Os putos falam irremediavelmente mandarim uns com os outros. Acaba por ser inevitável quando é a língua que usam todos os dias. Frustrante é para mim não perceber os meus próprios sobrinhos. Com este estágio forçado de mandarim, há coisas que já entendo, como os "não quero" ou "quero" "não há" e outras expressões básicas. O meu único consolo é pensar que o Kiko há de aprender com os primos. Isso é uma grande vantagem nos dias que correm.
Temos comido tanto que não cabemos nas portas. Faz parte da época.
Impagável a expressão na cara dos meus sobrinhos (entre os 5 e os 3 anos) quando ouviram o sino do Pai Natal e sairam desembestados para a sala para ver a árvore cheia de presentes. A magia dos meus natais de criança voltou toda nesses segundos. O meu filho recebeu um Panda quase igual ao que eu tinha em bebé. A minha prima, agora grávida de 6 meses, tinha um igual - está visto que vou comprar outro idêntico para o filho dela.
E este ano não houve presentes para os adultos. Para quê? Estamos juntos.
Engraçado como algumas pessoas que têm a família à mão e ao pé todos os dias, não dão valor a estas coisas. Para nós este foi um Natal especial, embora com muitas ausências. Completo mesmo só se a outra parte da família tivesse conseguido aqui estar. Mas esses, vindos de Portugal e de Itália reuniram-se em Lisboa este ano.Talvez no próximo ano nós possamos também participar nesse encontro.