Paris é uma cidade enorme, cheia de coisas bonitas para ver. Cada um tem os seus roteiros e estes sítios faziam parte dos meus:
Em Saint-germain existe um outlet que se chama "mouton à cinq pates" que vende vestidinhos de designers a preços muito módicos. É preciso procurar nas pilhas de coisas que não interessam a ninguém, mas lá se conseguem umas coisinhas jeitosas. Comprei lá os meus Moschinos e os meus Ferrettis. É um gozo.
Ainda em Saint-Germain o que é bom é fazer um valente window shopping. Ali há de tudo - a Dior e a Chanel, a Vuitton, etc e é um bairro espectacular para voltinhas sem destino especial. Para beber um chá, recomendo a loja da Shangai Tang, mas tens de passar pela secção de roupa, o que é capaz de ser bastante perigoso para a carteira. Igualmente perigoso para a carteira, mas agradável aos olhos e ao palato é almoçar no Café da loja Armani onde param alguns dos homens mais bonitos de Paris (não forçosamente heteros).
No 16º bairro, entre rue Saint Didier e a rue de la pompe fica uma lojinha minúscula de acessórios e roupa vintage (maneira fina de dizer 2ª mão) vendem coisas espectaculares e a bons preços, desde pulseiras Gucci a vestidos de noite Versace e tailleurs da Channel. Passando por lá, o melhor é ir almoçar à Madame Olga, no restaurante russo que tem os melhores ovos escalfados com caviar de salmão que já comi na minha vida. Para quem gosta de comida libanesa, mesmo à frente da Madame Olga existe um pequeno libanês, onde os portugueses são muito bem tratados e se come lindamente.
Ainda no 16º (era onde eu trabalhava, por isso é o que eu conheço melhor) há uma livraria em plena Av. Victor Hugo, cujo dono deve ter uns gostos muito estranhos porque os livros esotéricos convivem alegremente com o último grito dos best sellers.
Mas Paris é uma cidade ideal para te perderes, andar a pé nas imediações do Louvre, passear por Montmarte, vaguear nos campos elísios. Mais vale andar sem roteiro, meter o nariz nas pequenas lojecas de comida gourmet, ir às floristas, às padarias. No caso de andares a vaguear, cuidado com a carteira (isso é universal). No caso de andares a conduzir, arma-te com toda a paciência do mundo, e lembra-te que a prioridade é à direita e que as rotundas têm a prioridade ao contrário.
Se conseguires aturar as filas do tamanho do mundo aproveita para ir ao Museu d Orsay, ao Museu do Quai Branly e ao Museu de cultura oriental da Av. d Iéna. Se não tiveres pachorra, aproveita e vai ao cinema ver um dos filmes franceses que sairam agora e que não temos oportunidade de ver em Lisboa.
Aproveita!