Natal de 2008, com o Kiko
Tenho evitado falar sobre os cães, porque isto tem andado a correr muito mal desde que chegámos à ilha.
Quinze dias após a morte da Shar-pei, a Bulldog (Angie), partiu uma pata, sem razão aparente. No veterinário fizemos exames vários e, depois de mandarmos tecido para análise em Londres, chegou-se à conclusão que a Angie tem um cancro nos ossos.
Entretanto, a pobre da cadela já foi operada duas vezes e perdeu o uso de uma das patas de trás, mas mesmo assim, eu tinha alguma esperança que ela se aguentasse algum tempo, pois mesmo a funcionar a três patas, ainda fazia a vida negra aos gatos aqui da vizinhança.
Hoje quando cheguei a casa à hora do almoço, fui dar com ela deitada a ganir, cheia de dores. Liguei para o médico e fomos de escantilhão com ela para a clínica (hoje, quinta-feira é o dia de folga do pessoal médico aqui da ilha). Depois de vários exames, o vet. chegou à conclusão que o tumor já se espalhou e está agora alojado nos pulmões, o que quer dizer que só temos mais umas semanas em companhia da Angie.
Quem não tem cães não pode perceber a angústia de ver um animal a sofrer sem se poder fazer grande coisa para melhorar a situação. De modo que a única alternativa agora é pô-la a "dormir" um dia destes.
No meio de tudo isto às vezes penso que ser a posto a "dormir", sem dores e rodeado das pessoas que se gosta é um privilégio que não devia ser reservado só a animais de estimação...
Tenho mesmo muita pena de perder esta cadela que só não digo que "só lhe falta falar", porque o bicho sempre "falou". Até responde torto quando se ralha com ela, e depois vai amuar a um canto. Nunca tive cão tão inteligente. E tão bem comportado também.
Enfim, vamos ver quanto tempo mais isto dura.