Li hoje isto no NY Times e fiquei deveras chocada. Eu sei que talvez seja ingénuo da minha parte, que já deveria saber como se rezam estas missas, mas a verdade é quanto mais se trabalha nesta área, mais vamos esquecendo que há pessoas envolvidas. Inocentes prejudicados, direitos que são atropelados todos os dias. E os mais fracos são sempre os que mais se lixam: mulheres e crianças. Por alguma razão as Nações Unidas continuam tão activas no domínio dos Direitos Humanos, quer dizer que estes não são respeitados. Nós, confortáveis numa Europa desenvolvida, ocupados a chorar as mágoas de quem não pode comprar um carro novo ou ir de férias para as Bahamas, a fazer contas à vida em como pagar a prestação da casa ou a cortar no peixe para comer mais frango, nem sequer pensamos nestas pessoas, vivendo abaixo da dignidade humana.
Não me venham com histórias de isto ser Religião. Os muçulmanos não são nenhuns animais que gostam de bater em mulheres e torturar criancinhas, isto é, simplesmente, a mais completa miséria humana, atraso de espírito, tacanhez mental. O facto de se passar numa região muçulmana é mera coincidência.
Na fronteira do Afeganistão com o Irão vivem mulheres que não contam enquanto seres humanos, que são casadas aos 8 anos e começam a parir aos 12, que servem de criadas às famílias dos maridos e são maltratadas por todos. Não podem pedir o divórcio (prática permitida às mulheres muçulmanas, ao contrário das mulheres católicas...) por razões de carácter cultural - se voltarem para casa dos pais e causarem a desgraça do nome de família, serão ainda pior tratadas do que na família dos maridos. A única saída é o suicídio. O pior no meio disto tudo é a sobrevivência. Leiam o artigo.
E é esta uma terra "ocupada" pelos Ocidentais. Que vergonha...