrar no meu bairro um salão tranquilo ("só" era preciso reservar com uma semana de antecedência) que tinha a seu desfavor o facto de não ser piroso - isso não existe nos bairros finos de Paris - e a seu favor o facto de ser propriedade de um português enorme, gabiru latino de rabo de cavalo e mulherengo até dizer chega, mas que fazia milagres com a tesoura (e, segundo as outras senhoras, com outras coisas também...).

Em conclusão - não se conhece a alma feminina de um país enquanto não se frequentam os salões de bairro.

Não se esqueçam de agendar uma ida a um salão na vossa próxima viagem. Por vezes, é uma aventura maior do que ir escalar uma montanha ou passear na selva, porque tal como estas, tem os seus riscos. O que vale é não há mal capilar que sempre dure...

 

06
Mar 08
publicado por parislasvegas, às 08:47link do post | comentar | ver comentários (1)
à ilha e ao blog depois de um mês passado em Portugal. Muitas vezes me perguntei quando (e se) teria vontade de regressar ao meu país. Pois, não sei ainda bem porquê, mas pela primeira vez em 7 anos, sai de Portugal contrariada.

Não quer isto dizer que tenha achado o país melhor, mais bonito ou mais eficaz, nada disso. Não se admite que, num país tão pequeno o desordenamento do território seja tal que morram pessoas nas cheias todos os anos, nos mesmos sítios, ou que todos os anos, também nas mesmas regiões, deflagrem os incêndios do costume. Continua a não ser admissível que um país tão pequeno tenha 2 milhões de pobres e que a classe média seja um animal em extinção acelerada.

Todos nós queremos o melhor para os que amamos e não haja dúvida que a minha relação com  Portugal continua a ser a de uma paixão intensa.

Mas apesar da vontade de regressar, ainda cá temos mais 3 anos e vamos fazê-los com muito boa disposição. 




26
Abr 07
publicado por parislasvegas, às 13:49link do post | comentar | ver comentários (2)

 

 

Como vem sendo hábito desde que este blogue começou, assinalo hoje o 21º aniversário da catástrofe de Chernobyl . Desta vez venho falar da cidade de Pripiat , uma pequena cidade "científica" que, como Chernobyl alojava, em recinto fechado, os funcionários da Central e suas famílias. Fora da Ucrânia esta cidade é praticamente desconhecida e os seus habitantes entraram na categoria geral de "refugiados de Chernobyl ", no entanto, há pouco tempo nasceu o movimento "salvem Pripiat " que se encarrega de tentar impedir a destruição total da cidade.

 

As autoridades ucranianas querem "limpar" as zonas de exclusão por duas razões: apagar de uma vez as memórias do acidente (como se fosse possível) e impedir que antigos habitantes e novos vagabundos se instalem nos edifícios abandonados. Desde o desmantelamento da URSS que se tem tornado difícil vigiar a zona de exclusão - existem barreiras, mas maior parte das vezes não se encontram guardadas, por falta de dinheiro, falta de meios, falta de voluntários para secarem numa terra de ninguém expostos aos níveis de radiação que ainda singram naquelas paragens.

 

Os sobreviventes do desastre querem preservar a memória dos que pereceram e entendem que isso apenas é possível através da preservação dos sítios.

 

Entretanto, os animais selvagens vão tomando conta das zonas de exclusão e os cientistas ocupam-se a estudar os efeitos da radiação nos animais que têm ocupado o terreno deixado livre pelos humanos. Dos relatos que ouvi de quem esteve no local há cerca de 15 anos nem sequer um mosquito de ouvia no ar. O facto de alguma vida ter regressado já é um motivo para ficar optimista.

 

Mais sobre Pripiat aqui.

 

 


mais sobre mim
Fevereiro 2014
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
13
14
15

16
17
18
19
20
21
22

23
24
25


arquivos
2014:

 J F M A M J J A S O N D


2013:

 J F M A M J J A S O N D


2012:

 J F M A M J J A S O N D


2011:

 J F M A M J J A S O N D


2010:

 J F M A M J J A S O N D


2009:

 J F M A M J J A S O N D


2008:

 J F M A M J J A S O N D


2007:

 J F M A M J J A S O N D


2006:

 J F M A M J J A S O N D


2005:

 J F M A M J J A S O N D


2004:

 J F M A M J J A S O N D


pesquisar neste blog
 
subscrever feeds
blogs SAPO