Histórias de uma portuga em movimento.
20
Mai 09
publicado por parislasvegas, às 20:31link do post | comentar

A minha paixão por carros é conhecida dos meus amigos e de quem lê este blogue. Especialmente calhambeques.

Comecei há cerca de 6 anos, quando comprei o meu primeiro carro usado, um Porche de 1988, que me deu chatices atrás de chatices, mas que comprei, como todas as mulheres compram carros, por ser muito bonito, pequeno e, pensava eu, fácil de guiar.

Afinal, a estética manteve-se, mas passado seis meses, já eu tinha investido uma pequena fortuna na máquina, a pintá-la de novo, re-estofar o interior, etc etc e a merda do chaço parava a cada 2 Km que fazia.

 

Vi-me livre do Porche e comecei a guiar o carro do meu marido, um Jaguar XJS do início dos anos 90, enquanto ele comprou um carro americano dos anos 60.

Vendido o Jaguar e chegados a um país onde se guia à inglesa, eu insisti num carro que fosse quase novo, fiável e com volante do lado direito, para transportar o meu filho.

 

Durante quase um ano guiei um Renault Scenic de 2002 que quase me enlouqueceu, porque apesar dos 1600 de cilindrada andava que nem uma carroça de cavalos cansados.

Eu sou mãe, sim senhor, mas não quer dizer que tenha de guiar um carro que não acelera.

 

Um dos meus amigos veio salvar-me da minha tristeza, quando me ofereceu um Mercedes 500 SE de 1989. O carro, que vale cerca de 4,000 euros no Reino Unido e que ficou nas minhas mãos por 100 Euros (por isso digo "ofereceu"), porque está num estado lastimável. Felizmente é um Mercedes e anda como um verdadeiro V8, mesmo com o motor lixado e vai andar assim até dar o peido mestre, altura em que vou ter de gastar dinheiro num carro novo. Aproveitei para vender o Scénic.

 

Guiar este chaço é espectacular - com a largura de um Range Rover e o triplo do comprimento de qualquer utilitário - toda a gente se desvia de mim no trânsito. O pior é navegar pelas ruas estreitas da cidade medieval e estacionar, principalmente em parques subterrâneos, feitos para os carros do século XXI. Mas, com risco aqui e pancada ali, tudo se consegue.

 

E depois, mesmo com 20 anos, tem interior em couro, é automático, tem A/C, ABS, tecto de abrir e comprámos um rádio para ligar o Ipod, para não se notar a diferença tecnológica (o original ainda era de cassete). Na net não consegui encontrar nenhum igual ao meu: cinzento claro com o interior em bordeaux. Mas fica este, para terem ideia da bisarma.

 

 

 

Vou ter pena quando este carro morrer, porque acho que é a máquina mais segura que já guiei, e a mais feia também. E, ao contrário do Scénic, acelera que cola passageiros ao banco.

 

 

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21
Set 06
publicado por parislasvegas, às 10:25link do post | comentar | ver comentários (10)

Hoje de manhã, vinha presa nos engarrafamentos monstros de Paris, quando detectei atrás do meu carrinho uma bomba destas:

Lamborghini Murcielago

Como adoro carros, não resisti em ficar a olhar para esta obra de arte pelo retrovisor. Lá dentro, o irmão gémeo do Fabien Barthez falava pelo bluetooth do móvel com um ar muito excitado.

Pára. Arranca. Primeira. Segunda. E lá fomos a pastar pela auto-estrada a fora, até chegarmos ao Sena, e o trânsito clareou como se de um milagre se tratasse. O Murcielago avança, ultrapassa-me pela direita e lá dentro, o irmão gémeo do Barthez faz-me o sinal característico do "vai uma corridinha???".

Lotus Elise 111R

Ora o meu bólide laranja não é nenhum Ferrari, mas também anda longe de ser um calhambeque qualquer. Dos 0 aos 100 km h em pouco mais de 5 segundos é um bicho rápido, mas não se pode comparar a um Murcielago . Mas eu sempre fui assim. Pequenina sem noção do meu tamanho. Danada para a porrada, portanto.

E disparamos pelos túneis parisienses, a fintar o trânsito, até que a brincadeira acabou outra vez por causa do engarrafamento, já na zona do centro. Devo dizer que ganhei, mas não à conta do meu carro ser o mais rápido. Ganhei porque o senhor, que tinha matrícula do Sul de França, não está habituado a fintar parisienses. E eu já tenho quase um ano disso, todo o santo dia. Perdi-o de vista durante uns bons três quilómetros, até o reencontrar na rotunda a caminho dos Champs-Elysees . De longe, o irmão gémeo do Barthez levantou o polegar e acenou-me um adeus.

Esta manhã entrei toda inchada no escritório, ganhei uma corrida urbana a um Lamborghini. Eu sei que sou doente, mas farto-me de curtir com estas pequenas coisas...

 Ps - fui ver as prestações do modelo - Lamborghini Murcielago Roadster - dá dos 0 aos 100 em 3.8 segundos Auch!

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26
Jun 06
publicado por parislasvegas, às 14:17link do post | comentar | ver comentários (12)

Finalmente um fim-de-semana fora de Paris!!!!! Em oito meses foi a primeira vez que não estivémos ou a trabalhar ou de "permanência" ao fim de semana...

Rumámos a Dijon sábado de manhã, para fugir ao trânsito das sextas ao fim do dia. 300 Km de boa estrada, campo pintalgado de vacas charolesas e searas de trigo. Já em Dijon, região de bom vinho (borgonha), se nota o contágio da organização suiça: tudo limpinho e arranjadinho, não os vizinhos dizer mal da "façon de vivre" dos franciús.

Fomos assistir a uma das muitas corridas de clássicos que se organizam em França e que tencionamos passar a acompanhar mais de perto, sempre que tivermos oportunidade para isso. Estas corridas, para além da competição em si (que é secundária - toda a gente está nisto por paixão pelas máquinas) ainda têm exposições de carros históricos, venda de peças para carros antigos e tudo o que se relacione com esta doença de que sofremos, que é gostar de carros em geral e dos mais antigos em particular.

Para esta, excepcionalmente, levámos o 111R, que fez um sucesso desgraçado junto dos proprietários de Lotus antigos que lá andavam.

Afinal de contas, o fabuloso bólide laranja é o digno sucessor das máquinas avariadas que a Lotus fabricou nos anos 60.

O Elise foi o grande responsável pela recuperação económica da companhia (praticamente na falência desde os anso 80) e recupera muitas das tradições de construção da Lótus: posição de condução quase deitada, carroceria ultra-leve e motor levado-do-diabo.

Nos encontros que se seguirem, tencionamos preparar o Mustang para exposição - as 41 primaveras respeitáveis do bicho já dão direito a essa honra...

Quando chegámos estava a decorrer a corrida de Fords GT, muito animada, com o Ford Escort de um amigo português a fazer uma boa pontuação, até ter feito dois peões em pista que lhe arruinaram a classificação geral, mas fizeram as delícias do público.

Aqui ficam alguns dos modelos que vimos correr no Sábado e no Domingo - daqui a quinze dias estaremos em Le Mans para as 24 horas de clássicos e lá vão vocês ter que levar com carros no blogue de novo. Cada um com a sua doença....

Ford GT de 1600 a 2500 cm3

Ford Escort

Ford Mustang 1970

 

Lotus Challenge:

Lotus 7

Lotus 11

Lotus Elan

Fórmula Ford:

Série Maxi 1000 (de 800 a 1000 cm3):

 

Fora de competição - Bugattis de 1928 a 1935:

 

 

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19
Mai 06
publicado por parislasvegas, às 16:52link do post | comentar | ver comentários (4)
Preço do brinquedo aqui debaixo: um milhão e meio de dólares. Autch!
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publicado por parislasvegas, às 11:45link do post | comentar | ver comentários (2)

É australiano e talvez por isso tenha focinho de tubarão. É a homenagem mais fantástica que já vi ao estilo "retro" dos anos 50, tem um design fantástico que alia os elementos clássicos à tecnologia de ponta.

É um concept-car, o que quer dizer que foi todo feito à mão e cada peça é única. Não faço ideia do preço, mas não deve ser baratinho porque só há um e luxo é luxo.Em resumo, é uma obra de arte.

Se quiserem saber mais: espreitem isto.

Holden Efigy 2005

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