Histórias de uma portuga em movimento.
29
Abr 10
publicado por parislasvegas, às 20:27link do post | comentar

Pois falava eu dos nomes feios que temos que chamar a pessoas várias para desabafar nestas coisas de ficar entalados até ao pescoço com burocracias, senhorios, seguros etc...

 

Nem de propósito fomos contactados hoje pelo nosso antigo senhorio em Paris. Parece que a família francesa muito BCBG que nos foi substituir na casa deu cabo de umas coisas e quer agora culpar os portugas. Passo a explicar: há três anos, quando saímos de Paris, deixámos a casa impecável e não só fizemos uma inspecção com o senhorio como chamámos um perito para fazer um documento legal cuja tradução selvagem seria "o estado do sítio". E ainda bem que o fizemos, porque senão agora o senhorio não teria maneira de provar que não fomos nós que transformámos a varanda do quarto principal em piscina.

 

O senhor, que até hoje foi o melhor senhorio que eu já tive, e que para além de ser simpático é uma pessoa com uma inteligência acima da média (ganhámo-lo pelo estômago, claro), ligou-nos a pedir um mail que refira o tal documento e que nada estava inundado na casa à altura da nossa saída. Isto para termos o advogado a apertar com os franciús que agora querem que as obras sejam pagas ou pelo senhorio ou por nós.

 

E como, perguntam vocês, se transforma uma varanda de um primeiro andar numa piscina?? Bom, aparentemente pondo uma carrada de cães a cagar na mesma e deixando os aljerozes entupir com merda de cão. Finíssimo. Digno de qualquer família europeia de classe A.

 

Ora como nós também temos cães, aqui del-Rei que os tugas é que fizeram aquilo, esta-se mesmo a ver que os portugueses são gente muito pouco asseada e que entopem varandas com merda de cão, que por sua vez apenas inundam passado três anos. É preciso ser estúpido. E porco. Muito javardo mesmo.

 

Tenho pena do meu ex-senhorio que foi alugar uma casa tão bonita a estes selvagens.

 

E para que se saiba: os meus cães nunca tiveram sequer autorização para subir ao primeiro andar, quanto mais cagar dentro de casa. Que nojo....

 


15
Abr 09
publicado por parislasvegas, às 20:11link do post | comentar

52 quilos e quase, quase a voltar ao "normal" se é que isso se pode aplicar à minha pessoa que, durante quase 20 anos fui oscilando dos 45 aos 42 quilos. Demasiado magra, tudo o que ultrapasse a arroba, para mim já era ser gorda.

Estúpido, bem sei, mas o meu nome é parislasvegas e sofro de dismorfia. Pronto, já disse.

 

O meu grande objectivo é voltar a caber no único vestido decente que tenho, um Dolce e Gabana de alta costura, modificado para uma gaja muito mais alta do que eu, mas tão magra com eu era na altura, usar na passarela.

Como ninguém mais cabia na coisa eu consegui comprar o dito por uma tuta e meia, isto é 300% mais do que custa um vestidinho decente na Zara.

 

Mas, como a malta que, como eu, sofre de dismorfia tem obsessões incontroláveis, eu decidi que vou controlar a cena (mais control freak do querer controlar a obsessão de controlar não existe) e NÃO vou ceder à tentação de experimentar a puta do vestido para não me deprimir por não conseguir caber no dito e deixar de comer durante seis meses porque agora até gosto de comer e cozinhar e essas coisas que são tão normais, mas que para mim só passaram a existir depois da gravidez.

 

Mas esta história não é sobre dismorfia e anorexia, coisas que espero que estejam muito para trás das minhas costas, embora, como qualquer viciado, tenha que viver um dia de cada vez (e pronto já estou a admitir outra coisa difícil, hoje é dia de revelações).

 

 

Como é que uma gaja estrangeira, sem conhecer ninguém numa cidade tão grande quanto Paris, acaba por ganhar acesso privilegiado a alguém que vende roupa saída da passarela a preços ridículos.

 

Esta história é, pois, sobre como encontrei a caverna de Ali-Baba. O sonho de toda a fashionista, principalmente quando se vive em Paris ou em Nova Iorque.

 

Ora a coisa não foi assim tão difícil e é um exemplo de como saber várias línguas estrangeiras pode trazer novas oportunidades para a nossa vida, em coisas tão fúteis quanto comprar alta costura a preços de desconto.

 

Um dos meus sítios favoritos em Paris, e já aqui mencionei, era o pequeno Bistro Russo da D. Olga, uma refugiada "Branca", que tinha a melhor vodka e o melhor caviar do bairro XVI.

Numa perpendicular à Av. Victor Hugo, esta mulher, faz os melhores ovos escalfados que já comi na minha vida, cobertos de caviar de salmão e que já tentei reproduzir várias vezes em casa. Não me saem mal, mas não saem nada como os da D. Olga.

 

Num dia gelado do Inverno de 2006 resolvi ir almoçar à D. Olga arrastando o meu casaco russo de 10 Kgs de pele animal (vão lá aturar uns Invernos soviéticos e depois venham-me com éticas. Bardamerda).

 

Claro que a mulher ficou maluca quando viu o casaco e meteu coversa em francês e eu respondi no meu melhor russo. Trocámos histórias de vida, a dela longa e atribulada, a minha curta, mas de alguma maneira exótica.

 

No final do Inverno, passados os Shows das colecções Primavera/Verão, a D. Olga resolveu apresentar-me à dona da loja das maravilhas (que incluíam não apenas os vestidos, mas também maior parte dos sapatos, malas e jóias dos desfiles de moda mais recentes) dizendo "tu que és magra que nem um espeto podes comprar alguma coisa, porque esta mulher só não vende porque não tem ninguém que caiba nas roupas". Porreiro.

 

A loja era uma coisa quase clandestina, com gente conhecida da dona a tentar não respirar para caber no último Dior, num terceiro andar de um "Hotel Particular" como lhe chamam os franceses, numa ruela sem saída.

 

Tinha que se tocar à porta e dizer o nome.

 

Eu dizia sempre "D. Olga", uma password que equivalia ao "abre-te sésamo". De centenas de visitas à loja só tenho o D&G, porque não tinha orçamento para mais. Na altura arrependi-me, hoje não.

 

Tenho coisas mais importantes para gastar o meu dinheiro e, com o tempo, aprendi a apreciar os quilos extra que não me deixam corpo para essas coisas.

 

Mas que ainda hei de caber outra vez no D&G nem que eu me esprema toda!


11
Mai 08
publicado por parislasvegas, às 22:30link do post | comentar

Há que tempos que ando aqui a fazer posts às mijinhas a tentar explicar o que é a "minha Paris" e por mais voltas que lhe dê, acho que não consigo explicar a coisa por palavras.

 

A Mademoiselle Le K. é uma grande amiga, fotógrafa profissional, globe-trotter e cidadã de diversos continentes que optou por ser parisiense.  Muitas das minhas mais agradáveis memórias da cidade são partilhadas com ela. No fundo, viver em Paris foi bom sobretudo por isso: pelas pessoas fantásticas que conheci e continuam minhas amigas.

 

 

Le K. criou um blogue que traduz em imagens a "nossa" Paris e que eu gostava que vocês visitassem - aqui - talvez assim entendam as razões que me trazem apaixonada pela cidade luz.

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04
Jan 08
publicado por parislasvegas, às 16:07link do post | comentar | ver comentários (2)
Ouça um bom conselho, eu lhe dou de graça...já dizia o Chico.

Paris é uma cidade enorme, cheia de coisas bonitas para ver. Cada um tem os seus roteiros e estes sítios faziam parte dos meus:



Em Saint-germain existe um outlet que se chama "mouton à cinq pates" que vende vestidinhos de designers a preços muito módicos. É preciso procurar nas pilhas de coisas que não interessam a ninguém, mas lá se conseguem umas coisinhas jeitosas. Comprei lá os meus Moschinos e os meus Ferrettis. É um gozo.

Ainda em Saint-Germain o que é bom é fazer um valente window shopping. Ali há de tudo - a Dior e a Chanel, a Vuitton, etc e é um bairro espectacular para voltinhas sem destino especial. Para beber um chá, recomendo a loja da Shangai Tang, mas tens de passar pela secção de roupa, o que é capaz de ser bastante perigoso para a carteira. Igualmente perigoso para a carteira, mas agradável aos olhos e ao palato é almoçar no Café da loja Armani onde param alguns dos homens mais bonitos de Paris (não forçosamente heteros).

No 16º bairro, entre rue Saint Didier e a rue de la pompe fica uma lojinha minúscula de acessórios e roupa vintage (maneira fina de dizer 2ª mão) vendem coisas espectaculares e a bons preços, desde pulseiras Gucci a vestidos de noite Versace e tailleurs da Channel. Passando por lá, o melhor é ir almoçar à Madame Olga, no restaurante russo que tem os melhores ovos escalfados com caviar de salmão que já comi na minha vida.  Para quem gosta de comida libanesa, mesmo à frente da Madame Olga existe um pequeno libanês, onde os portugueses são muito bem tratados e se come lindamente.

Ainda no 16º (era onde eu trabalhava, por isso é o que eu conheço melhor) há uma livraria em plena Av. Victor Hugo, cujo dono deve ter uns gostos muito estranhos porque os livros esotéricos convivem alegremente com o último grito dos best sellers.

Mas Paris é uma cidade ideal para te perderes, andar a pé nas imediações do Louvre, passear por Montmarte, vaguear nos campos elísios. Mais vale andar sem roteiro, meter o nariz nas pequenas lojecas de comida gourmet, ir às floristas, às padarias. No caso de andares a vaguear, cuidado com a carteira (isso é universal). No caso de andares a conduzir, arma-te com toda a paciência do mundo, e lembra-te que a prioridade é à direita e que as rotundas têm a prioridade ao contrário.

Se conseguires aturar as filas do tamanho do mundo aproveita para ir ao Museu d Orsay, ao Museu do Quai Branly e ao Museu de cultura oriental da Av. d Iéna. Se não tiveres pachorra, aproveita e vai ao cinema ver um dos filmes franceses que sairam agora e que não temos oportunidade de ver em Lisboa.

Aproveita!



21
Nov 07
publicado por parislasvegas, às 16:05link do post | comentar | ver comentários (2)

Já não me lembrava do que era passear na Av. Montaigne a fazer window shopping na Dior , passar aos Champs Elysés e passear no meio do frenesim.

 

Os turistas japoneses atacam a Louis Vuitton em massa, os parisienses passam indiferentes a tudo, ao telemóvel.

 

Os últimos dias têm sido stressantes : as greves. Meus Deus as greves! mas para que querem mais direitos os trabalhadores?? nós por cá cagamo-nos nisso, queremos é o metro a funcionar para que a populaça não traga o carro e nos arruíne a disposição e os lugares de estacionamento para os smarts .

 

A Av. Foch e os seus jardins suspensos nos terraços, os apartamentos de milhões de euros, com os mercedes A estacionados em infracção. Não percebemos nada de pensões, as nossas reformas são as heranças de muitas gerações passadas a ter yorkshires e criadas de dentro.

 

Hoje o elevador dos senhores estava a ser reparado, toda a gente fazia cara feia a usar a escada de serviço. Diz-me a vizinha do lado: hoje fazemos comme les Bonnes - como as criadas, só por ter que passar a porta das traseiras e seguir no mesmo corredor que a conduta do lixo.

 

Já me esquecia que esta Paris também existia, a Paris de contrastes. Não tão gritantes como noutras partes do mundo, mas de qualquer forma, de contrastes e de conflitos. Isto para um português é angustiante, ver um operário a queixar-se que "só" ganha 1800 euros, que não consegue viver com isso e que a mulher foi obrigada a trabalhar part-time para poderem pagar um apartamento melhor do que a espelunca de renda controlada onde viviam. Para um português é impensável, mas é verdade que aqui é difícil viver com um ordenado médio infinitamente superior ao nosso. Esta cidade está mesmo feita para os ricos. Paris é uma amante cara e não perdoa. Gosta de diamantes e não faz a coisa por menos.

 

Paris é uma puta cara, daquelas que faz um homem desgraçar a vida, largar a mulher e deixar os filhos na miséria e morrer com dívidas. Mas que saudades que eu tinha dela!

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17
Nov 07
publicado por parislasvegas, às 16:29link do post | comentar
Paramos por aqui uma semana, para ir laurear o queijo a Paris. Agora tenho de ir a correr fazer as malas para nós (o Kiko vai comigo, claro) porque passei a tarde toda na perguiça a beber Sangria à sombra dos minaretes da mesquita. Onde? num restaurante de um compatriota - só podia. Foi a prova provada de que estamos mesmo por todo o lado.

24
Ago 07
publicado por parislasvegas, às 18:02link do post | comentar | ver comentários (1)

Este é o último post que escrevo, sentada nesta cadeira vermelha com vista para o molho de flores cor-de-rosa do meu jardim. É o último post a sair de Chavenay , aldeiazinha onde vivi os últimos dois anos, tão preenchidos que parece que passaram em apenas dias.

 

O primeiro ano vivi-o bastante mal.

Trabalhei demasiado, não gozei a casa, não dei atenção ao meu marido, chegando a casa diariamente irritada com o trabalho, com o trânsito de Paris, com a má educação dos parisienses, exasperada com a burocracia louca de um país que tem a mania que é mais desenvolvido que o nosso (e em muitas coisas é só mesmo mania). 

 

O segundo ano vivi-o melhor, quer dizer, tudo está bem quando acaba bem e com a chegada do Kiko  esquecemos as dificuldades físicas e emocionais que vivemos este ano...

 

Ao contrário do que me aconteceu há dois anos, quando achei que a mudança já veio tarde, que já estava farta até aos cabelos de viver num sítio depressivo, gelado e cheio de conflitos, desta vez está a custar-me arrancar.

 

Porque Paris é a cidade mais bonita do mundo (pena que esteja cheia de parisienses...), porque apesar dos pesares fui muito feliz aqui, nesta casa no campo onde passei uma gravidez em estado de graça e comecei a criar o meu primeiro filho.

 

Porque apesar das manias, França é um país muito civilizado, onde as pessoas (algumas, acho que mais do que os portugueses ) têm a noção do que são as obrigações de um cidadão.

 

Porque, apesar da poluição, esta casa no campo parece ficar a milhares de quilómetros da cidade, rodeaada de  campos de trigo, cavalos e, claro, como não podia deixar de ser, milhões de corvos.

 

Porque, apesar de me estar cagando para a vizinhança " Wisteria Lane ", esta casa foi a casa mais bonita que eu tive e onde me senti mais confortável.

 

Porque adorei o champagne , os restaurantes parisienses, as lojinhas de outlet de alta costura, as chapelarias, as brasseries , o foi gras , as ostras em cama de gelo, os teatrinhos minúsculos,  o YSL com o seu cão velho e as esplanadas fechadas para a Madona comer um hamburguer . 

 

Porque adorei os amigos que aqui fiz (um deles francês - UIPI !) de todas as cores e nações a pintarem uma França diferente num  melting pot " muito mais inteligente que o brainless " americano.

 

Há dois anos disse  adeus e até nunca, hoje digo adeus e até sempre porque, afinal, je   suis une parisienne!

 

 


20
Ago 07
publicado por parislasvegas, às 13:47link do post | comentar | ver comentários (2)

Magritte

 

 

 

Estou há horas a fazer a puta do inventário - a casa é enorme e o seguro tem limites, de modo que é preciso escolher o que se quer que esteja coberto, o resto se o barco se afundar, se se partir pelo caminho se chegar tudo torto que se lixe, paciência...O pior é que não consigo decidir o que entra e o que sai.

 

Aquela estátua que comprámos em Bornéu não é valiosa o suficiente para entrar na lista. E se se parte? e se se danifica na viagem? para mim tem um valor sentimental enorme porque foi comprada na viagem em que o kiko foi feito. O mesmo posso dizer dos pequenos souvenires da URSS (óculos de aviador, capacetes, posters, etc) ou dos posters da china comunista ou de milhentas outras minúsculas coisinhas recolhidas em anos de viagens.

 

Bem sei que não passam de coisas e não se pode estar preso a coisas neste mundo. De resto, nunca me deu para ser materialista, não vou começar agora. O que me entristece, na eventualidade de se perder esta tralha, é que cada objecto tem uma pequena história que envolve pessoas, lugares, cheiros e sensações que não são substituíveis.

 

Quando a nossa tralha começa a ter história é um sinal definitivo de que estamos a ficar velhos...


09
Ago 07
publicado por parislasvegas, às 12:42link do post | comentar | ver comentários (7)

Já é o segundo Verão que passo sem férias em Paris. O ano passado a coisa passou-se agradavelmente, com uns pic-nics nos Campos de Marte em frente à Torre Eifel , umas saídas malucas à noite para ver a fauna de libaneses endinheirados que invade a cidade por estas alturas e os dias de trabalho aliviados por um trânsito quase inexistente.

 

Mas este ano Paris tem vindo a despedir-se de nós da melhor forma: o dilúvio quase constante e as temperaturas que raramente chegam aos 20 graus, têm se encarregue de fazer com que não haja ressentimentos de sairmos daqui a um mês, nem de não podermos fazer as nossas saídas do costume por estarmos com os três miúdos, um dos quais a mamar a cada duas horas.

 

Este Verão tem sido igual a um Outono moderado em Lisboa. Eu não me queixo porque pelo menos assim não fico com pena de poder fazer as coisas do costume, mas para os miúdos mais velhos tem sido complicado ficar em casa sem poder sair, não poder sequer aproveitar a piscina ou ir dar umas voltinhas a uns parques perto de casa. As coisas começam a agravar-se com a moleza geral a tomar conta aqui da casa, sem mais distracções que a Tv e a net ...

 

O kiko começou a ficar acordado cada vez mais tempo e a querer palrar e rir-se para toda a gente. Eu não sabia que com um mês os bebés já eram tão interactivos, pensava que essa fase vinha mais tarde. O único defeito do rebento (também teria que o ter) são as "crises matinais", mas isso ele tem desde que nasceu. A partir das 6 da manhã é extremamente difícil mantê-lo na cama. Quer conversa, quer colo, quer sei lá o quê, tudo menos ficar deitado. Já tentei tudo - deixá-lo aos berros, amamentá-lo, conversar um bocadinho, adormecê-lo ao colo, abaná-lo, mudá-lo do berço para a cadeirinha, etc- nada resulta, porque a partir do momento em que o deito e tento eu dormir, começa tudo de novo. O pior é que ele não chora, antes emite uns sons altamente irritantes entre o queixume e o chamamento. Quem tiver sugestões que não envolvam eu levantar-me e ficar a fazer-lhe companhia das 6 às 11 da manhã (que é quando ele adormece outra vez) faça favor de cagar a sua sentença.

 

Tirando isso o pequenote é um anjinho gordo que já ultrapassou os 4,5 Kgs e deve andar pelos 56 cms. Digo "deve andar" porque é um bocadinho difícil medir o bicho que apanha fúrias terríveis na hora de despir para o banho e se contorce que nem uma cascavel endiabrada. Farto-me de rir com os ataques de mau feitio. Tem a quem sair, o monstrinho!

 

 

 

 


03
Ago 07
publicado por parislasvegas, às 19:51link do post | comentar | ver comentários (5)

No meio do turbilhão e a fazer de mãe não de um, mas de três "monstrinhos" (alcunha afectuosa que damos às criancinhas cá de casa), tenho aproveitado para me pôr Zen e até tenho conseguido pôr a leitura em dia!

 

Quando estava grávida andava desligada do mundo em geral e das coisas que tocam a minha profissão em particular, precisei mesmo de ignorar o andamento do globo e as desgraças e misérias humanas para atingir a calma necessária a uma gravidez bem sucedida. Agora esta a dar-me para recuperar o tempo perdido. Bem sei que amamentar a ler dossiers sobre o Darfur é capaz de não ser o sonho de toda a mulher, mas anda a saber-me muito bem. Isto começou logo na maternidade com as enfermeiras a estranharem a minha apetência para ver noticiários às 3 da manhã e o facto de eu andar sempre com o economist debaixo do braço. Cada maluco com a sua mania...

 

Durante a gravidez temi muito este período com os três miúdos, a mudança e tal, mas acabo por descobrir que, na prática, quando se tem muitos em casa acabamos por nem sequer notar o trabalho que um recém-nascido dá. Claro que o facto de ter ajuda e não ter que andar a lavar roupas e a passar a ferro e às voltas com o pó da casa também facilita muito a vida.

 

A crise da gordura também já me passou : os responsáveis por isso são o meu marido e o obstetra talibã. O meu marido que continua a dizer-me como gosta de mim e o quando sou bonita (mesmo gorda que nem um texugo...) e o meu médico que se fartou de elogiar o facto de ter perdido 10 quilos (mesmo se ainda tenho mais dez para perder) e a dizer-me que vou ficar na mesma num instante (optimismos...).

 

A perspectiva de ir passar um mês a Portugal também me tem animado bastante, muito embora isso implique ficar longo do meu Xano. Em suma, a vida corre-me bem!

 

Depressão pós-quê??


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